26- Superstições

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Narradora
Uma coisa que Gilbert e Anne sempre gostavam de fazer, era explorar a cidade sem um destino específico, e foi exatamente isso que fizeram no dia anterior quando foram ao café, mas hoje, o ponto turístico mais frequentado de Verona, teria como visitantes, um tipo diferente de Romeu e Julieta.

A casa de Julieta sempre vivia lotada, e não seria diferente, principalmente em uma tardinha onde o Sol brilhava fortemente, mas o vento que se intensificava com o princípio de por do Sol, ajudava a amenizar o calor, e Anne e Gilbert entenderam isso no minuto que se espremeram para passar pelo corredor onde milhares de casais haviam assinado seus nomes.

—Se nós tivéssemos nos hospedado no hotel que tem aqui, poderíamos ver isso sem ninguém quando fechasse! -Gilbert falou alto para a ruiva o ouvir no meio da multidão-

—Mas aí não teria a graça de ficarmos esmagados entre casais apaixonados! -Shirley rebate com um sorrisinho de pedido de desculpas fazendo Blythe rir balançando a sua cabeça em negação-

—Quer colocar a mão nos seios de Julieta? -o garoto pergunta quando eles já estão em um local onde conseguem se ouvir e mexer sem esbarrarem em outras pessoas-

—Essa foi a mais sugestiva e inapropriada pergunta que você já fez para mim seu deutsche safado -responde em uma falsa mágoa enquanto tenta falar "alemão" na língua materna do garoto que ri incrédulo- Mas não obrigada. Sou uma pessoa não apegada a superstições.

—Vai arriscar o amor eterno por causa de seu orgulho ruivinha?

—Não, vou arriscar o amor eterno por causa da vontade de não pegar uma doença. Já viu quantas mãos tocam aquele seio?! -a ruiva diz horrorizada apontando para o local onde pessoas se amontoam esperando para conseguir realizar a tradição-

—Mas comprar um cadeado para botar no portão com os nossos nomes, e basicamente concordar com a lojinha te roubando cinco euros, é ok né senhorita não apegada a superstições?

—Você me respeita que eu sou traumatizada com a França matando o amor tirando os cadeados da ponte!

—Mas ou vocês matavam o amor ou vocês matavam pessoas, e eu acho que a segunda opção não é a mais agradável. -fala enquanto mexe a sua cabeça para formar o seu raciocínio e a Cuthbert cruza os braços emburrada, mas Blythe rouba um selinho dela que sorri-

—Vai lá fazer a sua superstição e pegar uma doença que eu vou ir curar o meu trauma e comprar um cadeado. -a ruiva profere ao perceber que o garoto realmente queria fazer a tradição- Mas eu tô de olho nas suas safadezas viu Blythe! -avisa quando o menino sorri alegre, mas ri ao escutar a sentença enquanto já se afastava-

Anne procurava na pequena loja que abrigava centenas de cadeados e lembrancinhas, algum que se destacasse no meio de tantos outros, e decidiu que levaria um em formato de coração roxo, mas, quando olhou para o lado de onde o que ela iria levar se encontrava, avistou um azul escuro e se lembrou sorrindo de Diana e Jerry.

"Talvez eu tenha achado uma maneira de recompensar as bebidas do casamento"

Gilbert a encontra na porta do local e a garota mostra os cadeados e explica a sua idéia enquanto o menino pega o seu celular e liga para o casal que havia completado um mês de casamento há poucos dias.

—Olha só o que compramos para vocês! -Anne exclama mostrando o cadeado quando eles atendem-

—Presente estranho, mas obrigada -a garota fala tentando identificar ô porquê deles terem comprado aquilo, e Jerry completa a sua frase com um "eu acho"-

—Estamos em Verona gente! Verona, cidade de Romeu e Julieta, Romeu e Julieta, casa da Julieta... -Blythe tenta ajudar eles que depois que percebem o que aquilo significava, agradecem calorosamente-

Road Trip - Shirbert e Anne with an E Where stories live. Discover now