28- Acordeão

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Looks do capítulo:

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Narradora

E aí, como foi a ligação? -Gilbert pergunta saindo do banheiro com os seus cabelos ainda molhados e um terno pendurado em um de seus ombros para fazer jus à ópera, mas Anne encarava a vista da janela e nem percebeu que o garoto havia saído do banho- Posso saber onde você está ruivinha?

—Ah você saiu -responde sentindo os braços cobertos por uma blusa branca de linho a abraçando por trás, fazendo com que ela passe a sua mão nele sorrindo- Estava pensando na França, mas deixa quieto, temos algo mais divertido para fazer.

Anne usava um vestido bege bem clarinho, que possuía flores amarelas e folhas verdes por todo o seu tecido que deixava amostra através de um decote em V o busto e uma parte dos seios da mesma enquanto o tecido ficava rente à sua pela, mas ultrapassava os seus joelhos com a parte de baixo que era constituída no final por uma babado, e é claro, não podíamos esquecer das pequenas mangas bufantes que davam um charme a mais ao vestido que Blythe admirou com seus olhos brilhando para a ruiva que estava belíssima.

—Você está linda -fala se afastando para ter uma melhor visão do corpo da garota que era destacado pelo vestido que fazia Blythe e seus pensamentos descerem ao inferno e voltarem para terra rapidamente enquanto ele tentava se recompor colocando a mão nos bolsos de sua calça- Esse mero mortal pode ter a honra de ter a sua companhia?

—Não sei, vou perguntar se o meu belo namorado quer ir comigo, se ele não quiser, eu acho que sim -responde aceitando o braço do garoto que ri com a resposta enquanto eles saem do apartamento-

Verona estava bem fresquinha e Anne e Gilbert andavam sendo seguidos pela brisa enquanto eram levados pela alegria das luzes que iluminavam as casas e pelo som das risadas das pessoas que conversavam animadas pelo som do senhor que tocava um acordeão e recebeu uma moeda de dois euros vinda de Anne que recebe em agradecimento uma tirada de chapéu como cumprimento e retribui com uma pequena referência com o vestido antes de voltar para Gilbert que sorria com a cena.

—Essas pessoas mudam tanto o nosso dia à dia e as vezes nem são recompensadas -a ruiva comenta e o garoto concorda com a cabeça antes de se deslumbrar com a visão da enorme Arena Di Verona, que conforme eles se aproximavam, mais imponente ficava com os seus antigos arcos iluminados-

—De noite fica mais bonito ainda.

De fato -Anne concorda, mas o que Gilbert não havia entendido, era que ela não estava falando da construção, e sim dele mesmo, que tinha os seus olhos iluminados pela brilhante Lua e as madeixas bagunçadas pelo vento igual ondas do mar, o que fez Shirley sorrir com a imagem do verdadeiro homem que a acompanhava e a dava arrepios com o seu perfume de hortelã. Quem poderia a culpar de imaginar certas coisas com o seu namorado?Ninguém além dela mesma que afasta esses pensamentos ao perceber que estavam parados no mesmo lugar ainda- Vamos entrar?

Road Trip - Shirbert e Anne with an E Onde histórias criam vida. Descubra agora