27- Certo e Errado

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Diana

Você quer ir para a Alemanha ou para França? -Jerry me pergunta enquanto eu me aconchego em seu peito despido e escuto o seu coração batendo que nem o metrônomo que eu usava quando tocava o piano-

França. Gilbert não tem serpentes que estejam cercando o trono dele, e sinceramente, penso que ele nem se importa muito com isso querido -respondo sincera me sentando enquanto seguro o lençol contra os meus seios-

—Blythe é uma ótima pessoa, mas se o conheço na quantidade que acho que conheço, você tem toda razão, e não posso falar que não estou preocupado com isso. Achava que Anne fosse enfiar algum juízo naquela cabeça, mas talvez estivesse errado.

—Acho que na realidade, Blythe que tirou um pouco do juízo da Anne. -digo colocando a minha roupa e abrindo as cortinas, fazendo com que a luz do poente iluminasse a cama bagunçada e o garoto que suspirava preguiçoso nela, mas paro voltando para a minha linha de raciocínio- É estranho, porque eu sempre esperei para que Anne perdesse um pouco daquele seu jeito responsável, mas parece que ela foi para um outro mundo.

—É porque ela foi para o mundo do Blythe amor. -fala catando suas roupas do chão e colocando algumas na mala, enquanto outras vão parar em seu corpo, e eu de fato concordo com a sentença- Não acho que Shirbert esteja em equilíbrio.

—Não? -pergunto estranhando a frase saindo dos lábios do garoto que tanto admirava o casal, mas volto a arrumar as minhas coisas quando vejo que o voo saía daqui algumas horas e nem metade da minha mala estava pronta-

—Para falar a verdade, nunca achei que estivessem. Eles vivem no mundo sem responsabilidades do Blythe, e não vejo em nenhum momento eles no mundo da Anne. Queria que tudo fosse perfeito para eles, mas Diana, no momento em que pisarem na responsabilidade dela, a queda vai ser muito grande para o Gilbert.

Não, não posso falar que ele estava errado, porque não era isso que a nossa volta à França, dois meses antes do que o esperado, representava.

Ver a felicidade de Anne era a coisa mais preciosa do mundo, mas não posso cair, por ela, nesse conto de fadas que eles estão vivendo enquanto o mundo real desmorona à
volta de todos.

Tínhamos visto horários para voos para a Alemanha e para a França, mas decidimos que iríamos para o nosso país natal, onde a qualquer instante, eu sabia que tentariam dar um golpe para colocar Louisa no lugar que eu sabia que Anne ainda queria ocupar, e foi isso que fizemos enquanto a ruiva e o de cabelos castanhos iam à Ópera.

A chegada fora mais turbulenta do que a viajem em si, já que a primeira coisa que fizeram após cumprimentarmos Cole, Ruby e Moody, foi nos levar para conversar com o Conselheiro Superior.

—Senhor, nós não vamos entregar os nossos celulares, e vocês não podem pegar e invadir eles sem a nossa permissão, porque teríamos que lhe acusar de invasão de privacidade. -profiro segurando a mão de Jerry sob a junção das nossas cadeiras que se encontravam à frente a mesa de madeira do escritório do Conselheiro-

—Duquesa Diana, Duque Jerry, vocês sabem onde os príncipes estão, e sabem exatamente que precisamos deles e consequentemente da localização que eles se encontram, então se puderem por favor ceder-la, facilitaria a minha vida e de muitas outras pessoas. -fala segurando a sua mesa com as mãos e respirando fundo tentando não se exaltar-

—Assim como os outros não fizeram, nós também não iremos fazer-lo Senhor Conselheiro! -Jerry explica novamente e o homem bate sua mão fortemente na mesa nos assustando, porém ele logo percebe o que fez e sorri forçosamente tentando manter a postura-

—Então vamos fazer assim, não se surpreendam quando os seus amiguinhos aventureiros forem depostos do trono. -"Não que isso fosse um problema para o Gilbert"-

Road Trip - Shirbert e Anne with an E Where stories live. Discover now