Lie to Me (jjk + kth) - Concluída

I is for Icky

Icky

Nojento
1. que provoca nojo, repugnância; asqueroso, repulsivo, nojoso.

A sensação de estar sendo seguido estava particularmente intensa naquele fim de dia. Somente pôde ficar mais aliviado quando atingiu a portaria do hotel. Ou parcialmente aliviado, pois ainda sentia em sua pele o arrepio causado pela impressão de estar sendo observado.

Taehyung entrou em seu quarto provisório, não sem antes olhar os dois lados do corredor. Estava paranóico, mas dado os últimos eventos ele considerava uma reação normal a se ter. 

Ligou as luzes do quarto, e estas contrastaram com o breu do lado de fora. A noite era escura, incrivelmente escura para uma Nova York que nunca dormia. Tudo o que ele conseguia ver era o reflexo do quarto no vidro da janela, pois estava com a cortina aberta. Aproximou-se mais, sua respiração embaçando o vidro, e então ele via um pouco da cidade: a rua singelamente movimentada, o edifício da frente com algumas luzes acesas.

Voltou para o centro do quarto, fechando a cortina atrás de si, o pano balançando suavemente com o movimento.

Tirou suas roupas, ficando apenas de cueca. Jogou-se sobre a cama e procurou algum filme na televisão. Não conseguia encontrar nada de interessante, nada que o fizesse desligar das preocupações que tinha no momento.

Transferir-se… a ideia não lhe incomodava. Quase o deixava feliz, pois pensar que poderia começar de novo em um outro lugar, longe de sua família e de Jungkook e tudo que lhe trazia as memórias dessas coisas, era um acalanto.

Sentiria falta de Jimin, ele sendo a única pessoa próxima de Taehyung no momento, e possivelmente iria para um lugar que nunca estivera antes, em que não conheceria ninguém. Sentiria falta dos professores que gostava e provavelmente seria difícil realocar-se, mas não impossível.

Mas manteria contato com Jimin, manteria a amizade forte que tinham. As férias estavam chegando, o seu semestre quase no fim e faria toda a transição nesse período. Queria usar disso para cura, para mudança em si mesmo, não apenas em seu ambiente. 

Até lá, todavia, ainda sentia seus machucados abertos, longe de começarem a cicatrizar. 

Estava frustrado e o cansaço era quase permanente. Sentia que queria fazer algo para acalmar essa frustração… E a única coisa que podia pensar era em sexo. Sexo com Jungkook mais especificamente.

E, apesar da aversão que tinha criado apenas por ouvir o nome, Taehyung ainda sentia atração por Jungkook e a mera lembrança de suas mãos lhe tocando era suficiente para fazê-lo ficar em chamas. Era suficiente para fazer seu pênis pulsar e uma onda de eletricidade correr pelo seu corpo.

Dane-se. Ninguém precisava saber o que imaginava. Deixou-se aproveitar.

Deitou-se bruços na cama, ficando de joelhos e abaixando sua roupa íntima.

Não tinha nada para lubrificar os dedos, então levou seu indicador à boca e chupou, lambuzando-o com sua saliva. Sentiu-se errado, pois sua mente conjurava os dígitos de Jungkook. Quase podia sentir a respiração dele ofegante em seu ouvido, tão reais e tão fortes eram as lembranças dos seus momentos com Jungkook.

A ideia de estar fazendo algo errado lhe excitava mais ainda.

Levou seu dedo até sua entrada e enfiou sem muita cerimônia, sentindo uma queimação dolorosa. Não se importava: queria que doesse, pois a dor lhe tirava do seu estado estóico.

Logo enfiou outro dedo, que não estava tão molhado como o primeiro. O ardor foi maior, e Taehyung teve que morder o lençol da cama para evitar que seus gritos escapassem. As paredes do hotel com certeza eram finas.