O is for Obliging

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Obliging
prestativo
1. que gosta de prestar favores.

Não chegaram até o apartamento de Jungkook, não exatamente.

Jungkook sentiu o peso do corpo de Taehyung em cima de si assim que estacionou o carro. Ele subiu em seu colo de maneira bagunçada por causa do pouco espaço no banco, passando os braços pelo pescoço de Jungkook, sorrindo travesso. Jungkook retribuiu, seus olhos negros brilhando ao refletir as fracas luzes do painel do carro.

O estacionamento aberto estava deserto, e provavelmente ninguém passaria por ali naquela hora e, caso acontecesse, seria bem difícil vê-los. A possibilidade de serem pegos por alguém, porém, aumentava a adrenalina que eles sentiam.

A adrenalina aumentava a excitação. Jungkook puxou Taehyung pela nuca com força, em um beijo que beirava ao desesperado e mordiscou o seu lábio inferior, um pouco mais forte do que o normal. Levou uma das mãos até a sua bunda, apertando-a, afastando as nádegas uma da outra. Fazia parte do momentum, pois era como Taehyung queria ser tratado: com intensidade.

Jungkook sempre lia bem os contextos, sempre sabia o que dar ao outro, algo que trazia de seus tempos na prostituição. Sentiu um formigamento em seus dedos, um alerta de que não estava inteiramente confortável. Seu corpo ficou um pouco mais rígido.

Taehyung se separou do beijo. Procurou algo no olhar de Jungkook.

– Jungkook, eu não quero te usar.

A frase o fez arregalar os olhos. Taehyung estava lendo sua mente, o seu subconsciente, pois nem ele conseguia expressar de maneira tão direta o que estava sentindo.

– Você acha que eu não percebo quando você entra nesse modo todo profissional? – Taehyung perguntou, passando o seu nariz pela mandíbula de Jungkook, absorvendo o seu cheiro.  – Você começa a querer me agradar, e não do jeito certo.

– Desculpa, Tae. A última coisa que eu quero é ficar assim enquanto eu te toco, ficar… Maquinal.  Eu não consigo evitar às vezes.

– Ei, está tudo bem. Não vamos transar. Você gostou do que fizemos lá no clube, certo? – Taehyung sugeriu, segurando o rosto de Jungkook entre as mãos. Jungkook assentiu. Gostar era diminuir o que sentira com o que Taehyung fizera mais cedo.  – O sexo entre a gente é um estigma que eu também quero que seja quebrado no momento certo, pelas razões certas. E hoje estou bem frustrado com tudo, e essas coisas podem se misturar.

– Certo. Eu fui me deixando levar, também. Tínhamos combinado que iríamos com calma.– Jungkook afastou uma mecha dos olhos de Taehyung, sempre cuidadoso.

Taehyung concordou com a cabeça.

– Ultrapassar algumas bases não vai fazer mal, vai?

Jungkook não conseguiu segurar a risada.

– Você é impossível. – atestou, o puxando para mais um beijo, agora inteiramente à vontade.

Não significava que estava menos excitado. Focou sua mente no que ouvia, no que tocava, no que vivia ali. O importante era sentir Taehyung, ouvir os seus murmúrios quebrados pedindo para ser tocado.

Jungkook abriu o seu jeans, livrando o seu membro novamente duro. Fez o mesmo com Taehyung. Então, envolveu ele e a si com uma de suas mãos, masturbando os dois ao mesmo tempo. O contato fez com que grunhidos escapassem dos dois.

Movimentou sua mão lentamente, inclinando-se para capturar a boca de Taehyung em mais um beijo.

O interior do carro estava quente e abafado. No ambiente todo fechado, suas respirações errádicas faziam os vidros ficarem embaçados.

Lie to Me (jjk + kth) - ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora