𝔸𝕕𝕠𝕣𝕒𝕧𝕖𝕝 𝕖 𝔸𝕞𝕒𝕣𝕘𝕒 𝕍𝕚𝕟𝕘𝕒𝕟𝕔𝕒 - 𝔹𝕖𝕒𝕦𝕒𝕟𝕪 [CONCLUÍDA]

ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 𝟜𝟚 - 🔞

Joshua Kyle Beauchamp

- Fica longe. - o covarde diz - Ou eu atiro nela.

- Solta ela. - eu exijo, sem recuar.

- Joga a arma no chão e chuta aqui. - Vermelho fala e eu cerro a mandíbula.

Olho para Any, que faz move os lábios como se dissesse "não". Eu assinto de leve, e ela guia meus olhos para suas mãos atadas, disfarçadamente ela levanta e mostra um pedaço de vidro escondido em sua camiseta.

Eu entendi o seu recado. Mas eu não podia simplesmente arriscar a vida dela, eu nunca me perdoaria se ela se machucasse mais por minha causa. Ela nunca estaria aqui se não fosse por mim, é tudo minha culpa.

- Solte ela. - eu digo - Eu me entrego. - coloco a arma no chão na minha frente.

- Tão fácil assim, JB? - ele gargalha com deboche - Não vai nem tentar lutar? Você não é o mesmo de antes.

- Você tem razão. Eu não sou, isso porque agora eu tenho alguém para amar. - falo de uma vez.

Uma sensação de alívio percorre todo o meu corpo, como se eu precisasse dizer aquilo. Imediatamente dirijo meu olhar para Any, que me encara com os olhos brilhantes e banhados em lágrimas.

Não chore, bebê. Eu não consigo aguentar isso.

- Não a machuque. Deixe ela livre e você pode ficar comigo. - falo.

- Deixe-me pensar... - ele faz uma pausa - Os dois. Vocês dois vão pro inferno juntos. - riu diabolicamente.

- Ela não te fez nada. - digo, implorando para que a briga do andar de cima acabe logo.

- Você que pensa. - meu rival diz e aperta mais o braço em torno do pescoço de Any que arregala os olhos em desespero.

Caio de joelhos no chão, me rendendo totalmente àquele homem, na esperança de que ele a soltasse. Eu via seu rosto ficando mais pálido a medida que Vermelho ia apertando mais. Seus pés se debatiam numa falha tentativa de se soltar.

- Para. Por favor. - eu imploro, sentindo um turbilhão de emoções que não conseguia distinguir.

Vermelho afrouxou levemente o braço, e uma onda de alívio percorreu meu corpo na hora. Any conseguiu voltar a respirar e isso me acalmou, entretanto ela continuava com uma arma apontada para sua cabeça. Eu continuei abaixado, apenas observando cada detalhe de Any. Se aquela fosse nossa última vez juntos, eu pelo menos teria cada feição de seu rosto decorada na minha mente.

Seus olhos me chamam e ela indica a arma com os mesmos. Ela tem um plano. Sua boca murmura um "rápido" e em seguida "no três". Por mais que eu não quisesse por ela em risco, aquela poderia ser nossa única saída.

Minha respiração se acelera e a adrenalina começa a correr por minhas veias. Eu não posso vacilar. Os lábios de Any se abrem e ela os move como se dissesse "um", ajeito minha postura, mesmo ainda ajoelhado no chão.

"Dois"

"Três"

Com um movimento rápido, Any levanta os braços ainda atados e enfia o pedaço de vidro de uma vez só no braço de Vermelho. Aproveitando a distração, aproveito para pegar minhas arma no chão e disparo um tiro no ombro do outro braço, o que estava segurando a arma, o que faz com que ele faça-a cair no chão.

Me levanto e corro para perto de Any, pego a arma de Vermelho e coloco no cós da calça, depois começo a desfazer a amarração dos pulsos da minha namorada. Ela está visivelmente fraca, cansada, frágil.