Meu Querido E Sexy Marido.

Saudades

Capítulo 11
Conrado.

Assim que meu telefone toca e vejo que é ligação da Júlia, já atendo rapidamente. Estava louco por sua ligação, acabei tendo que resolver alguns assuntos em casa por causa das crianças então já estou em meu escritório há horas. Atendo o telefone e coloco no viva-voz pois preciso redigir um documento.

— Boa noite meu amor, como foi o encontro? — Pergunto curioso.

— Péssimo...

— O que eles fizeram? Tá vendo por isso eu falei pra você não ir pra casa deles. Vou mandar irem te buscar imediatamente. — Olha se aqueles dois fizeram algo contra a Júlia eu juro que vou colocar eles atrás das grades, não vou mais permitir que ninguém magoe ela novamente e nem a machuque.

— Conrado, calma. Não é o que está pensando, digo que foi péssimo pois eu descobri que eles estão morando em um buraco mofado, é horrível Conrado. — Ela diz e percebo que está com vontade de chorar pois sua voz está embargada e trêmula.

— Como assim?

— A casa deles está cheia de mofo, nem parece mais a casa que eu morei durante minha infância.

— Júlia, cada um colhe aquilo que merece. Eles estão passando por essa situação pois foram muito ruins pra você, isto é o mínimo que poderia acontecer. — Eu posso até estar sendo um pouco cruel, mas eu não estou nem aí pra esses dois.

O que fizeram com Júlia foi algo desumano, acreditar no agressor e culpar a própria filha, Júlia deveria ter dado o desprezo a eles.

— Não é porque eles foram uns safados comigo no passado que eu vou conseguir fazer o mesmo. Estavam passando fome... não vou conseguir voltar e saber que eles estão vivendo nesse lugar horrível sem dinheiro pra comer.

— E o que você pensa em fazer?

— Eu vou tirar eles daqui, vou usar o dinheiro que está na minha conta para comprar uma casa pra eles. — Paro de digitar na mesma hora e pego o celular tirando do viva voz e levando até o ouvido, me levanto e saio pro jardim onde tem a piscina pelas portas duplas do escritório.

— O dinheiro que está em sua conta é pra você. Pelo amor de Deus, Júlia seus pais não merecem esse esforço. — Passo a mão por meu cabelo em nervosismo.

— Eles são meus pais, Conrado. Não posso fazer isso com eles que porra.

— Tá, então vamos fazer assim você não vai mexer nesse dinheiro. Eu vou te encontrar aí em uma viagem bate e volta e compro a porcaria da casa mas ela será colocada em seu nome, não quero nada no nome deles. E a casa que estão morando podemos reformar para alugar aí eles terão uma renda a mais, o que acha? — Pergunto pois odeio a ideia dela gastando seu dinheiro com aqueles dois.

Minha antipatia pelo casal é algo enorme, sinto nojo e raiva.

— Ai... sim, seria ótimo... eu te amo tanto, muito obrigada... mas tem outra coisa. — Lá vem, já sei que essa outra coisa eu não vou gostar nem um pouco.

— Fala.

— Eles querem conhecer Ben e Ester.

— Não. — Respondo sem pensar sobre o assunto.

— Conrado...

— Não, Júlia. Eu posso comprar uma casa pra eles, eu posso reformar a casa deles. Faço o que você pedir, menos levar as crianças para conhecê-los. E eu só estou fazendo isso por eles, por causa de você pois por mim eles continuariam no mesmo lugar.

— Porra, você também não ajuda hein. Conrado eles não vão fazer nada com as crianças.

— Eu vou desligar, estou trabalhando. Quando você tirar isso da cabeça a gente volta a se falar, beijo amo você. — Desligo sem esperar por uma resposta.