Anos Atrás

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Anos Atrás

— Você está ridículo nessa fantasia. 

Empurrei-o para longe, rindo da sua cara. Alex me olhou contrariado, fazendo uma careta engraçada. 

— Não, isso não é verdade. — contestou — Eu estou belíssimo.

Ri alto, por que a forma pomposa com a qual ele falou boa bastante engradaça. Ainda passamos um bom tempo nos provocando. Era o que fazíamos. Nós provocavam os sempre. Éramos bons nisso. Nosso amizade estava cada vez mais firme. Estar em sua companhia era sempre um momento de alegria e diversão. 

Então, lembrando-me do nosso plano e, consequentemente, sentindo o meu ventre pegar fogo, perguntei, extremamente acanhada:

— É… E sobre o que dissemos que faríamos hoje? Que você me ajudaria a fazer? 

Ele demorou um pouco a me responder, fingindo que não sabia do que eu falava. Isso me irritou consideravelmente, mas eu sabia que ele estava apenas querendo me deixar brava e ainda mais ansiosa. Quando afirmei que ele estava me fazendo perder tempo e ameacei me afastar dele, Alex riu abertamente, dizendo logo em seguida:

— Calma, anjinho, já está tudo combinado entre a gente, não é? Na hora que você quiser, a gente põe o plano em ação. Esta bem? 

— Está bem. 

Naquele momento, Vânia tinha arrastado as nossas outras amigas para longe, provavelmente em busca de confusão. Decidi que ficaria a companhia de Alex. 

— Não estou vendo ele. — alertei, enquanto a música tornava-se cada vez mais alta, vibrando no meu corpo por inteiro. 

— Não se preocupa, eu vou atrás dele. 

— Acha que eu já devo ir para lá? — perguntei. Minhas mãos suando e minhas pernas começando a ficar moles.

— É uma boa ideia. Vai se acalmar um pouco. Vou levá-lo em alguns minutos para lá. 

Balancei a cabeça em concordância. O que eu estava pensando que iria falar quando William entrasse naquela sala? Se é que ele aceitaria? Eu pensava em não executar o plano. De permanecer sem falará nada é seguir com a minha vida. Você consegue, minha voz interior me impulsionou. Não vai recuar agora, não é? Não. Eu não ia e nem queria. Respirei fundo antes de seguir na direção oposta a Alex, mas fui detida por ele, que me puxou pelo braço e olhou-me fundo nos olhos antes de dizer:

— Boa sorte, anjinho. Acho que ele está afim mesmo de você. 

— Não gosto que me chame de anjinho. 

Ele sorriu. 

— Mas combina contigo.

Apenas voltei a fazer o meu caminho. O que ia acontecer? Eu não sabia. Não sabia mesmo. Contudo, meu corpo tremulava e meu coração balançava rápido e intenso.

Aquilo era uma grande loucura. Eu esperava que tudo desse certo. Por favor universo, que tudo dê certo.

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bjxs,

Triz

Meu BluesOnde as histórias ganham vida. Descobre agora