[4] A Verdade Não Dita

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Ei, meus leitores fantasmas! 

Não se acanhem não. 

Deixa um comentário (ou estrelinha rsrs) pra titia pra ela saber que 'cês tão gostando :(


🛹

[4] A verdade não dita


– SAI DAÊ, JIMIN! – urrou Tae, extremamente puto. – ME AJUDA AQUI, PARA DE RECOLHER SUPRIMENTOS! EU VOU MORRER! EU VOU MORRER! EU VOU-

Lançou o controle do videogame longe, espatifou-se no chão de seu quarto. Para sua sorte, ao atingir o piso, foi amortecido pelo tapete abaixo da escrivaninha.

Ele morreu. E era culpa do Jimin.

Já foi registrado aqui que Taehyung é um péssimo perdedor?

– Ainda bem que 'cê não 'tá aqui, desgraçado. Eu ia te sentar na porrada – ameaçou Minnie ao apanhar seu celular que estava apoiado entre a parede e a madeira de seu local de estudos.

Gostavam de jogar Counter-Strike por vídeo-chamada, para assim poderem conversar sobre qualquer coisa e planejar ataques no jogo com mais agilidade. Era uma boa estratégia, evitavam mortes e ganhavam mais pontos. 

Pelo menos esta era a teoria.

– Ah, fica na sua aí, otário – rebateu o loiro platinado, os olhos focados em sua TV que não estava na tela. Apertava vários botões do controle com gana. – Como você pode gritar tanto essa hora da madrugada? A fofinha e o ranzinza por acaso são surdos?

Eram quatro horas da manhã de uma sexta-feira e os dois estavam competindo em jogos de tiro, ao invés de aproveitarem suas respectivas faculdades indo para alguma festa beber e usar ilícitos.

Alguns diriam que eram patéticos. Eles, por outro lado, diriam que eram brilhantes.

Com sua maioridade, Taehyung começou a beber uma cerveja ou duas, mas continuava detestando grandes festas lotadas de pessoas. Nas poucas vezes que frequentou – e se arrependeu – temia ter um ataque epilético por culpa da iluminação das baladas. Era muita informação para seus pobres olhos cansados.

Estava em fase de negação desde que voltou do oculista, uma semana atrás, onde descobriu que sua visão não era exatamente a melhor. Teria de usar óculos de grau para enxergar de longe. Um patrocínio atribuído ao Playstation e ao computador que usava para ficar horas realizando incontáveis trabalhos.

– Fofinha é surda sim. Namjoon não está. Saiu com uns amigos para comemorar os 23 anos de pura marra. Acho que não quis celebrar aqui de novo, com medo de que daquela vez estourasse todas as latas de cerveja.

Um ano da fatídica noite em que acabou com o bolo de aniversário do irmão. E que Seokjin disse que o considerava um amigo.

Em comparação ao ano passado, as coisas pareciam melhores. Desconfiava que Jin conversou com Namjoon para pegar mais leve com o mais novo. Seja lá o que disse para ele, havia funcionado, pelo menos um pouco. O ranzinza, como Jimin vinha o chamando nos últimos meses, aparentemente tentava controlar mais seu temperamento com Taehyung.

– Mais uma partida? – questionou o loirinho após o fim do jogo.

– Com certeza.

Recolheu o controle do chão, começaram a escolher os personagens, suas vestes e armas.

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