[13] Amores Peçonhentos

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Olha a atualização do meu aniversário aí!

Peço desculpas se tiver muitos erros de digitação, eu revisei o capítulo no meu trampo, então podem aparecer mais errinhos que o normal.


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[13] Amores peçonhentos




Uma das maiores habilidades de Jimin sempre foi e sempre será sua lábia. Bastou uma conversa pessoalmente com Taehyung para conseguir convencê-lo a abrigar Jungkook. Tete não saberia dizer o motivo para sempre ceder. Havia algo em sua entonação, seus olhos brilhantes ou a forma com a qual manifestava os fatos sempre com convicção.

Eles se encontraram no dia seguinte, na casa de Tete, conforme combinaram. Nenhum dos dois estavam no melhor humor, cada um por seus motivos. Em um primeiro momento, Minnie mostrou-se introvertido, coçava a nuca incessantemente, os olhos mirando aos lados para evitar encontrar os de Taehyung. Um sentimento de culpa o sondava por ter perdido o controle na noite anterior e xingado o amigo. Nunca foi do tipo que levanta a voz e ter dado um showzinho ao telefone o fazia bufar arrependido toda vez que se recordava.

Quando se falaram pelo telefone, apesar de ter exagerado na melhor maneira de demonstrar suas frustrações, as lágrimas que escorreram possuíam uma veracidade esmagadora.

Taehyung vislumbrou esta mesma veracidade no fundo de suas írises banhadas em castanho escuro, parcialmente cobertas pelos olhos puxados. Foi difícil enxergar o desespero e o desamparo que cercavam seu melhor amigo. Este foi único motivo pelo qual Tete concordou com toda aquela loucura: tentaria enxergar o outro lado da moeda. Por Minnie.

Estaria mentindo se falasse estar completamente tranquilo em ter Jungkook novamente em sua vida. Afinal, não conseguiu decidir sobre o dilema "pessoas más" versus "elas só estão perdidas", mas preferiu dar o benefício da dúvida.

Por Minnie.

E também por uma leve implicância com Kim Seokjin. Mas aquele era um nome que andava tentando trancafiar nos confins de seu subconsciente.

Bastou uma conversa com Sra. Kim. Uma mísera conversa realizada com o auxílio do loirinho, para convencê-la a deixar Jungkook passar algumas semanas na casa. Sua mãe quase não passava tempo em casa, e sempre seguiu a parentalidade num estilo mais "liberal", então não houveram grandes dramas. Claro que alguns detalhes foram omitidos, outros devidamente alterados, pois para a sorte de ambos, Taehyung nunca foi do tipo que contava detalhes de sua vida para os pais.

Em apenas dois dias Jungkook apareceu na porta de Taehyung. Ao seu lado estava aquele manipuladorzinho barato, segurando firme a mão calejada do outro para que não pudesse fugir dali. O clima tenso era quase palpável ali: os ex-amigos sérios e desconcertados; Jimin com um sorriso amarelo e nervoso.

– Oi – Taehyung falou primeiro de braços cruzados.

Jungkook, olhando para qualquer lugar que não fosse ele, ajeitou a mochila lotada com a mão livre. Desconfortável, murmurou mais sem vontade do que Taehyung:

– Oi.

Jimin como o usual tratou de tagalerar sem pausas enquanto ajudava um Jungkook completamente constrangido a tirar os pertences da mala. Observando o maxilar trincado do garoto da tatuagem polêmica, Taehyung relaxou um pouco seus ombros tensionados ao concluir que o outro estava tão incomodado quanto ele com todo o circo armado por Minnie.

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