SophieHoje é sábado e eu consegui convencer a minha mãe de que eu iria na casa da Mel estudar. Ela queria que eu ficasse lá o fim de semana todo, mas não ia poder. Já foi muito conseguir algumas horas.
Minha mãe disse que se eu contasse a alguém sobre o que acontecia em casa ou se não estivesse em casa as 17:00 ela ia me fazer pagar. Eu chorei até dormir porquê fiquei com medo dela. Eu só queria que ela me amasse, mas acho que isso é pedir demais. Quem conseguiria amar alguém como eu? Eu gosto de coisas de bebê e falo errado.
Coloquei uma roupa preta, eu amo preto e azul, são as minhas cores favoritas. O dia estava ensolarado, mas eu tinha que cobrir as marcas que a minha mãe fez em mim depois que eu quebrei um copo ontem. Ela me bateu e foi má comigo, mas se for comprar as a outras coisas que ela já fez...Isso não é nada.
Pequei um ônibus até a casa da Melissa, mas eu odeio fazer isso. As vezes algumas pessoas me olham estranho ou falam coisas maldosas pra mim, eu não gosto, por isso evito. Mas a casa da Melissa era muito longe para ir andando. Chego em um condomínio e espero o porteiro me liberar.
Eu já tinha sido instruída sobre onde era a casa e agora estava aqui em frente sem saber se tocava ou não a campainha. Mordi o lábio inferior, uma mania que eu tenho quando estou nervosa, e toquei. O som alto fez com que eu me afastasse um pouco e começasse a brincar com os meus dedos.
— Você veio mesmo!— Mel disse assim que abriu a porta e praticamente pulou em mim.
— Mel, eu não tô conseguindo respirar. — Minha voz saiu fraca, ela estava me apertando demais.
Ela me soltou e riu. Ela beijou minha bochecha com carinho e eu sorri. Melissa está com um conjunto leve e fresco, que cai perfeitamente nela.
— Meus pais vem mais tarde para o almoço e meu irmão está aqui. Vamos lá na cozinha e aí você toma café com a gente.— Ela convidou.
Ela saiu me arrastando, mas ela estava andando muito rápido. Tive dificuldade em acompanhar seus passos.
— Mel, calma aí. Minhas pernas são curtas!— Ela diminuiu o ritmo e começou a rir da minha exclamação.
Chegamos na cozinha e encontramos duas pessoas. A primeira era uma senhora que deveria ter uns cinquenta anos, tinha o cabelo pintado de preto e era um pouco mais baixa que eu; depois tinha o irmão da Mel que era muito bonito, era loiro, tinha olhos azuis e era forte. Vi algumas tatuagens no seu braço, pois a camisa social estava com a manga dobrada e gostei dos desenhos.
— Olá, bom dia.— Tentei falar calmamente, mas estava muito nervosa por dentro. Sempre ficava assim quando conhecia gente nova. Praticamente me escondi atrás da Mel.
— Oi, eu sou o Henry, muito prazer.— ele estendeu a mão para me cumprimentar e a minha mão praticamente sumiu de tão pequena.
Dona Maria se aproximou de mim e começou a me avaliar. O que eu faço? É se ela não gostar de mim ? O pensamento me deixou aflita e eu me esforcei para não pegar a minha chupeta dentro da bolsa. Henry me avaliou durante todo o momento, sem tirar os olhos de mim também. A atenção era boa, mas também me assustava.
DU LIEST GERADE
My little star
Aktuelle LiteraturSophie Collins era uma jovem que não tinha carinho ou amor. Vivia apenas com a sua mãe e ela nunca aceitou a filha da forma como ela era. A menina se via como uma aberração, até que chega um dia a sua vida muda e ela recebe a família que merece. He...