🍼Capitulo 22💫

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Sophie

Flashback on

— Tudo bem Daddy? — pergunto intrigada. Ele não parava de se mexer.

— Tudo sim amor. — Ele sorri e coça a nuca em sinal de nervosismo. — Só um pouco nervoso.

— Pu que ? Baby já jantou com o Daddy antes. — Saio do carro.

— Dessa vez é diferente, é nosso aniversário e um ano de namoro amor, quero que seja perfeito. — Ele segura minha mão e deixa um beijo com carinho na mesma.

— Seja o que for, eu vou amar! Tudo com o Daddy é perfeito. — observei um sorriso aparecer em seus lábios bem desenhados, eu amava esse sorriso.

— Você é incrível. — Ele diz e eu sinto minhas bochechas ficarem coradas. — Vem.

  Ele me leva até o segundo andar do restaurante, o mesmo se encontrava com apenas uma mesa posta. À iluminação estava baixa e tinha velas, criando um ar romântico, petalas de rosas espalhadas pelo chão, além da batida lenta e gostosa ecoando pelo lugar...Estava perfeito.

— Gostou?— Henry me abraçou por trás e apoiou o queixo na minha cabeça.

— É lindo! — Eu disse com os olhos marejados. — Obrigada. — sussurro com a voz embargada.

— Eu amo você. — Ele cantarolou no meu ouvido.

Flashback of

— ACORDA. — Foi o que eu escutei antes de sentir algo frio, muito frio.

  Olhei assustada ao redor e minha cabeça doeu pelo movimento brusco. Tentei mexer os braços e senti algo pesado em meu pulso. Quando minha vista de adaptou eu vi que estava em um local escuro, a única luz era a que adentrava a pequena janela, e que tinham duas pessoas me encarando mas não conseguia distinguir quem.

— A princesnha acordou. — uma voz grossa e masculina se fez presente, ela me deu arrepios. Não de um jeito bom.

— Achei que teria que jogar outro balde de água fria para que a vadiazinha acordasse. — A segunda voz era enjoativa e fez com que eu me escolhesse. Ela ainda me dava medo.

  Ela me pegou. Ela me tirou do Henry, o que eh mais temia aconteceu. Comecei a chorar.

— Pare de ser uma bebê chorona! Não sei como aquele riquinho te aguentava, aliás, nem sei como conseguiu alguém com tanto dinheiro. Acho que você não era tão inocente assim. — A mulher que um dia eu chamei de mãe falou.

— Não gostei dele ter tocado a minha mercadoria, eu poderia ter sido bonzinho, mas agora que sei que é uma vadia qualquer...Ah, vamos nos divertir muito! — Eu não entendia o porquê daquele homem me dizer aquelas coisas.

Eu quero ir embora. Eu quero voltar pro Henry. Quero voltar para a minha família.

— Não sabe mais falar? — Eu continuei chorando e a mulher me deu um tapa no rosto. — Responde! — vociferou.

— Pala...Deixa a Sophie ir...— Eu disse baixinho e ela riu com sarcasmo.

— Ainda é uma aberração, mas não esquenta. Seu novo dono pode dar um jeito nisso rapidinho. — Ela se aproximou e passou aquelas unhas longas e pontudas pelo meu rosto. — Pelo menos você vai me render algo além de desgosto.

— Amanhã eu volto para buscar a mercadoria. — O homem falou e eu me encolhi.

— Tudo certo. — A mulher fala e passos pesados soam pelo lugar.

— Pu...— tentei me forçar a falar certo. — Por que esta fazendo isso ?

— Você ainda não entende ? — Ela deu uma risada sarcástica. — EU. TE. ODEIO. Você é o motivo de tudo o que deu errado na minha vida!! Você é uma peste que eu devia ter abortado quando tive a chance! — Ela gritou e eu chorei mais ainda. Ela se afastou e parou na porta.— Pelo menos agora você vai ter o que merece.

Eu não sabia há quanto tempo eu estava apagada, mas a luz já estava se esvaindo. Eu abracei meus joelhos para tentar me esquentar, minhas roupas estavam molhadas, e torci para que alguém me tirasse daqui.

○○○

— Come. — A mulher colocou a bandeja na minha frente com brutalidade.

Eu não conseguia chamar ela de mãe. Uma mãe não faria isso. A Stella sim é uma boa mãe, ela ama os filhos acima de tudo. Ela em ama também, sinto falta dela. Principalmente do Henry, eu quero o meu namorado. Não dormi um minuto sequer, não sei o que ela poderia fazer enquanto eu estivesse dormindo.

Durante a noite eu só escutava a minha respiração, meus olhos estavam inchados pelas lágrimas derramadas e eu estava morrendo de frio. Acompanhei o silêncio da noite obscura e o nascer luminoso do sol.

— Não vai comer ? Tudo bem, não é problema meu, mas nem pense em morrer antes que eu ganhe meu dinheiro. ‐ com isso ela saiu.

Tinha água e pão. Eu empurrei a bandeja para longe, estava faminta, mas não era burra. Não ia comer aquela comida. Ela poderia me envenenar ou me dopar na primeira oportunidade.

Não sei quanto tempo passou desde que ela saiu. Escuto passos de salto e então a porta é aberta novamente. Meu estômago estava roncando e eu sentia a dor da fome, além do peso do cansaço. Ela vem até mim com um sorriso diabólico no rosto.

— Seu dono veio te buscar. — Ela cantarolou com felicidade. Ela só podia ser maluca. — Vou finalmente me livrar de você, agora para sempre.

  Ela usou a chave para abrir as correntes nos meus braços e me puxou pelo braço. Eu estava fraca, sentia minha cabeça pesada pela falta de sono, comida e água, mas não ia me entregar assim tão facilmente. Luto para me soltar e ela volta seu olhar para mim com raiva.

— Não vai conseguir...— Ela para de falar quando chuto sua perna e me contorço para me soltar. — Você vai pagar por isso.

Ela me dá um tapa me empurra me fazendo cair no chão. Em seguida agarra meu cabelo para erguer meu rosto e me fazer encara-la.

— Eu não posso causar danos permanentes em você, mas eu posso te dar uma surra. — Ela sussurra com fúria. — Ninguém vem atrás de você. Quem iria querer uma garotinha estúpida e burra? Eu livrei aquele garoto de uma boa enrascada.

Só senti o golpe quando ela me bateu novamente, cuspi o líquido com gosto metálico no chão.  Ela me dava tapas e socos, eu ergui os braços tentando me defender. Quando ela chutou minha barriga...Eu gritei. Um grito tão alto e agudo que poderiam ouvir a uma grande distância.

Estava doendo. Doendo muito. Coloquei a mão na barriga e me desesperei quando senti algo escorrer pelas minhas pernas. A mulher me observava em silêncio, levei minha mão trêmula até minha perna e quando ergui vi o sangue. Mil coisas passaram pela minha cabeça.

— SOPHIE!! — Eu escutei um grito ao longe, mas já era tarde.

Minha mente já estava imersa na escuridão novamente.

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Oi, meus anjos!

Que raiva dessa mulher! Que dó da minha neném, ela não merecia nada disso. O que será que vai acontecer agora ?

Não se esqueçam de votar e comentar. Bjs ❤

My little starWhere stories live. Discover now