🍼Capitulo 6💫

42.5K 2.8K 595
                                    


Henrique

Faz duas semanas que a Sophie está internada e eu vou lá todos os dias, na verdade eu quase não saio de lá. Esse tempo com ela só serviu para que eu me apaixonasse ainda mais por ela. Ela é tão incrível, não teria como não se apaixonar.

Eu conversei com a minha mãe e pedi para ficar com a Sophie sob minha responsabilidade, como eu sou de maior e tenho uma boa estabilidade financeira não teria problemas.

  Eu lembro até hoje no dia em que ela teve que dar depoimento. Ela estava tão nervosa e se agarrou a mim em busca de conforto.

Flashback on

— Neném? — Perguntei assim que voltei para o quarto.

— Oi ? — Ela estava vendo um desenho na televisão e cantarolava  baixinho as músicas.

  Andei até a cama e sentei ao seu lado.

— Nós precisamos conversar. — Ela finalmente começou a prestar atenção em mim e parecia aflita.

— Conversar ? A Sophie não fez nada, julo! — Ela disse de forma fofa e eu ri.

Ela tinha medo de ser ela mesma, mas eu e a Mel dissemos que ela poderia ser quem ela é sem medo. Agora ela parece mais feliz, mesmo que ainda esteja no hospital.

— Eu sei amor. Mas lembra que eu expliquei sobre você falar com alguém e contar a história dos machucados ? — Ela assentiu. Vejo a porta ser aberta e um policial entrar, Soph fica assustada e abraça a minha cintura. — Calma, neném. Ele está aqui para conversar com você.

— Não vai machucar a Soph ? — Eu respondi que não e ela suspirou. — Mas voxê vai ficar com a Soph, não vai ?

Eu sorri. Ela me queria ali com ela.

— Sim, amor. Eu vou. — isso deixou ela relaxada.

Flashback off

  Ela não me chamou mais de Daddy depois daquele primeiro dia. Eu queria, mas não iria força-la a nada. Ela já passou por muita coisa. Ela também está meio estranha nesses últimos dias e resolvi que hoje iria conversar com ela. Ela parecia gostar da minha amizade e companhia, então não sei o que pode estar errado. Eu faço de tudo para ver ela sorrir.

  Eu descobri muitas coisas sobre ela durante esse tempo. Ela ama azul e preto, também gosta de algumas outras cores mais neutras, mas ela odeia rosa. Eu comprei três chupetas para dar a ela no hospital; uma rosa, uma azul e uma branca...Ela pegou as duas últimas e ficou olhando pra rosa com uma careta. Eu ri muito. Não sei o motivo de tanta aversão a essa cor, mas achei fofa a sua reação.

Eu mandei fazer um quarto pra ela na minha casa. Mesmo que ela não queira morar comigo ela pode ir lá para brincar, eu moro no mesmo condomínio que meus pais. Por isso estou sempre visitando, sinto falta deles. Minha casa fica solitária.

  Hoje ela teria alta e eu passei em casa para pegar uma roupa que eu comprei pra ela. Eu perguntei e ela disse que não tinha nada de importante em casa, e se depender de mim ela nunca mais volta naquele lugar. É compreensível, considerando todos os traumas que sofreu lá.

  A mãe dela sumiu do mapa. Os policiais não acharam aquela desgraçada, mas eu coloquei um detetive particular no caso, ela pode ser um risco a segurança da minha menina. Os policiais invadiram a casa assim que possível, mas não acharam ela. A idiota deve ter ido embora assim que Sophie não voltou da escola.

My little starOnde as histórias ganham vida. Descobre agora