SophieAbri os olhos e senti minha vista doer por toda a claridade no ambiente. Aos poucos vi que estava em um quarto totalmente branco, com vários aparelhos ligados e uma mão segurando a minha. Os cabelos loiros denunciavam quem era, senti meus olhos se encherem de lágrimas. Ele estava aqui.
Tentei me mexer e meu corpo inteiro doeu, mesmo assim levei minha mão aos fios dourados e comecei uma breve carícia. Vejo Henry se mexer e abrir um dos olhos lentamente.
— Você acordou...— Ele sussurrou para si mesmo e depois ele arregalou os olhos. Ele sentou imediatamente e assumiu uma postura mais atenta. — Você acordou!! Como se sente ? Quer algo neném?
— Água. — murmuro com dificuldade.
Ele pega um copo de água e me ajuda a sentar na cama. Ele aperta um botão ao lado da cama para chamar a enfermeira. Puxo ele para sentar na cama comigo.
— Eu fiquei tão preocupado meu amor. — Ele beija meu cabelo e eu me aconchego nele. Deixo as lágrimas fluirem livremente e o abraço com força. — Shh...Eu tô aqui, está tudo bem agora. — A voz dele estava falhando. Sei que ele estava tentando ser forte.
— E-eu t-tive tanto medo. — solucei e ele me apertou. — A-achei que nunca m-mais ia ver v-você.
— Eu senti muito a sua falta neném. — Ele toca suavemente meu rosto e desliza o polegar pelo meu queixo para erguer meu rosto. — Eu amo você Soph, cada segundo longe de você foi uma tortura. Não sei o que aconteceu lá, mas eu sinto muito por não ter cuidado melhor de você...
— Não foi sua culpa. — Falo fungando. Deito minha cabeça em seu pescoço e sinto seu cheiro. Senti falta dele. Tanta falta. — Ela era uma mulher ruim.
— Ela nunca mais vai poder te fazer mal. — Ele tenta me tranquilizar.
— Licença. — Um homem entra no quarto e eu me encolho.
— Está tudo bem estrelinha. — Henry sussurrou de forma afável no meu ouvido.
— Vejo que a senhorita acordou. — Ele sorriu de forma simpática. — Sente alguma coisa ?
— Meu corpo doi...
— Isso é normal, a senhorita foi agredida...— Ele olhou pro Henry como se pedisse permissão para continuar. — Chegou aqui com várias contusões e quase sofreu aborto, mas conseguimos salvar o bebê...
Eu engasguei e Henrique me olhou atentamente. Ele sabia ? Não parecia surpreso.
— Perdão...Bebê? — pergunto chocada.
— Eu também não sabia, descobri algumas horas atrás. Fiquei tão chocado quanto você. — Eu fiquei tentando analisar a situação.
Grávida. Tinha uma sementinha na minha barriga, fruto do meu amor com o Henrique. Eu podia ter perdido meu bebê. Nem sabia que ele existia mas só de pensar que ele poderia não estar aqui, isso me deixa com um aperto no peito.
— A Senhorita está grávida de um mês. Parabéns papais!! Eu vou me retirar para dar privacidade ao casal e mais tarde volto para fazer um checkup. — O médico se retirou e fechou a porta.
Henrique apertou minha mão e eu o olhei. Ele parecia apreensivo.
— Amor, eu sei que você é jovem e que talvez seja muita responsabilidade...— Ele me olhava com tanta ternura.
Não deixei que ele continuasse e beijei sua mão. Já tenho vinte anos e provavelmente vou ter os bebês com vinte e um...Eu sei o que quero.
— Eu quero esse bebê, Henry, quero ter ele com você. — Respondi de forma decidida e observei seus olhos lacrimejarem. — Eu amo você e já amo a nossa sementinha também!
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My little star
General FictionSophie Collins era uma jovem que não tinha carinho ou amor. Vivia apenas com a sua mãe e ela nunca aceitou a filha da forma como ela era. A menina se via como uma aberração, até que chega um dia a sua vida muda e ela recebe a família que merece. He...