🍼Capitulo 11💫

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Sophie

— Achei você. Agora você não me escapa sua vadiazinha.! — Ela me agarrou pelos cabelos.

— Me solta!! — Ela me deu uma pancada com alguma coisa no rosto e eu senti o gosto metálico preenchendo minha boca. — Pu favo solta eu. — falei com dificuldade enquanto chorava. Estava doendo.

— Fala direito sua vadia! Além de destruir a minha vida você age como uma aberração para ter atenção!! — Ela crava as unhas nos meus braços me fazendo gritar de dor e fica com o rosto próximo ao meu. — Ninguém nunca vai gostar de você. Ninguém nunca vai amar uma pessoa tão defeituosa como você!

— Soph? — escutei uma voz distante, mas não conseguia prestar atenção.

— Para, por favor, para. — Eu gritava e ela continuava me machucando. Com palavras e com as mãos.— Para!

— SOPHIE! —Sou puxada se volta para a realidade.

  Me sento sem conseguir respirar. O ar não entra. Vejo Henrique ao meu lado e aperto sua mão. Sinto o desespero tomar conta de mim, os pensamentos ruins e memórias invadindo a minha mente e me causando mais pânico.

— Não consigo...— Eu falei com a voz sufocada e ele segura meu rosto com as duas mãos.

— Amor, você está tremendo! Tem que se acalmar, por favor...Respira fundo! — Eu balancei a cabeça negando. Não consigo. Ele segurou meu rosto. — Você consegue. Eu estou aqui com você. Inspira pelo nariz e expira pela boca!

  Meus pulmões já estavam queimando pela falta de ar. Eu tentei fazer o que ele disse mas era difícil de mais, está doendo. Tá doendo muito. Minhas mãos estavam tremendo, minha mente parecia envolvida em uma neblina e não conseguia pensar direito, eu não conseguia me forçar a respirar. Perdi o controle sobre meu próprio corpo.

— Não... — Eu chorava sem parar. — Tá doendo. Tá doendo muito. — Eu falei rápido.

— Por favor amor! Inspira pelo nariz e expira pela boca! — Fiz o que ele disse é uma pequena quantidade de ar entrou.— Isso! Continua assim.

Não sei quanto tempo demorou, mas eu finalmente consegui respirar fundo. Ele me puxou para seu colo e eu me agarro a ele como se ele fosse desaparecer a qualquer segundo. Eu choro. Choro pela dor, pela tortura, por alívio de não estar mais passando por aquilo, por medo que ela volte e me leve. Eu não aguentaria passar por aquilo de novo. Não consigo.

— Eu estou aqui. Eu vou sempre estar aqui. — Ele fazia carinho nos meus cabelos e murmurava palavras doces enquanto eu chorava. — Eu te amo.

Henrique

Acordei com a Sophie gritando. Eu nunca fiquei tão apavorado quanto eu estava naquele momento. Ela acordou tremendo e suada, ela não conseguia respirar. Tentei várias vezes fazer ela respirar e finalmente consegui.

  A puxei e ela me apertou. Ela chorava e eu apenas tentei acalenta-lá, ver minha menininha assim partia o meu coração. Falei o quanto ela era importante pra mim, o quando eu amava ela, falei a pessoa incrível que ela é. Eu a deixei chorar, deixei que aquelas lágrimas levassem suas dores. Eu queria ter protegido ela de tudo isso, mas eu não estava lá, não tinha como estar. Mas eu juro que ninguém nunca mais vai machucar ela.

Senti meus olhos marejarem também, é horrível ver alguém que você ama em uma situação tão ruim e não poder fazer nada direito para ajudar.

  Depois de chorar por um bom tempo ela acabou dormindo, eu dei um banho nela e troquei os lençóis suados. Deitei com ela e senti sua boca no meu mamilo, suspirei e comecei a fazer carinho nos seus cabelos. Se isso manter ela calma, então eu posso lidar.

○○○

Não dormi essa noite. Toda vez que ela parecia estar mal eu tentava fazer ela se a acalmar e voltar a dormir, eu queria saber o que causou essa crise que ela teve de madrugada. Ela ainda tinha a boca no meu mamilo e dava leves sugadas enquanto dormia. Estava dolorido, por não estar acostumado com essa sucção, mas eu não tinha coragem de mexer nela.

Sophie começou a se mexer sozinha e eu sabia que não ia demorar muito até ela acordar. Tirei a boca dela dali com cuidado e coloquei uma chupeta, então desci e  preparei rapidamente um café da manhã pra ela. Voltei para o quarto na hora que ela acordou.

— Oi. — Ela falou com a voz meio rouca e seus olhos estavam um pouco inchados. Culpa do choro e dos gritos.

— Oi neném. Eu fiz pra você. — Falei enquanto colocava a bandeja no seu colo e me sentava ao seu lado.

— Obrigada...— Ela me olha intensamente. — Não só por isso, mas por tudo. E me desculpe também.

— Não precisa agradecer e nem se desculpar, eu amo cuidar da minha baby. — Ela sorriu minimamente e assentiu. Ela não está bem. — Você quer conversar? — perguntei enquanto colocava uma mecha do seu cabelo atrás da orelha.

— Eu...Sonhei com ela, mas não era um sonho. Era uma lembrança. Eu tinha saido de casa sem permissão pra ir na biblioteca, mas ela descobriu e as coisas não acabaram bem...Ela dizia que ninguém nunca ia amar uma pessoa como eu e várias outras coisas ruins e eu tenho medo que ela volte e me leve embora. Eu morro de medo disso, Henry. — Ela diz com tristeza evidente na voz.

— Eu não vou deixar ela levar você! Se depender de mim ela nunca mais vai chegar perto de você, Sophie. — Eu segurei seu rosto com as duas mãos e usava os polegares para limpar as lágrimas que escaparam de seus olhos. — Ela não estava certa. Você é uma pessoa incrível e qualquer um teria sorte por amar você, mas ainda bem que você é só minha. Não quero dividir a minha baby!

Ela riu e eu fiquei feliz por fazer ela rir, mas seu sorriso morreu depois de um tempo.

— Desculpe por...Hm...Como se fala isso ? — Ela olhou para teto e suspirou. Eu a encarei confuso. — Desculpe por mamar em você. — Ela me olha com o rosto corado e eu ri.

— Amor, está tudo bem. Mas me fala uma coisa...Você quer ser amamentada? — Ela abaixou a cabeça e começou a mover os dedos, isso era sinal de nervosismo. — Acho que esse silêncio é um sim.

— Eu só...Desde que eu vi a Mel amamentando o Adriel, eu vi aquele amor e aquele carinho, a conexão que existe naquilo e fiquei com vontade...Mas Eu não queria dizer nada. Você já faz tanta coisa por mim e pedir isso seria... — Ela suspirou. — demais.

— Sophie, entenda que se você quiser o mundo então eu vou fazer o possível e o impossível para te dar ele. — Ela ainda olhava para baixo. Virei seu rosto pra mim e lhe beijei. — Eu. Te. Amo. — cada beijo era um selinho e no final ela sorriu. E foi um sorriso lindo.

— Eu também te amo Henry.

— Ótimo. Agora come o seu café da manhã que eu fiz com muito carinho. — Coloquei um morango na sua boca.

— Hm...Daddy mandão. — Ela murmurou enquanto comia e eu ri.

— Baby gulosa.— comentei quando ela abriu a boca pedindo outro morango.

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Quero um Henry pra mim. 💖

My little starOnde as histórias ganham vida. Descobre agora