LIVRO 1 DA SÉRIE IMPLACÁVEIS
Após descobrir o que motivou o marido a pedi-la em casamento, lady Evangeline Cavendish vê-se obstinada a odiá-lo para o resto da sua vida, focando a sua atenção na sua filha Grace, o único motivo pelo qual sente...
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Preocupações são o maior estorvo à execução de uma vontade nossa, por mais singela que esta seja. Evangeline podia falar com propriedade sobre o assunto, já que a preocupação tomou conta dela quando lhe veio à mente a ideia de ir visitar os pais.
Juntando isso ao baile dos Vermont que seria dali a dois dias, era corretíssimo afirmar que lady Evangeline Cavendish encontrava-se numa pilha de nervos. Nesse mesmo dia optou por ir à modista encomendar o seu vestido — e escusado será dizer que a costureira prontificou-se em confecionar o seu vestido em tempo recorde, tratando-se de uma encomenda feita pela ilustre duquesa de Devonshire — e decidiu deixar a visita a casa dos seus pais para o dia seguinte.
O problema é que o dia seguinte chegou, e o alívio que ela havia sentido por ter delegado a si mesma aquele objetivo, adiando-o para o dia seguinte, evaporou-se por completo ao amanhecer de um novo dia.
Após a saída do marido para o palácio de Westminster, Evangeline muniu-se de uma boa dose de coragem, entrou na carruagem e rumou até a casa dos condes Borton, a apenas alguns quarteirões de Devon House, ambas localizadas em Mayfair. Tendo em conta o medo de a mãe perceber logo de caras o que se passava entre ela e Dorian, isso fazia com que Evangeline sentisse que estava a ir de encontro à forca.
Assim que a carruagem adentrou na propriedade da família Borton, a duquesa respirou fundo e saiu da carruagem, aceitando a ajuda do cocheiro para descer.
O mordomo recebeu-a com um sorriso caloroso, encaminhando-a até à sala de estar, um caminho que ela conhecia muito bem. Após ficar uns minutos no aguardo, logo a sua mãe apareceu com uma expressão alegre e jovial estampada no rosto.
— Que alegria a minha por voltar a ver a minha menina! — exclamou a condessa alegremente abraçando a sua primogénita.
Evangeline retribuiu o abraço com o mesmo fervor, pois sentiu saudades da sua família.
— Porque não trouxeste Grace contigo, minha querida? Queria tanto ver a minha neta. — resmungou Lora com a testa franzida, e Evangeline sorriu.
— Ela está a dormir mamã, não queria estar a acordá-la pois ela fica muito rabugenta quando interrompem o sono dela. Noutro dia volto cá e trago-a comigo, ou então vem fazer-me a senhora uma visita.
Lora apenas assentiu, conformada com a resposta.
— Papá e os rapazes, estão em casa? — perguntou Evangeline pouco depois.
— Estão todos na biblioteca a fazer sei lá o quê. — resmungou a condessa contrariada. — E eu aqui, renegada.
Um sorriso divertido despontou no seu rosto perante a reclamação da mãe.
— Mas até é bom, assim temos algum tempo para conversarmos só nós as duas, antes que eles estranhem eu não ir bater-lhes à porta para reclamar e perturbá-los. — Lora piscou um olho à filha, que riu de modo cúmplice. — Aliás, assim que cheguei aqui notei que estavas um pouco triste, passasse alguma coisa, eu sinto.