• Capítulo 25 - Será que é desta?

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       Antes de deixar a mansão Borton, a sua mãe comentou que também foram convidados para o baile do marquês e da marquesa de Vermont

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       Antes de deixar a mansão Borton, a sua mãe comentou que também foram convidados para o baile do marquês e da marquesa de Vermont. Não sabia se ficava feliz ou temerosa devido a isso, pois com o que contou à sua mãe, ela iria observá-los como um falcão a noite toda.

       Na tarde do dia do baile recebeu o vestido em casa, e era absolutamente deslumbrante! O robe a la anglaise era de um tecido vermelho bordô, com uns tons de vermelho mais claro nas camadas da saia, que possuía a camada superior, visível através de uma falha dianteira do robe, com um tecido rendado e florido da mesma cor. As mangas iam até ao cotovelo, e as camadas de folhos lá costuradas estendiam-se até ao antebraço, em tons de vermelho mais claro, quase branco, tal como os laços dispostos na parte da frente do corpete do robe a la anglaise. Uma indumentária elaborada e feita em tempo recorde, e que por isso valeu bem o dinheiro que ela despendeu por ele.

       Enquanto isso, as coisas entre ela e Dorian continuavam atribuladas, especialmente desde que descobriu, através de uma dama amiga sua que encontrou na boutique onde fez a encomenda do vestido, onde se dirigiu nessa manhã para fazer a última prova do vestido, que Dorian e lady Violet Abbot, a baronesa de Westphalen, foram vistos a conversar à saída do palácio de Westminster. Não sabia qual o teor da conversa, mas o facto de ela ter ido logo ter com ele assim que chegaram a Londres, e por saber logo onde o encontrar, já fez uma onda de raiva e ciúme surgir dentro de si.

       Sim, sentia ciúmes de Dorian, ele era o seu marido, estava no seu direito.

       Assim como sentia vontade de estrangular a pegajosa da baronesa.

       Devido a essas incertezas relativamente à conversa de ambos, a sua atitude relativamente ao marido tornou-se mais fria e distante. Se antes lhe respondia a qualquer provocação, agora tornava-se indiferente a ele e se ele estranhou a sua postura, não se manifestou a respeito disso. Porém a dúvida corroía-a, e o facto de Dorian estar calmo enquanto ela se afogava em raiva, apenas a enfureceu ainda mais.

       Foi por isso que, com a determinação de um soldado, marchou em direção ao quarto dele e entrou na divisão como se fosse um furacão. Ele estava perto da janela a ler um manuscrito bastante concentrado, porém ele olhou na sua direção ao ouvir a porta abrir e fechar com força.

       — Posso saber porque pareces uma leoa prestes a atacar uma gazela? — interpelou Dorian fitando-a com interesse.

       Evangeline aproximou-se mais uns passos, parando no centro do quarto esforçando-se para permanecer calma.

       — Ouvi dizer que estiveste com a baronesa de Westphalen à dois dias, à porta do palácio de Westminster. — disse de modo sereno, mas Dorian logo viu no seu olhar a raiva contida.

       Ela estava com vontade de discutir, por outro motivo não estaria ali.

       — E então? — perguntou Dorian, tentando entender porque estava a ser sondado como um criminoso, se foi aquela praga que veio atrás dele.

O perdão de Lady Evangeline - Série ImplacáveisWhere stories live. Discover now