❝My Youth Is Yours {Jung Hoseok}

Onze

"Uma casa feita de cartas e, estupidamente,
eu e você."

Seo Yeon.

Eu estava imóvel no lugar em que estava sentada. Não sabia o que fazer naquela situação. Ele estava ao telefone novamente, mas dessa vez com o seu chefe, ou melhor, com o nosso. Mal havia começado em meu emprego e já sentia que podia perdê-lo, além de que estava prejudicando Hoseok.

— Não se preocupe, está bem? — Disse olhando quando desligou o telefone. — Bang PD-nim disse que não dar para ter certeza se sou realmente eu na foto, então, conseguiremos reverter a situação.

— Nós fomos imprudentes. — Olho para ele. — Qualquer um poderia prever que essa situação aconteceria. Eu acho que nesse momento eu devo ser a pessoa mais odiada da Coreia e se duvidar, do mundo... Sua carreira também está em jogo. — Desvio meu olhar para chão.

— Ei, pare com isso... — Ele diz se abaixando na minha frente. — Você não tem culpa de nada e nem é odiada por ninguém, afinal, eles nem sabem que é você. — Coloca uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. — Não se preocupe com isso, amor.

Eu estava tão preocupada que não conseguiria repreendê-lo pelo apelido.

— Você tem razão, eles não viram o meu rosto. Mas ainda assim é complicado, você sabe que isso diz respeito a sua carreira inteira, e de certa forma, a minha também. — Encaro os seus olhos castanhos.

— Não vamos pensar nisso agora, está bem? Eu vou para a agência agora para esclarecer tudo em uma vídeo conferência. Nesse exato momento alibis estão sendo comprados e uma história inventada. Vai ficar tudo bem. — Sua mão toca o meu rosto.

— Eu espero que fique mesmo. — Fecho os meus olhos enquanto aproveito o toque da sua mão contra a minha bochecha.

Seus lábios carinhosamente tocam os meus e ele me dá vários selinhos. Aproveito aquele pouco tempo que ainda tínhamos juntos, ainda temendo o que poderia vir depois.

— Preciso ir agora. — Diz se levantando e eu faço o mesmo. — Se cuide e tenha cuidado ao sair.

Caminhamos juntos em direção a porta e coincidentemente nesse momento a campainha toca anunciando que o jantar havia chegado. Eu passo por ele e vou até lá, pegando as sacolas de comida.

— Você vai comer? — Olho para ele após fechar a porta.

— Não tenho tempo para isso agora. — Ele diz após colocar os sapatos. - Mas você vai. Lembre-se que você me prometeu se alimentar bem. — Abraça a minha cintura.

— Está bem, não se preocupe com isso. Apenas vá e tome cuidado. — Um breve sorriso brota em seus lábios.

— Nos vemos no trabalho amanhã. — Ele me dá um selinho.

Após nos despedirmos, ele vai embora. Coloco a comida na geladeira já que eu não tinha o mínimo de apetite naquele momento.

Me jogo no sofá e fico pensando em toda aquela situação. Eu nunca tinha vivido nada do tipo e nem fazia idéia de como era estar na pele de alguém famoso. Situações como essas para eles eram mais comum do que eu podia imaginar.

Na minha cabeça havia apenas duas perguntas:

Valia a pena continuar com isso? Eu devia me afastar dele?