Quase em guerra

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Península do Leste, Mata Solitária

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Península do Leste, Mata Solitária

NATOS I

A guerra estava apenas começando e, dessa vez, Natos não iria ficar de fora. Três meses se passaram desde a única batalha, quando o exército de Porto da Baixada foi derrotado pela Planície. Lorde Elon Kol, suserano de Porto da Baixada, não teve muita escolha a não ser pedir ajuda aos aliados. O Tratado da Península tinha que servir para alguma coisa e, por isso, lá estavam os quatro exércitos reunidos contra a Planície.

Sor Natos Gael era um cavaleiro nomeado por Sor Vincent em pessoa. Estava cansado das questões burocráticas e chatas do castelo. Não entendia porque o irmão, Naloan, o mantinha ajudando nessas funções estúpidas. Ele sabia que o verdadeiro lugar do cavaleiro era no campo de batalha. Com uma espada na mão e no comando do exército de Ponta Madeira. Não que isso fosse o seu objetivo. Na verdade, o exército de Naloan Gael era o menor entre as quatro cidades da Península. Ponta Madeira tinha força no mar e não no campo. Por isso, Natos não teria outra oportunidade de provar o seu valor com a espada e ocupar o seu lugar de direito entre os lordes. O irmão mais velho não era apto para tal posição. Ele gostava da monotonia do castelo e fazia de tudo para permanecer quieto e escondido dentro da cidade.

Não houve uma noite sequer em que Natos não sonhou como seria a guerra. Podia imaginar todos os cavaleiros e soldados sobre os seus cavalos de batalha lutando com honra contra uns aos outros. Já conseguia ouvir as canções que seriam cantadas após as vitórias e vislumbrava os espólios chegando a Ponta Madeira sendo recebidos com sorrisos de admiração de todos.

Mas nada disso aconteceu e ele já estava perdendo a paciência. O irmão levou dois meses inteiros para pôr o exército em marcha. E outro mês já estava se completando enquanto os lordes se organizavam em unir os exércitos e traçar um plano. Enviaram batedores, espiões, capangas, ou qualquer outra categoria de soldado de baixa patente para colher informações. Boatos diziam que a Planície finalmente conseguiu apoio da Terrassanta, e isso era muito grave. Natos estava descobrindo aos poucos que a guerra não era tão diferente da burocracia do castelo. Muita conversa e pouca ação, e ele já estava farto disso.

A guerra começou com um desacordo comercial qualquer. A Planície era a maior região do Leste ocupando quase todo o centro. Oito territórios, cada um com seus campos e uma cidade, unidos não só no comércio, mas também nos exércitos. Natos não queria estudar motivos e números, queria ação. Não importava quantos inimigos eram, ele abateria todos eles.

Estar na guerra era uma coisa, mas o acampamento dela era outra. Isso não estava escrito nas canções e Natos estava descobrindo o porquê. Uma chuva forte que durou três dias seguidos deixou a mata lamacenta. Mosquitos surgiam como formigas em doces. Irritavam a pele com picadas e os ouvidos com zumbidos. A comida era um horror. Não custava trazer mais temperos e cozinheiros melhores. Natos não queria comer sopa, frutas e carne seca todos os dias. Sem contar a higiene, que praticamente não existia. Ficava de armadura quase o tempo inteiro, só a tirava para se banhar no rio quando a situação já estava crítica. Era proibido se banhar sozinho, pois se uma batalha surpresa começar o soldado precisa de ajuda para se vestir e os soldados do irmão não faziam muita questão de estarem limpos. Natos só estava aguentando o acampamento até o momento, pois os lordes estavam se reunindo naquela noite para decidir o ataque.

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