32|| talking to the moon

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ARIA RIDDLE

Estes últimos 3 meses foram como um piscar de olhos.

Posso sentir o suor descer pela minha testa, encontrando aos meus ferimentos, os fazendo arder.

Hoje está quente, mas ainda sim a noite está linda, o céu está estrelado e mesmo em toda está situação, consigo ver as pequenas e míseras coisas boas que me acontecem.

A três meses eu fugi de casa. Todos os comensais estão atrás de mim e não só a mim. Harry e seus amigos também, estou com eles. Estou ajudando eles a acharem as horcruxes e nem mesmo eu sei como fui parar aqui tão rápido.

Me lembro como se fosse ontem, eu estava morrendo de fome, todo o mantimento que eu havia guardado, já havia acabado, e não havia sinal de água potável. Ouvi barulhos próximos, de uma possível luta e imaginei que haviam outros comensais que meu pai havia mandado para me matar. Não seria a primeira e nem última vez, então sem exitar, fui enfrenta-los e joguei um feitiço para mata-los de uma vez, assim, não levariam informações a voldemort.

Era divertidamente patético, papai estava disposto a mandar todos os seus comensais para me achar e matar, e eu me divertia com isso, é sempre bom apimentar um pouco as coisas.

O que eu não esperava, era que logo ao matar os comensais, ver Hermione, Harry e Rony, escondidos atrás de uma cabana. Ambos não entenderam, mas expliquei minha situação e me coloquei a ajudá-los.

Matar meu pai é sinônimo de liberdade para mim, e não irei conseguir isto sozinha. Me juntar a meus inimigos não estava em meus planos, mas não tenho intenção de ser amiga deles, na verdade, ao contrário disso. Está relação seria bizarra.

Harry e Rony confiam em mim, até porque, compreenderam meu lado da história, perceberam que não posso fazer nada para mudar minha família e a influência sobre eles não pode mudar quem eu sou. Não pode mudar quem eu quero ser.

Hermione está sempre com o pé atrás, qualquer coisa que eu diga já vira motivo de desconfiança para ela, e não a julgo, eu faria isso também se uma sangue ruim viesse para o lado do mal do nada. É o mesmo pensamento para ela e realmente não faz sentido.

- Esplêndido! Eu consegui!- Rony exclamou.

- Porque raios você fez uma fogueira se está calor?- Granger advertiu.

- Não sei, eu queria ser útil!

- Rony, você destruiu uma das horcruxes, isso já é útil o suficiente!- Consolei.

- Ah sim, mas não é o bastante! Vejam pelo lado positivo, agora tudo está mais iluminado, e poderemos comer marshmallows que eu trouxe!- O ruivo sorriu.

- Venha Harry, Rony trouxe marshmallows!- Chamei por Potter, que saiu da barraca no mesmo minuto e veio para o centro da fogueira com nós.

- Quem diria, todos nós aqui, juntos! Até mesmo a Aria!- Harry sorriu, ao sentar em meu lado.

- Ninguém esperava isso! Quando éramos crianças, nos diziam que iríamos ser grandes, e agora crescemos e somos inseguros pra caralho! Quem explica o futuro!- Afirmei.

- Tem razão!- Rony disse, cabisbaixo.

- Isso não é ruim, na verdade é bem normal! Pelo menos nós três somos heróis!- Hermione asseverou.

- Nós três?... Acho que você quis dizer quatro! Aria também está ajudando a achar as horcruxes!

- Uma heroína com o sobrenome Riddle? Que curioso, não é?- Hermione sorriu cínica.

- Tem razão, eu não sou uma heroína, na verdade, se quer saber, eu deveria ter deixado vocês aqui e morrerem com aqueles comensais!

- Você só os matou porque achou que eles haviam vindo atrás de você!

- E eu mataria de novo para proteger vocês, Hermione! Não se faça de boba, deixe o passado no passado! Eu sei, não fui a pessoa mais legal com você e se eu estivesse no seu lugar, eu também me odiaria, e olha que ainda sim eu me odeio!

- O que me garante que você não está nos enganando?

- Antigamente, eu só buscava o sucesso, mas agora, o que adianta? Eu não tenho ninguém, Pansy teve a mente apagada e foi mandada para longe, onde nem eu mesma posso acha-la! Draco me odeia e tenho culpa disso. Eu não posso perder mais nada, porque já perdi tudo o que me importava!

Todos ficam em silêncio, e Hermione revira seus olhos, disfarçando.

- Acho que vou dormir, até amanhã!

Me levanto, e vou para um canto mais afastado, deitando em um pano, com uma coberta fina como travesseiro. O trio vai para sua cabana, me deixando a sós, no escuro da noite.

Observando o céu estrelado, vejo uma estrela cadente passar, a noite está linda, e a lua então? Ela é incrível, amo observa-la, desenha-la, e até mesmo conversar com ela.

Talvez eu seja uma louca esquizofrênica que conversa com um satélite! Mas ela sempre está tão bonita e solitária. Ela me lembra Draco, ele era como a Lua para mim, e talvez eu a ame tanto por isso.

Eu gosto de pensar, que sou conectada a Malfoy pela lua, é uma forma de tentar chegar até ele, esperançosa talvez que ele esteja falando comigo também do outro lado.

Sim, eu sou uma tola por se deitar sozinho a espera de algo que pode ser apenas uma ilusão.

- Boa noite, Lua! Você está divina hoje, eu adoro quando você fica completa! Eu queria conversar mais com você, mas hoje foi um dia e tanto. Me desculpe não lhe dar muita atenção! Durma bem.

Me virei para o lado, logo após me despedir do satélite e fechei meus olhos em uma fração de segundos, adormecendo.

(...)

- Aria, venha!- Ouvi a voz de Hermione ecoar como um grito abafado, e logo acordei do sono pesado onde eu me encontrava.

(...)

DESTINADOS||ᴅʀᴀᴄᴏ ᴍᴀʟꜰᴏʏ🐍Where stories live. Discover now