DESTINADOS||ᴅʀᴀᴄᴏ ᴍᴀʟꜰᴏʏ🐍

06|| i wanna be yours

ARIA RIDDLE

— O que faz aqui?— Questionei Draco ao segui-lo e chegarmos em um quartinho desconhecido por mim

— Gosto de vir aqui para pensar, e porque me seguiu? Ela irá te punir por isso!

— Será mais fácil eu puni-la do que o ao contrário, mas se prefere pensar assim!

Malfoy se sentou no chão do quarto completamente escuro e empoeirado e não hesitei em sentar ao seu lado. Ele estava apoiado em um armarinho velho, abraçando suas pernas e com o pensamento disperso.

— Quer me falar o que aconteceu?

Me ajustei na mesma posição que ele e olhei para sua mesma direção, na tentativa de fazê-lo pensar que estamos em mesma situação.

— Pensei sobre o que você disse. E está certa!

— Eu falo tanta coisa e na maioria delas estou certa então, pode ser mais específico?

— Meu pai não me ama, e minha mãe? Talvez sinta apego em mim, mas se meu pai a mandasse me matar ela faria! Tudo que ele manda ela faz— Seus olhos se enchem de lagrimas e sua voz fica trêmula

Independente disso, Malfoy segurou o choro e continuou firme.

— Sinto isso todos os dias também. Minha mãe me abandonou com 10 anos, e eu queria só saber o que eu fiz de errado. Mas lembre-se, este é o nosso destino, nós, não podemos mudar isso...

Draco entrelaça seus braço sobre meus ombros e me abraça de lado, ficamos ali naquela posição, em silêncio absoluto e estava bom, seu abraço é confortável.

— Ora, e não é que senhorita Trelawney adivinhou mesmo o futuro? Está abraçado com uma pessoa de olhos azuis...— Rimos baixinho, sem motivo, apenas para descontrair e amenizar a situação.

— Eu odeio falar isso...— Ele sussurra, ainda permanecendo na mesma posição, sem manter contato visual— Eu queria ser como Harry, queria ter amigos e pessoas que me amassem independente do perigo que ofereço!

— Eu queria também. Se pensar bem, pelo menos nós temos pais— rimos fraquinho, e depois viro meu rosto para ele

— Dessa vez eu quero saber... Onde meu pai foi? Uma parte de mim desapareceu, Aria...

— Você precisa descarregar isso! Grite, chore, desabafe, o que for mais confortável para você. Mas lembre-se sempre, Draco, que nascemos por isso, nascemos pra continuar com o que eles começaram, independente se isso nos trás benefícios, ou não!— Gritei, autoritária.

Segurei seu rosto com minhas mãos geladas e trêmulas e pude sentir suas lágrimas descendo ao encontro das minhas. Seus lábios, estavam meio abertos, ele estava tentando dizer algo, mas em seu pior momento, Malfoy não conseguiu dizer nada coerente, apenas fez como eu lhe ordenei, ou talvez ele havia chegado a seu limite,e ali desabou sobre mim, no chão daquele quartinho frio e amontoado.

Estava tudo tão silencioso, tudo tão quieto e traumático. Tive vontade de chorar com ele, eu estou ao meu limite, estou exausta, estou cansada e sobrecarregada, nós estamos. Ele precisa me ver bem, ele precisa me ver reconstruída para que ele consiga levantar e continuar, eu preciso ser forte para ele.

— Já sei o que podemos fazer pra te animar um pouco!— Me levanto de seu lado e pego um radinho velho que estava ali. Ligo o rádio cujo tocava a música "i wanna be yours" do Arctic Monkeys

Estendi minha mão pra ele e o puxo para dançar a mesma música. No começo ele estava envergonhado e parado mas com minha animação ele se soltou um pouco mais.