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ARIA RIDDLE

Nesta manhã, graças aos meus instintos e a brilhante ideia de conversar com o elfo, que estava acomodado na casa, sede da ordem, logo perto de nós, Harry, Hermione e Rony foram ao cofre de Bellatrix, e acharam a taça de Helga Huplepuff. Foi uma missão complicada, de acordo com eles, o elfo era o maior babaca e traíra e por pouco eles não se deram mal.

Enquanto eles iam até o cofre, que pelo fato de ser uma missão discreta, não poderia ser acompanhada por muitas pessoas, então, eu e Luna ficamos sobre o teto da ordem, pesquisando em livros coisas que agregariam conhecimento e importância a nossa busca pelas horcruxes.

De toda forma, assim que o trio chegou, exaustos e todos muito molhados, recebo a infeliz notícia cujo eu fugia.

- Voltar para hogwarts?- Questionei incrédula- Vocês estam loucos! Estamos seguros aqui, não acho que seja o momento apropriado para voltar!

- Precisamos fazer isso! Temos quase certeza que o diadema de Rowena Ravenclaw está lá, e assim, enfraqueceremos ainda mais "vocês sabem quem"- Rony advertiu.

- Vejam, enfim Rony falou algo coerente! Mas não vale apena, a outras horcruxes que ainda não encontrarmos! Voldemort não está tão fraco quanto vocês pensam!

- Já destruímos 4, e talvez lá achemos mais uma! Não tenha medo de seu pai, estamos perto de acabar com ele!- Harry alertou, segurando em minha mão.

- Eu avisei que ela seria uma pedra no nosso sapato! Se não quer ir, que fique sozinha no meio da floresta então! Porque aqui, te consolando não iremos ficar.- Hermione revirou os olhos.

- Não seja insensível, Granger!- Harry cochichou a ela.

- Sabe, Aria! Eu também tenho medo, não a problemas nisso. Mas quanto mais rápido destruímos as horcruxes, mais rápido estaremos livres disso, e seguros, ao lado de Pansy!- Luna passou a mão sobre meu cabelo, serena e com um sorriso.

- Talvez esteja certa... Tudo vale apena por Pansy. Até mesmo enfrentar meu pior medo, papai!- Seguro em sua mão, e forço um sorriso.

Luna se anima, e pega minhas coisas juntamente com as delas, enquanto eu andava arrastando o pé no chão, sem nenhuma animação.

Hermione bufava indescretamente pelo meu desânimo. Ela ainda guarda mágoas por eu tê-la chamado de sangue-ruim diversas vezes, o que não é nenhuma mentira, mas sim o pior chingamento para os que não são de sangue-puros.

A muito tempo, venho tentando uma aproximação entre nós. Não que eu me importe, claro, mas Hermione é alguém curiosa, misteriosa e introvertida cujo tenho vontade de saber mais. Papai ficaria furioso em saber que sou amiga de uma sangue-ruim, e isso é ainda mais brilhante.

No caminho de volta a Hogwarts, vou ao lado de Luna. Ela estava empolgada para voltar para a escola, e eu apreensiva. Não a ninguém naquele lugar que queira saber se estou bem, se jogassem pedras em mim eu não ficaria surpresa.

Ao meio do caminho, paramos para comer algo, já estava anoitecendo e a distância era longa, então não poderíamos ir de vassouras, também por conta das bagagens.

- Ei, pegue aqui! Trouxe um sanduíche!- Rony me deu e sorri para ele, agradecida.

- Achei que tinha medo dela!- Hermione confrontou.

- Ah sim, eu tinha, confesso! Mas agora só a vejo como uma boa amiga.

- Obrigada Rony. Não entendo vocês, o que eu mais quero é ficar longe de mim mesma. Espero conseguir isto em breve!

- Desde de que você voltou, se mostrou uma boa pessoa. Normalmente eu não aceitaria, mas estou tão desesperado por ajuda, que quando percebi que sua real intenção era matar seu pai, assim como nós, comecei a me acostumar com a ideia de tê-la conosco.

- Sempre quis te perguntar, Aria. Porque quer matar seu pai, assim, do nada...- Hermione arqueou sua sombrancelha, confusa.

- Eu sempre o odiei, mas via nele um futuro garantido, com poder e fortuna. Mas depois que ele tirou quem eu amava, meu ódio se tornou incontrolável. Não era meu objetivo me juntar a vocês, mas juntos somos mais fortes!

- E ele te... fazia mal?- Rony questionou, envergonhado.

- Mais do que vocês podem imaginar. Até um certo tempo, tudo o que eu recebia era desaforos e chingamentos. Mas depois tudo foi piorando, com torturas, noites nas masmorras, dias passando fome.

- Sinto muito!- Luna manifestou.

- Tudo bem, eu achava isso normal. Achava que merecia, que eu estava errada, e ele certo. Talvez eu fosse burra demais para perceber. Estaria mais feliz se tivesse percebido antes.

- Não... Se culpe tanto, para alguém que nasceu com más influências desde cedo, o fato de ter se juntado a nós já é uma boa evolução!- Granger sorriu e retribuí seu sorriso.

Um silêncio se estende, enquanto Rony e Harry tentavam fazer uma figueira, já estava escurecendo. Meu olhar se volta a Lua e me arrependo amargamente de ter dedicado este astro tão lindo a Malfoy.

Amor, bastardo e desnecessário, só me fez decair. Graças ele, já não consigo olhar com os mesmos olhos a minha coisa favorita no mundo, até porque, toda vez que eu olhava para a lua, via Draco, e então podia matar a saudade que sentia dele. Mas acredite, a última coisa que quero agora é saber qualquer coisa deste idiota.

Assim que terminei de comer o sanduíche feito por Rony, me deitei em um pano, deitada de lado para evitar contato visual a lua que parecia me encarar, infelizmente. Eu ainda morrerei em um hospício.

(...)

DESTINADOS||ᴅʀᴀᴄᴏ ᴍᴀʟꜰᴏʏ🐍Where stories live. Discover now