Capítulo 2 - Não Te Amo

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Eu estou encarando Edward enquanto ele fala sobre como sua mãe é

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Eu estou encarando Edward enquanto ele fala sobre como sua mãe é.

- Ela é uma pessoa bem elegante e muito boa, sempre foi muito rigorosa com minha educação.

- E seu pai? - Sinto ele ficar tenso da cabeça aos pés.

- Meu pai morreu... Eu matei ele quando ele tentou matar minha mãe.

Eu estou a tempo suficiente nesse ramo para saber disfarçar minhas emoções e sentimentos.

- Ele tem parte da culpa por você ser como é hoje?

- Anne... Eu me tornei o que sou hoje por que eu quis... A única culpa que ele tem é por ter me feito gostar de sangue humano.

Preciso de um pouco mais de autocontrole que o habitual para não me abalar com essa informação... Mas sim, em sua ficha consta que além dos transtornos e distúrbios ele tem Síndrome de Renfield.

O vampirismo clínico, também conhecido popularmente como Síndrome de Renfield, é um distúrbio psicológico relacionado a uma obsessão por sangue. Este é um distúrbio grave mas raro, sobre o qual existem poucos estudos científicos.

Os portadores desta síndrome podem manifestar sintomas diferentes que incluem uma necessidade incontrolável de ingerir sangue, vontade de se ferir e se cortar para sugar seu próprio sangue, sempre acompanhado de uma grande satisfação ou de prazer durante ou logo depois da ingestão do sangue.

Porém eu não entendo o porquê usaram esse termo na ficha técnica, pelo que pesquisei enquanto que o vampirismo clínico é um termo real utilizado para descrever uma relação obsessiva com o sangue, a Síndrome de Renfield foi um termo inventado por um cientista para descrever a ingestão compulsiva de sangue, o qual não é cientificamente reconhecido. Este nome, foi inspirado no romance de Bram Stoker's Dracula, onde Renfield é uma personagem secundária do romance, com problemas psicológicos que mantém uma ligação e correspondência telepática com a famosa personagem fictícia Conde Drácula.

Ao encarar com mais atenção o Edward, percebo que seus caninos inferiores são extremamente pontudos e afiados, lembrando mesmo as presas de um vampiro.

O engraçado é que os vampiros possuem essa presa nos caninos superiores e não inferiores como o Edward.

Simplesmente fascinante. É o primeiro caso que pego dessa magnitude.

- Edward... Você um dia acha que me contaria a sua história, o que seu pai fez para te deixar assim? - Digo enquanto mexo em uma mecha de cabelo meu, tentando parecer tímida afim de sensibiliza-lo.

- Um dia quem sabe... - Ele me lança um olhar de lado que me causa frio na barriga.

Não aja como uma adolescente idiota, Anne... Ele é seu paciente.

- Tudo bem... Imagino que se eu pedir pra você me contar sobre sua infância, você irá pular a parte do seu pai, certo?

- Isso mesmo. - Ele responde sorrindo animado.

- Entendi... Bom eu vou te deixar descansar agora.

- Você já vai embora? - Ele pergunta fazendo beicinho e segurando meu pulso para me manter ali.

- Como assim já? São 22h da noite, Edward. Estamos conversando há 3 horas.

- Mas pareceram minutos... - Ele diz chateado.

- Mas eu volto amanhã pra conversarmos mais!

- Você promete que vai voltar?

- Prometo, então não fuja. - Mudo minha expressão de amigável para seria. - Eu sei que a Mad está te ajudando a escapar... Poderia por favor não manter mais o contato com ela?

Ele me encara surpreso e depois sorri ladino.

- Está com ciúmes, Anne?

- Estou... Não gosto de dividir o que é meu. - Digo assim de estiga-lo para que faça o que estou falando.

- E eu sou seu? - Ele diz eufórico é radiante.

- Claro! Meu paciente. - Dou uma piscadela e me solto de seu aperto para sair.

- Boa noite, Edward! Até amanhã.

- Boa noite, Anne. Ansioso para amanhã...

Isso deve ser o suficiente para mantê-lo aqui.

Pego minhas coisas em meu armário e vou para o meu apartamento.

Entro no meu apartamento e ouço um barulho vindo da cozinha.

Vou até lá e me assusto ao ver Jasen lá tentando cozinhar.

- Já falei pra não invadir meu apartamento sem avisar. - Reclamo.

- Hey, isso é jeito de cumprimentar seu amor?

Jansen larga o que está fazendo e vem até mim me puxando para um beijo molhado lento.

- Nunca disse que você é meu amor, Jasen.

- Você é tão amorosa, Anne. - diz irônico

Dou um sorriso debochado pra ele e me sento no sofá esperando ele trazer o que está preparando.

Ele termina e coloca nossos pratos de macarrão sobre a mesinha de centro.

- Obrigada. - Digo e começo a comer.

- Sabe... Eu estava pensando... Tem mais de 2 anos que estamos juntos.

- É daí? - Rebato.

- E você nunca disse que me ama... Eu estou um pouco magoado com sua indiferença, Anne.

- Jasen, não vou mentir pra você só pra te fazer feliz. Você sempre soube dos meus sentimentos com relação a você.

- Mas eu achei que eles mudariam.

- E eu avisei que eles poderiam não mudar...

- Você se quer está se esforçando? - Ele diz irritado.

- E eu preciso? Desde quando se esforçamos para sentir um sentimento que vem tão naturalmente como o amor?

Ele suspira irritado.

- Acho melhor não seguir com isso...

- A decisão é sua. - Digo tentando não mostrar meu alívio. Faz tempo que estou querendo terminar esse relacionamento.

- Sempre é minha né... Porque você não dá a mínima pra mim ou pros meus sentimentos.

- Você sabe que isso não é verdade... Eu me importo tanto que dei uma chance pra nós dois. Só não vou mentir pra você somente pra falar algo por falar.

- Você tem outro que ame?

Suspiro sem paciência.

- Se eu tivesse outro, já teria te dado um pé na bunda.

Ele me olha assustado e depois se levanta e sai do meu apartamento batendo a porta.

Eu reviro os olhos.

Fui babaca? Fui...

Mas ele mereceu... Como ousa supor que tenho outro homem?

Eu não estou nem ao menos apaixonada por ele, isso é verdade...mas supor que tenho outro estando com ele? Fala sério.

Não tem chance de continuar com isso por mais tempo.

Amanhã quando ele estiver de cabeça fria, vou terminar toda essa história.


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