Capítulo 25 - Teste De Amor

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Eu encaro Edward que ri como um louco

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Eu encaro Edward que ri como um louco. Pela primeira vez estou vendo seu lado assassino sádico.

Meu coração martelando freneticamente em meu ouvido é a única coisa que consigo ouvir.

Repasso a história na mente...

Minha irmã?

Minha irmã...

Não... Impossível ela ser minha irmã!

Uma faísca acesse na minha mente e eu começo a rir junto com Edward.

Ele me encara meio confuso.

- Você quase me pegou. Edward... Quase!

Ele continua me olhando esperando que eu continue.

- Isabel não pode ser minha irmã mais velha... Você não disse que ela tinha a sua idade? Pois eu sou mais velha que você.... Então não faz sentido ela ser minha irmã mais velha... Impossível.

Começo a rir novamente, mas dessa vez é de raiva. Ele está brincando comigo?

Edward sai de cima de mim e parece pensativo.

- Não estou brincando... Ela é sua irmã...

- Ahh sim, claro... E seu irmão meu primo de 5° grau... - Reviro os olhos.

Eu não descredito da parte que ele disse como matou a Isabel, a forma como ele falava sem ao menos piscar e com toda essa satisfação... Não tinha como estar mentido, mas ela ser minha irmã mais velha é impossível... Talvez se ele fizesse que era a mais nova... Eu não teria argumentos.

- Mas... Impossível. Ela era mais velha que você...

- Então como ela tem a mesma idade que você?

Edward parece confuso e não consegue me responder.

Eu sinceramente não sei o que pensar dessa história toda.

- Você fez teste de DNA?

- Não, não tive tempo, estava ocupado com a minha vingança se não se lembra... Estava beeeem ocupado tentando matá-la lenta e dolorosamente.

- Porque acha que ela é filha do meu pai?

- Foi ele que a enviou pra nós.

Eu paro pra pensar no que isso pode significar...

Tenho algumas ideias a respeito disso, mas só meu pai pode confirmar a verdade.

Olho para Edward que parece chegar a mesma conclusão que eu.

- Vou chamar meu jato particular, vamos para a Itália visitar seu papai... Na melhor das hipóteses, ele é um traidor maldito e vai morrer.

- Você não vai matar meu pai, Edward! Eu não vou deixar! - Digo elevando meu tom.

- A Mafia francesa não perdoa traidores, Anne.

- E eu estou pouco me fodendo pra sua máfia idiota! Tenho certeza que ele queria me proteger de vocês! Bando de loucos!

Edward avança para cima de mim e eu acho que ele vai. Me bater, mas não o faz.

Ele apenas segura minhas bochechas fazendo um biquinho forçado em meu rosto.

- Anne... Preciso te lembrar o que fiz com a Isabel? Ou te contar as outras histórias das mortes que causei para te fazer ter mais cuidado com a sua língua? A da Isabel não é nem de longe a pior...

Eu chuto entre suas pernas e saio correndo.

Quem ele pensa que é para me intimidar assim! Eu não sou qualquer uma, eu não vou ter medo dele tão facilmente... Não foi ele quem disse que me ama!? Ele não poderia matar seu único amor assim dessa forma...

Não sei pra onde estou indo, mas só corro.

Edward vem logo atrás de mim, posso ouvir seus passos largos e, puta que pariu, ele é rápido.

Chego a uma parte da mansão com varanda e sem pensar duas vezes subo no parapeito e abraço uma das pilastras para me equilibrar.

Hora de me aproveitar desse tal amor... Vamos ver o quanto Edward Beaumont me ama...

- Mas que porra você... Anne! Desce daí agora mesmo! - Diz se aproximando.

- Não se aproxime! Ou eu vou pular!

Ele congela no lugar. E me encara imóvel parecendo transtornado.

- Você... Você não teria coragem. - Diz.

Mas ele sabe que eu teria e muita.

- Edward... Como pode ser tão ingênuo? Eu teria mais do que coragem, no momento eu tenho muita vontade! Minha vida sempre foi difícil e eu sempre quis por um fim nisso, agora eu posso.

- Anne, vamos conversar, desce por favor... - Ele começa a se desestabilizar.

- Não tem conversa, você quer matar meu pai e eu não vou estar aqui pra sofrer a perda de mais pessoas!

- Eu... ANNE, SE SEGURE DIREITO, PORRA! - Ele grita quando eu me desequilibro e quase caio.

Eu sorrio pra ele.

- Eu disse que poderia por um fim nisso a qualquer momento, quem decide se eu morro ou vivo, sou eu mesma!

- Sim, você está certa... Vamos conversar, Anne. Eu faço qualquer coisa por você... Por favor, desce daí, amor!

- Eu aguentei muita coisa, Edward... Você me obrigou a vir pra cá, ficar com você, casar com você... Mas eu não vou aceitar a morte do meu pai... Ele é a única família que me resta...

- Merda! Tudo bem, Anne...

-Eu não vou mais cair nos seus golpes de palavras ambíguas que te permitem um furo na promessa! - Grito irritada.

Edward parece tão desesperado eu quase acho fofo. Realmente, parece que seu amor doentio me serve de alguma coisa!

Um calor percorre meu corpo e eu não sei porque gosto de vê-lo assim... Desesperado, preocupado... Tudo por mim. Quase parece que sou seu ponto fraco.

Balanço a cabeça para afastar esse tipo de pensamento. Agora não é o momento.

- Tudo bem, o que você quiser, só deixa eu te tirar daí em segurança! Por favor, por favor, por favor, porra!

- Diga que promete que não irá matá-lo nem fazer mal a ele! Prometa!!

- Eu prometo! EU PROMETO!!

Eu suspiro de alívio... Meu show deu certo...

Eu olho para baixo para verificar o quão alto eu estou e me surpreendo com a altura.

Ofego de susto e acabo sentindo vertigem.

Antes que eu possa me dar conta, estou caindo do parapeito. Mal consegui ter tempo de segurar a pilastra.

Merda...

Amor Doentio Where stories live. Discover now