Capítulo 48 - Sorriso Doentio

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Eu estava insano, louco

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Eu estava insano, louco...

Quando o vi sobre minha mulher e ela quase morrendo, meu lado mais sombrio e cruel despertou.

Todas as vezes que poupei sua vida por termos laços sanguíneos... Eu fui um idiota, já deveria tê-lo matado a muito tempo.

O ódio queima e arde dentro de mim, percorrendo minhas veias como veneno.

Anne está presa e desorientada, enquanto o maldito se contorce no chão com o tiro que dei em seu ombro.

Eu estou muito empolgado para matá-lo.

- Edward não... Não faça isso.

Ela está implorando pela vida do desgraçado que acabou de quase matá-la?

Alguém me diga que não.

- Edward! Ele é seu irmão...

Eu queria estapear essa mulher para ver se ela voltava a si.

Como pode implorar pela vida desse miserável?

Vai ver ela realmente o ama, realmente está apaixonada por ele.

- Annelise... Você só aumenta meu ódio e minha sede de sangue pedindo por ele.

- Edward... Me escuta, só me esc... - Ela engasga e cospe sangue.

Todo meu ódio é cortado e anestesiado momentaneamente.

Puta merda... Eu preciso levar ela ao médico... Ela se machucou e eu não sei a gravidade disso. E se ela correr risco de vida?

Eu fico tão abalado em pensar que posso perdê-la pra sempre que mal ouço o maldito do meu irmão se aproximar.

Ele enfia uma faca, que deve ter tirado do cu, bem nas minhas costas, próximo ao meu ombro.

Porém, eu nem me movo.

A onda de cólera me invade novamente e por alguns minutos eu me esqueço completamente da Anne.

Viro para meu irmão lentamente, sem tirar a faca das costas e ficamos frente a frente.

- Não vai chorar dessa vez, pirralho? - Ele diz, mas eu noto algo estranho nele...

Ele está chorando.

Por que está chorando?

Foda-se porque... Eu vou matá-lo e infelizmente terei que ser rápido pela Anne.

Mas não tão rápido assim também.

Eu acerto um soco certeiro no meio da sua cara, quebrando o seu nariz facilmente.

Depois sem esperar ele cair eu acerto sua boca e vejo alguns dentes voarem pra fora junto com o sangue.

Ouço Anne gritar algo mas estou possuído pelo ódio.

Acerto um soco em sua barriga que o faz cair em cima dos joelhos sem ar.

Eu acerto sua cabeça com um chute e ele voa para o chão.

- I-irmão ... Tenha piedade... T-tenha...

- Vou ter... Não vou te levar para aquela sala de Tortura que a Isabel passou seu último mês de vida... Não vou te torturar... - Eu sorrio como um louco. - Oras, irmãozinho... Como posso ser mais generoso?

- Mate a vadia também.. Ela disse que me ama! Ela implorou para vir comigo.

Só a ideia de isso ser verdade me deixou alucinado, louco de ciúme.

Eu o chuto novamente na barriga e acerto mais socos em seu rosto.

- Estou reconsiderando minha benevolência, Edmund. - Cuspo seu nome entre meus lábios.

- Edward... - Annelise me chama e percebo que há algo errado com a sua voz.

Olho para a sua direção e vejo que ela se soltou.

A ferramenta que coloquei em sua cabeça ainda está lá, porém a fita foi removida de deus olhos.

Como ela se soltou eu não faço a menor ideia... Ratazana astuta... Só está aumentando o grau da sua punição.

Suas mãos tremiam e ela apontava a arma que usei para atirar em Edmund para mim.

Eu sorri pra ela. Meu melhor e mais Assustador sorriso.

- Ora ora ora... Meu amor... - Digo ácido. - Vai me matar?

Eu me levanto e a vejo vacilar, a arma quase cai de sua mão. Ela treme da cabeça aos pés, seus lábios estão roxos pelo pânico.

Ela não poderia estar mais linda.

E eu não poderia estar mais furioso.

- Edward, não o mate... Ele é...

- Meu irmão. - A corto antes que conclua a frase. - Eu não entendo o que você tem com isso, está tão apaixonada por ele que insiste em implorar por ele?

- NÃO! Deus... Não é nada disso. Eu só não quero que depois você sofra carregando a culpa da morte do seu único irmão. - Ela diz chorando.

- Annelise, ser irmão vai muito além de laços sanguíneos. Esse homem que você vê... Nunca o considerei nada nem próximo de um irmão. Para mim ele não é nada, não significa nada e nem nunca significou. - A encaro com o queixo erguido. - Mas você... Você era tudo pra mim... E me traiu.

- Não! Eu não trai você! Eu salvei você, eu fiz isso por você! - Ela grita pra mim chorando.

Por mim? Fez isso por mim? Eu Rio alto e suas expressões me indicam que ela se sentiu ofendida.

- Annelise, eu vou cuidar de você mais tarde. Agora, eu vou terminar com esse verme imundo.

- Edward, você tem que me ouvir!

Eu me aproximo dela e então o que acontece depois é extremamente rápido.

Edmund pega a faca que estava cravada nas minhas costas e a lança na direção da Anne.

Antes que eu pudesse fazer qualquer coisa a faca atinge em cheio seu peito.

Meu mundo inteiro para de girar naquele segundo.

O ar fugiu de mim e meus olhos ficaram nublados.

Anne cai no chão mas não solta a arma.

Eu não sei o que fazer, estou paralisado.

Edmundo ri e eu estou tão perturbado que não consigo assimilar nada.

Ando relutante até onde Anne caiu e caio de joelhos em sua frente. Ela está agonizando de dor e eu levo minhas mãos a cabeça em total desespero.

Anne com o resto de força que lhe restava levanta a arma e aponta na minha direção.

- I-i-issso... T-tem.... Que... A-ac-acabar. - Ela diz relutante.

Eu fecho os olhos ansioso pela minha morte, eu quero morrer com ela, quero morrer com a mulher que amo. Viver sem ela não faz sentido nenhum.

Ouço o disparo e espero a morte me alcançar.

Mas ao invés disso, ouço o barulho de um corpo caindo atrás de mim.

Abro os olhos e vejo que Anne não mirava em mim e sim em Edmund que estava atrás de mim.

Ela sorri pra mim uma última vez e depois seus olhos se fecham.

NÃO!

- ANNEEEEE! NÃO! NÃO! ANNELISEEEREE! - Grito com todas as mi hás forças, com toda a minha alma.



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