Capítulo 42 - Dor Doentia

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Eu estou em êxtase, ela realmente disse que me ama

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Eu estou em êxtase, ela realmente disse que me ama. Claro que eu não joguei limpo e nem sei se isso veio do fundo do coração, mas estou feliz do mesmo jeito.

Mas também estou assustado.

Anne está tremendo até agora depois de ter tido orgasmos múltiplos bem intensos.

Eu fiquei fascinado, nunca vi uma mulher ter orgasmos múltiplos ainda mais da forma que a Anne teve.

A sensação foi tão intensa que ela simplesmente apagou e está tendo tremores até agora, meia hora depois de eu tirá-la de la e a trazer para a cama.

Quase me sinto culpado por ter a deixado tanto tempo sem sexo...

Balanço a cabeça. Foram só 3 dias... Mas pareceram 3 anos.

Anne começa a piscar tenta se levantar.

- Calma, amor. Você está um pouco sensível ainda.

- Caramba... O que foi isso! - Ela diz surpresa, espantada.

- Uma prova que você também é viciada em mim.

Ela estreia os olhos e me lança um olhar acusador.

- Filho da puta! Você fez isso de propósito! Sabia que eu não ia resistir e então se aproveitou desse meu momento de fragilidade para me fazer dizer que te amo! - Ela me lança um olhar de nojo e eu me sinto bem mal.

Mas eu não vou deixar as coisas ficarem assim!

- Você que é a culpada disso! Será que não enxerga seus sentimentos por mim? Olha o quão baixo e sujo me fez ser por não confessar seu amor!

- Eu não te amo! Por isso eu não disse!  E você não deveria me obrigar a dizer, ainda mais de uma maneira tão suja.

Suas palavras me atingem como um tapa na cara e eu fico sem chão.

Acho que nunca me magoei tanto assim.

Meu olhos enchem de água e eu tento me virar para ela não ver, mas claro que ela percebeu e me puxou.

A dor é tão forte que parece física, uma tortura seria mais aceitável e nesse momento entendo bem porque a tortura psicológica é pior que a física.

- Ei! Edward! - Ela segura minha mão. - Me desculpa eu não quis dizer isso.

- Não quis dizer que não me ama? - A encaro sem vergonha nenhuma por estar chorando, quero mais é que ela veja o quanto me magoa. Eu faço de tudo por ela e recebo isso em troca. Sua indiferença, palavras dura.

- Eu só estou magoada por ter tentado me forçar a dizer isso. Eu...

- Anne... Eu estou dando o meu melhor por você, tentando ser o melhor que posso pra você e por você. Sabe como é difícil amar e não ser amado?

Ela pareceu afetada por minhas palavras. Quase parece magoada e arrependida.

Essa mulher me deixa louco, eu não consigo entender ela e nem ela mesma deve se entender.

Eu saí de lá para esfriar a cabeça. Fui até uma goiabeira que tinha ali perto e subi na árvore avistando o mar.

Anne me seguiu e tentou subir também.

- Não suba, você pode cair e se machucar.

- Você também e mesmo assim está aí! Não me trate como um bebê! - Ela reclama.

Ela teimosamente sobe e fica próxima de mim observando o mar.

- Desculpe... Eu só não tenho tanta certeza do que sinto por você. - Ela diz triste.

Isso é bom... Ela não disse que tem certeza que não me ama e não disse que tem certeza também.

- Acha que um dia terá? - Pergunto esperançoso. Eu simplesmente não posso viver sem essa mulher. Ela é tudo que eu tenho.

- Depende... Eu preciso te conhecer melhor... Você é uma bomba relógio, Edward. O pior é que nunca sei quando está prestes a explodir.

Suspiro. Ela está certa... Nem eu sei.

- Você muda de emoção mais rápido do que eu consigo acompanhar, uma hora você é o Edward fofo e amoroso, outra é Assustador e mau... Eu...

- Mas você gosta... Você gosta quando sou mal com você.

- Mas não quando mata e tortura pessoas. Isso me lembra que tem um lado cruel em você que não sei até que ponto você controla.

- Eu. Jamais. Te. Machucaria. - Digo rosnando entre dentes. Estou farto disso!

Por que ela não confia em mim!?

E eu posso culpa-lá por não confiar? Ela está absolutamente certa.

Acho que não importa o que faço de bom pra ela, minhas atitudes como assassino a deixaram marcada. Não sei se tem como reverter isso.

- Nem você tem certeza disso. - Ela diz sorrindo fraco e sem humor. - E se eu quiser outro? E se eu te trair? - Ela me testa.

Só de pensar uma fúria descontrolada surge dentro de mim e eu quebro o galho que estava segurando.

Penso imediatamente em varias formas de torturar o maldito que ousar tocar na minha  mulher.

- Eu mato o desgraçado na sua frente. - Digo sem conter o ódio.

- E eu!? O que fará comigo? - Ela pergunta erguendo as sobrancelhas.

Imagens de eu a torturando invadem minha mente, porém elas me dão nojo. Eu não sei o que faria com ela, mas certamente não a Machucaria... Fisicamente.

Imagino uma leve tortura psicológica a deixando trancada como uma cadela. Eu seria seu único dono e ela precisaria de mim até para se limpar.

- Eu não te machucaria, não fisicamente. Mas você também não gostaria do que eu pensei em fazer da mesma forma...

- Não quero que me torture psicologicamente. - Ela diz adivinhando.

- Mas eu o farei se você merecer! - Digo irritado.

E o pior é que acho que vou gostar e você também vai. Por que é louca e fodida como eu.

- Está vendo por que não te amo? - Ela rebate.

Eu rosno de raiva mais uma vez ao ouvi-lá dizer isso e dessa vez acabo segurando o galho que ela está com tanta força que ele se parte com um "creck".

Quando percebo que ela vai cair, meu corpo se move mais rápido que minha mente e ao invés de apenas segurá-la pelo braço eu a abraço protetoramente rodando com ela no ar de forma que eu atingisse o chão e não ela.

Sinto uma pancada forte na cabeça e a última coisa que escuto são os gritos de Anne.

Merda.

Amor Doentio Where stories live. Discover now