Capítulo 20 - Surto Doentio

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Anne está mole em meus braços quando eu a coloco na cama e ela geme alguma coisa inteligível

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Anne está mole em meus braços quando eu a coloco na cama e ela geme alguma coisa inteligível.

Anne foi incrível hoje, a maneira como se comportou só aumentou o meus sentimentos por ela e corroborou o que já sentia.

Ela é perfeita para ser a minha rainha da mafia... Ela é perfeita pra mim.

Eu definitivamente estou ficando mais envolvido por ela do que gostaria, mas como evitar?

Eu passei muito tempo da minha infância sonhando com a minha princesa e achei que a Isabel fosse o mais próximo do que eu sempre quis.

Me enganei profundamente. Isabel não passava de uma vadia interesseira.

Mas a Anne... Ah... A Anne é ainda melhor do que a princesa que eu idealizava nos meus sonhos. Ela é única, autêntica e eu a guardarei com tanto cuidado e zelo, como se além de ela ser meu tesouro mais precioso, ela pudesse sumir a qualquer momento.

Eu retiro o vibrador que coloquei nela e penso em comer ela ali mesmo, mas ela se levanta e acerta um soco na minha cara.

Cambaleio pra trás desnorteado por ter sido pego de surpresa.

- Que porra, Anne! Você ficou louca? - Digo lambendo o sangue que escorre pelo canto dos meus lábios.

A Anne voa pra cima de mim com um abajur e tenta me acertar.

Meu Deus... Essa mulher ficou possuída? Seja qual foi o Demônio que se apossou dela, ele me quer morto.

- Anne para com isso! - Eu agarro o abajur e tiro da mão dela.

- Por que? - Ela sussurra com os olhos marejados.

Eu a encaro sem reação, tudo isso foi tão repentino.

- O que houve, Anne? - Tento me aproximar dela mas ela se afasta.

- Tudo o que você disse lá em baixo, era verdade? Sobre o meu pai...

Ah. Entendi...

Eu simplesmente revelei a ela toda a verdade sobra seu pai e sua origem.

- Sim. - Digo e sinto meus olhos escurecerem.

- Por que? Por que você não me contou nada, inferno!? Você sabe quanto tempo eu desejei conhecer meu pai? Confronta-lo por ter nos deixado? Você é um filha da puta, por que você sabia de tudo isso e mesmo assim escondeu isso de mim! E como se não fosse suficiente, falou tudo daquela maneira como se não me afetasse em nada, em um momento que eu sequer podia demonstrar fraqueza.

O que eu vou dizer pra ela? Que sinto muito?

Não sinto...

Que sou um monstro filho da puta?

Ela já sabe...

Eu suspiro derrotado. Por que vê-la desde jeito tão frágil e tão abalada me causa um sentimento esquisito?

Eu quero abraçar ela e dizer que vai ficar tudo bem, mas isso é mentira.

Eu quero dizer que vou ser melhor pra ela, vou ser o que ela merece, mas isso também é mentira.

- Anne... - Eu começo, mas na verdade não tenho nada para falar.

- Só... Vai se foder!  Pelo menos a sua promessa você tem que cumprir de me deixar livre depois que conseguir o que precisa, pois eu não quero passar nem um minuto a mais do que o necessário ao seu lado.

Eu lanço um olhar de quase pena pra ela.

Ela realmente acha que em algum momento eu cogitei deixar ela ir?

Seria engraçado se não fosse triste.

Seu olhar de raiva muda para descrença quando ela percebe minha reação a sua menção de ir embora.

- Você não vai, né? Não vai por que é um filha da puta, claro! Não se importa com ninguém além de você mesmo!

Ela coloca as duas mãos no cabelo como se fosse controlar ou sufocar um grito. Ela parece bem transtornada.

Mas então ela para como se estivesse com tudo sob controle e me encara.

- Eu. Odeio. Você. - Eu paro de respirar assim que ouço essas palavras. - Eu Odeio tanto você, que poderia morrer agora mesmo de ódio. Maldito o dia em que fui tentar te ajudar, em que eu achei que podia pegar seu caso, em que eu pensei que daria conta! Maldito seja, o dia que eu te conheci. Não tenha dúvidas, Edward Beaumont, assim que eu tiver uma oportunidade, eu vou sair daqui!

Seu olhar de desgosto e indiferença me machucam profundamente mas as suas palavras... Ah as suas palavras quase me mataram. Eu sinto um buraco se abrir no meu peito, dificultando minha respiração.

- V-você... Não quer ficar comigo? V-você quer ir embora? M-me... Me odeia?

Eu sei o que está prestes a acontecer, eu sei que vou surtar, mas não consigo fazer nada para evitar.

Ela é meu tesouro... Não posso perdê-la.

Não.

Não

NÃO, NÃO!

Anne é minha agora e nada do que ela faça pode tirá-la dos meus braços!

Minha cabeça está doendo e eu sinto meus olhos inundados.

Por que isso dói?

Dói como naquela vez...

Alguém faz parar, por favor!

Por favor, façam a dor no meu peito parar!

Não... Essa dor não é como aquela... Essa dor é muito maior, é muito mais intensa, forte e insana.

Me lembro dos momentos que tive com a Anne e como me. Senti completo com seu sorriso, com sua entrega, com sua confiança...

Eu estraguei tudo?

O Nicolas me avisou... Ele me avisou para não fazer nada que ela não conseguisse suportar!

Eu cheguei em um ponto sem retorno? É tarde demais?

Não!

Não... Mesmo que fosse...

Mesmo que fosse tarde demais, eu não vou desistir.

Eu sou Edward Beaumont e eu sempre consigo o que eu quero.

E no momento eu quero a ruiva a minha frente, eu quero a Anne!

Quero que ela me ame como eu a amo.

Um clique na minha cabeça me faz perceber o que sinto...

Eu amo a Anne...

Caio de joelhos no chão e minha mente fica nublada.

Amor Doentio Where stories live. Discover now