Capítulo 8 "O coração quer o que quer"

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= Martina Ross=

Ele. Brian vai ser minha perdição, mesmo vendo as coisas erradas que faz continuo querendo ele. Preciso sentir o toque quente de suas mãos em meu corpo, quero que a sonata que sua voz cria fluía em meus ouvidos.

Frustrada com toda essa situação, retomo minha postura adentrando no quarto, Max continua ali sentando em minha casa com a cabeça baixa, sinto muito por isso. Em parte a culpa foi minha.

-Desculpa por isso. -Sussurrei caminhando em direção a cama na mesma ponta em que Max se encontrava.

Ao escutar o som de minha voz, o mesmo levanta a cabeça e sorri seu rosto não está ao machucado, algumas gotas de sangue percorriam em suas bochechas, continuei o analisando, nenhum olho saiu roxo suspirei aliviada.

-A culpa não foi sua. -Sorri concordando, a culpa também não foi dele. - Eu preciso cuidar disso. - Referiu-se aos machucados. - Depois eu volto para saber como você está.

Max levanta devagar, passa a mão em seus cabelos o deixando bagunçado, ri com o resultado, seus passos começam a ecoar no quarto.

-Não, espera. -Pedi um tanto receosa. - Eu posso cuidar de você. - Sorri Max virou seu corpo todo mirando em mim, retribuiu o sorriso.

-Dúvido que consiga. -Arquiou a sobrancelha. -Você não é enfermeira.- Revirei os olhos diante de suas palavras.

-Está insinuando que, não consigo ser uma enfermeira mesmo que seja de mentira -Retruco rindo.

-Atendendo e considerando que, você nunca foi uma. -Suspirou profundamente. -Sim, estou insinuando.

- Quer tentar a sorte?.-Provoco.

-Você não vai querer saber. -Gargalhou daquele jeito que apenas ele conseguia fazer bem, jogando a cabeça para trás.

- Não me diga que você seduz as enfermeiras. -Tornei a rir. Com Max sempre é assim, cheio de perguntas e gargalhadas altas.

-Podemos tentar. -Seu semblante mudou. -Se você quiser.

Caminhando devagar em minha direção, Max sorria. Seu sorriso carregava malícia e doçura, como ele conseguia fazer isso? Eu não sei. Cada vez mais próximo de mim, sinto suas mãos afundarem em minha nuca, minha respiração ofegante demonstrava meu desconforto com aquela situação toda, sabia qual seria o passo a seguir, se eu deixar o arrependimento vai bater tanto.

-Vamos cuidar disso. -Afastei meu corpo dele apontando para seu rosto.

-Claro. - Por um momento Max ficou sério e no outro estava rindo. -Martina, você é impossível.

- E você, está me atrasando.

Desvio de seu olhar rindo, sigo a passos lentos em direção a porta do banheiro, entrego meus últimos passos girando a maçaneta adentro no local. Com o olhar busco móvel castanho no canto esquerdo do banheiro, assim que o acho caminho em sua direção puxando com vagar a primeira gaveta, vasculho entre as coisas na tentativa de achar o kit de primeiros socorros, abaixo, vasculho no compartimento inferior, o kit branco com uma cruz vermelha em seu centro me fez soltar um sorriso involuntário. Agarro nele, saindo do banheiro.

No quarto, encontro Max sorrindo o olhei e sorri de volta. Ele realmente adora sorrir que o faz sozinho. Entrego meus passos em sua direção, meus olhos descem pelo seu corpo e exactamente nesse momento percebo a ausência de sua camisa em seu corpo.

-Oh Meu Deus. -Sussurrei.

-O que?-Max pergunta lançando seu sorriso totalmente sexy.

-Quê?.-Questionei rindo de nervoso. Com certeza minhas bochechas já devem ter feito a denúncia.

Nosso Último BeijoOnde histórias criam vida. Descubra agora