Capítulo 34

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P.V.O. Brian

Agarro seu corpo trémulo, Martina quebra em pedaços, sua luz espaça de seu corpo toda a vez que um soluço agudo escorrega de seus lábios, eu a tomo em silêncio enquanto ela se despedaça uma e outra vez.

No chão, ela suspira uma última vez até arregaçar as mangas de sua camisola e limpar um rosto, suas mãos tremem ao entrar em contacto com sua pele molhada, depois de muito limpar ela para.

— Precisa de algo, amor?

Começo devagar, um acena negativo e eu apenas a observo se levantar e correr para a cama onde diferente dos outros dias, Martina senta e suspira derrotada.

Gostaria de poder trocar de lugar, meu anjo parece susceptível de desgraça a cada dia, desde que descobriu sua verdade crua e dolorosa, nada mais foi o mesmo.

— Obrigada por tudo. — Ela diz. — Mas, eu sinto que tudo vai ficar bem, tudo vai ficar bem.

— Isso não é nada, você sabe, estou contigo no sol e na chuva.

Ela sorriu e pela primeira senti que foi sincero e verdadeiro

— Sol e chuva.

Sorri com ela, Martina move seu corpo devagar para a porta a sua frente, abre e se fecha em silêncio.

Ajeito minha postura enquanto o som de água correndo sai do outro lado do espaço, eu me reencosto na cama enquanto a espero pacientemente. Leva certa de quinze minutos até a porta ser aberta outra vez e Martina passar com um robe e uma toalha em volta de seus cabelos, ela suspira e me observa, seus olhos debatem entre ir e ficar, eu respiro com pressa e ansioso quando a vejo se mover para mim.

Estou perplexo e perdido, olhar Martina, é sempre algo novo, toda a vez é como se fosse a primeira vez e eu não me canso disso, ela vem e sorri. Seus olhos ainda parecem cansados e vermelhos, mas seu sorriso é tão animado e rapidamente desfoca qualquer vestígio de negatividade.

Eu me levanto e ela suspira pesadamente

— Por favor, me diga alguma coisa. — Eu peço, ela molha os lábios e suspira.

— São tantas palavras e eu não consigo processar nenhuma.

— As vezes é necessário fazer, palavras são demais e caem com o vento, acções marcam e permanecem como uma tatuagem.

Eu disse, ela se aproximou para mais perto, quando seu corpo ficou tão próximo de mim, eu levanto e fico perto dela mais uma vez, Martina não se move, tão pouco parece querer sair de lá, sua mão descansa em meu peitoral enquanto meu coração parece martelar para fora do peito.

— Eu te amo!

Ela disse e sorriu, seus olhos iluminados transbordavam felicidade, nesse momento eu soube que estava onde devia estar e com quem deveria estar.

Senti sua apreensão quando seus olhos encontraram os meus e meu coração bateu em um compasso que só a ela pertencia, acaricio delicadamente sua bochecha e ela fecha os olhos, quanto mais a toco, consigo sentir sua pele tremer diante de meu toque.

Ela suspira, toque meu rosto em suas mãos e finalmente nossos lábios se encontram, o choque foi letal, a deixei entrar e penetrar tudo o que dela era, pois desde que a tornei meu centro, Martina era dona de tudo que eu possuia.  Seus lábios sugam os meios com paixão, nosso momento é reconfortante transmitindo todo o desejo e ternura que sentimos um pelo outro. Quando ela se afastou, pareceu faltar algo em mim, meu corpo pareceu incompleto e vazio. 

— Eu te amo mais ainda.

Martina sorriu outra vez, a mesma se afasta enquanto corre para o guarda-roupa e puxa duas peças, rapidamente volta para a porta do lado enquanto a espero.

Nosso Último BeijoWhere stories live. Discover now