Capítulo - 16

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     A viagem demorou mais que o esperado, sem a mesma animação de quando partiram em busca da cura, a caminhada de retorno ao reino de Vera Cruz durou aproximadamente sete meses

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     A viagem demorou mais que o esperado, sem a mesma animação de quando partiram em busca da cura, a caminhada de retorno ao reino de Vera Cruz durou aproximadamente sete meses.

     Adentrando a floresta que tanto amavam, Isabel e Pedro corriam enquanto gargalhavam percorrendo as saudosas trilhas cobertas pela folhagem. As coisas pareciam iguais, mesmo depois de mais de um ano a caverna ainda estava intocada, ao entrar em seu lar, Pedro olhou tudo ao redor e sem a manutenção o lugar ficou cheio de teias de aranha e poeira, mesmo com esses empecilhos, eles iriam passar a noite por ali.

     A madrugada estava fria e o cansaço da longa viagem cobrava um descanso, reclinada sobre as velhas paredes de pedra, Isabel lentamente deslizou e encostou no ombro de Pedro que estava ao seu lado, os dois aproveitam o restante da madrugada para descansar.

     Passaram-se horas, o sono durou mais que o esperado, atordoado quanto ao horário, Pedro acordou e viu Isabel encostada em seu ombro, cuidadosamente ele a posicionou na parede para que ela não acordasse quando ele levantasse. Aproveitando que o sol ainda não tinha nascido, Pedro saiu da caverna e foi em busca de comida, depois de tanto tempo longe foi nostálgico revisitar a área frutífera da floresta que estava majestosa, depois de colher as mais saborosas frutas, ele retornou para a caverna, Isabel havia acordado à pouco tempo enquanto ela bocejava pôde ouvir:

     — São para você. — Pedro estendeu as furtas maduras.

     — Nossa, que lindas frutas. — Pegando uma manga, Isabel confessou. — Senti tanta falta dessas delicias.

     Após um rápido lanche, eles fizeram uma faxina geral na caverna que ficou habitável novamente. Com diversos afazeres o dia passou rápido e logo chegou à noite, com uma feição tensa, Pedro anunciou:

     — Chegou o momento de agir!

     — Se cuida, tome muito cuidado com as feras e com os humanos também.

     Consentindo com a cabeça, Pedro saiu da caverna e saltou agilmente avançando entres as arvores, com seus pulos em velocidade rapidamente chegou ao reino. Enquanto rondava pelas ruas, ele avistou uma besta invadindo uma residência humilde.

     Assim que a besta cinza adentrou na casa, os moradores gritaram em alto som, o chefe da família pegou uma espada para enfrentar a criatura e ordenou que sua esposa e as duas filhas se escondessem. Com um único golpe o homem foi derrubado e a fera o pegou, abrindo a mandíbula a criatura iria morde-lo, mas antes que isso acontecesse, Pedro entrou na casa e golpeou a fera maligna.

     Com o forte golpe a besta cinza soltou a sua presa, Pedro agilmente atingiu a criatura novamente e usando uma grande força a lançou para fora daquela residência. A batalha intensificou-se pelas ruas, as garras do inimigo fincaram no peito de Pedro que urrou alto, mas não havia tempo para se abater e superando a dor, ele voltou a batalhar dessa vez focalizou toda a sua fúria em golpes sequenciados dilacerando todo o copo da besta cinza que diante de um forte adversário recuou fugindo dali.

     O homem que era a vítima do ataque estava na porta de sua residência olhando a movimentação das feras, com o fim da batalha, Pedro o encarou, os olhos bestiais amedrontaram o homem que mesmo temendo continuou olhando a situação. Depois de se certificar que a besta realmente tinha fugido, Pedro virou as costas e saltou para longe.

     Com um ferimento no peito, Pedro sentia um incomodo, mesmo que em breve a ferida fosse cicatrizar, ele decidiu não se arriscar em um outro possível combate, pois em desvantagem não havia garantia de vitória. Saltando para longe do reino logo ele alcançou a floresta, indo em direção ao lado isolado entrou na caverna assustado Isabel que deu um alto suspiro.

     — Você está bem? — Nervosa com o sangramento no peito do companheiro, Isabel o rodeou fazendo várias perguntas sobre o seu estado.

     — Estou sentindo muita dor. — Com um sorriso estranho exibindo as presas, Pedro a acalmou. — Mas logo vai cicatrizar.

     Depois de alguns minutos a pele foi se fechando estancando o sangramento, com a milagrosa cura, Pedro estava bem melhor o que aliviou a apreensão de Isabel. Do lado de fora da caverna, eles observavam o luar enquanto discutiam a jornada heroica de Pedro. 

Feroz - A maldição da bestaWhere stories live. Discover now