Capítulo - 19

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     Mostrando as garras, a fera negra partiu ao ataque, Pedro esquivava dos golpes e ao mesmo tempo tentava revidar

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     Mostrando as garras, a fera negra partiu ao ataque, Pedro esquivava dos golpes e ao mesmo tempo tentava revidar. O inimigo era poderoso, as feras que cedem aos extintos e se alimentam regularmente de humanos tem uma força descomunal, por outro lado, Pedro tinha a capacidade de pensar, seria uma batalha entre habilidades opostas.

     Vendo que seu adversário apesar de ter uma força maior era mais lento, Pedro usava a técnica de movimentação ágil, rodeava a fera negra e a atingia de todos os lados. Persistindo nessa estratégia, ele estava em vantagem na batalha, quando um pequeno deslize o desestabilizou e enquanto tentava ficar de pé, a fera negra o golpeou fortemente na nuca.

     Ao ver a queda de Pedro, Isabel gritou alto, com tamanha aflição, ela não conseguia pensar em como agir perante a difícil situação. A batalha entre as feras continuou, Pedro que acabara de receber um forte golpe num ponto crítico estava zonzo e aproveitando-se da situação, a fera negra o pegou pelo pescoço e o levantou do chão, enfraquecido, ela foi sufocado cruelmente.

     Agindo pelo puro instinto, Isabel armou seu arco e mirou na fera negra, em sua mente orava aos céus para que pudesse ajudar Pedro, em seguida disparou a flecha com força e precisão, o percurso do tiro foi certeiro o objeto pontiagudo perfurou o olho do inimigo que urrou de dor. Com o sangue escorrendo pela face, a fera negra não viu a investida de Pedro, que se livrou da imobilização e usou suas garras afiadas para perfurar o pescoço do adversário.

     Lavada pelo sangue que escorria de seu pescoço, a fera negra estava fatigada e aos poucos perdia os sentidos até cair desacordada, Pedro checou se a criatura realmente estava derrotada e obteve a certeza da vitória, sagrando-se campeão da luta entre as feras.

     Com o fim da batalha, a guarda real tomou uma posição defensiva em relação a fera marrom, observando atentamente, um dos guardas estava curioso sobre quem seria a jovem de capuz preto, achando a feição da jovem familiar, ele tentava lembrar de onde a conhecia e então como um surto uma imagem surgiu a sua mente, ao reconhecer ele gritou:

     — Aquela é a fugitiva que controla as bestas.

     Antecipando-se, o guarda pegou seu arco e armou, mirando na fugitiva, ele atirou a flecha. Indo em direção ao alvo o tiro seria certeiro, porém, Pedro que estava um pouco afastado da situação previu o ataque e saltou rapidamente para tentar salvar a companheira, não havia possibilidade de parar a flecha, então coube-lhe emburrar Isabel e retira-la da mira.

     Após ter sido empurrada, Isabel caiu próxima a fonte e sentiu algo saltar de seu bolso, era o mineral que tilintou pelas pedras e caiu dentro da água da fonte. Depois que Pedro ajudou Isabel a levantar, ele foi pegar o pedaço de mineral, o contato com a água cristalina fez aquele material reluzir e refletir a imagem humana dele que era projetada através da água que jorrava da fonte.

     Parecia uma magia de projeção astral, todos ali ficaram impressionados com o evento incomum e observavam tudo atentamente. Logo a imagem projetada foi reconhecida e os guardas comentavam se tratar do príncipe Pedro Henrique que havia morrido há um tempo atrás. Levantando-se lentamente, Isabel retirou seu capuz e começou a falar enquanto apontava para o reflexo:

     — Esse reflexo que vocês veem, trata-se do Príncipe Pedro Henrique de Alcântara. — Agora apontando para a fera marrom, ela explicou. — Que foi amaldiçoado a viver como uma fera, apesar de tudo, ele nunca cedeu aos seus extintos ferozes e mesmo sendo caçado por todos vocês, tem mantido seu juramento como cavalheiro do reino de Vera Cruz e tem lutado para proteger o reino.

     Destemida em relação aos guardas, Isabel avançou e sob os olhares dos curiosos que surgiram por ali, ela anunciou:

     — A fera marrom é o príncipe Pedro Henrique!

Feroz - A maldição da bestaOnde histórias criam vida. Descubra agora