Capítulo 4

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AMANDA

Uma semana que eu estava ali, uma semana que eu vinha provando da minha independência – regada a muito fast-food.

Mas minha casa já estava toda organizada, pronta para qualquer coisa, tudo em seu devido lugar segundo os meus próprios gostos.

Estava desfrutando muito disso. Era libertador ir e vir, fazer o que quiser de acordo com a sua própria vontade sem ter que explicar qualquer coisa a uma pessoa.

Menos Felipe, que parecia ficar desesperado quando eu sumia por algumas horas, fosse para tirar um cochilo a tarde ou um banho mais demorado. Ele me enchia de mensagens, isso quando não batia à minha porta, como aconteceu na vez em que eu dormi em uma tarde chuvosa.

Aliás, meu celular apitava desesperadamente em cima da mesa, enquanto eu almoçava. Sim, um prato enorme de batatas fritas com um bife suculento.

Peguei um palito de batata com a mão, levando uma ponta à boca e peguei meu celular sobre a mesa. E lá estava o motivo de tanto estardalhaço, um grupo.

Feito por quem? Sim, ele mesmo, Felipe Martinez.

Abri o grupo com o nome "churras do povão" – muito criativo, pois é.

No grupo, estavam oito pessoas, todas que eu tinha conhecido na festa em que havia ido com Felipe alguns dias atrás, menos Victor. Menos mal.

Rapidamente, sem conseguir me pronunciar, fui colocada como administradora do grupo, então comecei a ler as mensagens para me inteirar de tudo, e ficar atenta onde Felipe estava me metendo daquela vez.

As pessoas estavam frenéticas, e quanto mais eu lia, mais mensagens eu recebia, mas consegui entender por alto que Felipe havia marcado um churrasco depois de perder uma aposta com um dos meninos. Seria na sua casa, e no dia seguinte. Assim que peguei essas informações, captei uma grande maioria de tudo que poderia estar acontecendo.

Eu estava sendo praticamente convocada, não somente a participar de uma festa, mas certamente em ajudar a organizar.

Cara-de-pau.

Assim que saí do grupo, após deixar algumas mensagens, entrei na conversa com Felipe, que já estava desesperado, pedindo-me ajuda para ir até a sua casa.

Terminei de comer calmamente, lavei minha louça, e fui, sem a menor pressa. Se ele precisava da minha ajuda para organizar alguma coisa, eu poderia ir no meu tempo, não é mesmo?

Cheguei em sua casa quando já estavam chegando algumas coisas.

Sim, Felipe era um exagerado, teríamos em torno de oito pessoas, e ele fazia um escarcéu para assar uma carne para essas pessoas.

Na entrada havia um entregador de mercado que já estava indo embora, e me cumprimentou com a cabeça ao passar por mim, logo mais adentro, nos fundos da casa para onde eu havia ido, deparei com outro homem depositando algumas bebidas no freezer da área externa à sua piscina.

Entrei pela porta dos fundos mesmo e fui até a cozinha, imaginando que seria onde Felipe estaria.

— Aí está você, que bom que chegou. E por que demorou tanto? — ele perguntou antes mesmo que eu pudesse vê-lo direito.

— Boa tarde para você também.

Cheguei mais perto, e encostei-me no balcão que separava sua cozinha da sala de jantar.

— Boa tarde, coisa linda. — ele se aproximou, depositando um beijo na minha bochecha. — Agora vem me ajudar. Preciso temperar algumas carnes e depois arrumar a área externa. Esta preparada para me ajudar?

Uma Proposta Entre AmigosWhere stories live. Discover now