Capítulo 16

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AMANDA

Uma pequena frase. Com uma condição.

Aquilo me deixou com expectativas e apreensiva.

Eu sabia que não viria nada absurdo do meu melhor amigo, ou pelo menos eu esperava que não, então estava mais animada.

Mas enquanto eu o encarava, ele apenas me olhava de volta, sem dizer nada.

— Vamos, qual a condição?

— Passe um final de semana comigo. Apenas um, e você pode ter o que quer.

Simples assim? Eu já vivia em sua casa, dia e noite. Já passamos muito tempo juntos, o que um final de semana poderia mudar?

Será que ele esperava que eu desistisse?

— Só isso? — perguntei cautelosa.

— Só. Um fim de semana inteiro, apenas eu e você.

Maravilha, seria moleza. E se ele pensava que me faria desistir, estava muito enganado.

Os dias foram passando e Felipe não disse mais nada, não do final de semana que passaríamos juntos pelo menos. O que eu não via necessidade nenhuma, já que passávamos a maior parte dos dias juntos, sozinhos, ainda mais quando começamos a trabalhar de fato em cima do projeto de arquitetura que ele havia conseguido.

Era sexta a tarde, fazia três dias que ele me fizera uma contraproposta e não tocara mais no assunto. Como o fim de semana estava chegando, eu estava disposta a questioná-lo sobre passarmos juntos, mas acabei deixando a pergunta quando nos vimos em meio a plantas, rabiscos e projetos, passando a maior parte do dia trabalhando.

— Estou morta — disse enquanto me espreguiçava, elevando os braços para trás.

— Somo dois.

Felipe fechou o notebook e se levantou.

Ainda não tínhamos acabado o trabalho do dia, mas eu não me incomodaria em fazermos uma pausa.

— Como eu prometi, podemos iniciar o final de semana?

Ele se levantou e estendeu a mão para mim.

— Como assim? O que vamos fazer? — Aceitei sua mão e ele me ajudou a levantar. — Ainda não acabou o dia. Temos trabalhos a serem feitos.

— O trabalho pode esperar. Você aceitou a minha proposta, então não pode questionar minhas escolhas.

— Mas o que vamos fazer? — perguntei enquanto ele pegava as chaves em cima da mesinha de centro junto com a carteira.

— Primeiro vamos passar na sua casa e fazer uma pequena mala. E em seguida vamos para a minha casa de campo.

Eu estava de boca aberta.

Como assim íamos fazer uma viagem?

— Mas, eu não me arrumei nem nada. Espera — comecei a rir e a quase entrar em desespero enquanto Felipe me puxava porta afora.

— Você está linda assim. Mas não se preocupe, é só uma casa de campo aqui perto. Algumas trocas de roupas e sua mala já estará pronta.

— Mas...

— Nada de mas, você aceitou a minha condição. — Paramos em frente a seu portão enquanto ele trancava, e em seguida olhou para mim. — Vai ser legal, eu prometo.

Com toda a delicadeza que lhe cabia, ele passou os dedos pelo meu rosto, tirando alguns fios de cabelo que caíam e colocando atrás da orelha. Em seguida ele me encarou e passou a língua pelos lábios.

Uma Proposta Entre AmigosWhere stories live. Discover now