Capítulo 26

12.3K 1.5K 245
                                    


FELIPE

Senti minhas costas doerem e bato minha mão no momento em que me virei para o lado.

O sofá da casa de Amanda não é grande o suficiente para comportar todo o meu tamanho, mas me serviu muito bem para passar aquela noite, já que aparentemente a chuva não cessava.

Ficamos a noite quase toda conversando, comentando nomes e imaginando como seria o nosso bebê.

Nosso bebê...

Quão louco isso era? Até ontem eu estava chateado pela amizade que eu aparentemente estava perdendo com Amanda, e hoje já conversávamos sobre nosso bebê. Era irreal demais uma coisa dessas.

Mas despertei assim que ouvi um barulho de vômito vindo do quarto de Amanda.

Dei um pulo no sofá e corri para a porta que estava trancada.

— Amanda? — bati — você está bem? Precisa de ajuda?

— Não entra. Eu já saio.

Esperei pacientemente, mas com vontade de arrombar aquela porta.

Mas graças a Deus ela não demorou a abrir a porta, e aparecer na minha frente.

— Você está bem? Sentindo alguma coisa? Precisamos ir ao hospital?

Sim, eu estava desesperado. E não negaria isso.

Mas o sorriso que Amanda me abriu acalmou meus nervos, mas nos primeiros instantes estouraram de vez.

— Você está rindo? Está bem? Podemos relaxar? Vou fazer alguma coisa para você comer.

— Estou sim, foi só um enjoo matinal. Tem acontecido nos últimos dias.

— Isso é normal? Já consultou um médico?

— É mais do que normal, não se preocupe. Agora vamos tomar café-da- manhã que eu estou morrendo de fome.

Depois desde pequeno susto, preparamos um café-da-manhã caprichado e comemos juntos.

Estava com saudades de passar momentos descontraídos com Amanda. E reviver isso estava deixando meu coração ainda mais entusiasmado.

Eu havia me declarado para na noite anterior, não era como eu realmente gostaria de fazer, mas ela precisava saber do que eu sentia naquele momento, foi um caso necessário. Ela ainda não havia me dado uma resposta, mas eu no fundo, não precisava de uma. Se ela me aceitasse, me desse a chance de mostrar que poderíamos dar certo, eu já me contentaria.

Mas não esperava que ela me puxasse para conversa assim, tão rápido, para falar sobre nós e nossos sentimentos.

E lá estávamos nós, sentados lado a lado no sofá depois de comermos.

Amanda me encarava, enquanto eu esperava que ela começasse a falar.

— Eu sei que fomos pegos de surpresa, as coisas saíram de controle, do que planejávamos, e ontem você me disse uma coisa que me deixou pensando desde a hora em que eu deitei.

— Eu não quero que se sinta pressionada a nada. Podemos ir devagar, no seu ritmo. Claro, se você me aceitar.

Eu poderia cruzar os dedos ali na frente dela mesmo, para mostrar o quanto torcia para que ela me aceitasse, mas achei que isso seria muito infantil.

— Eu não tenho o que aceitar — ela fez uma pausa, quase dramática.

Ou será que isso era tudo o que tinha a dizer? Ela não me aceitaria? Não queria uma família comigo?

— Quando não me foi feito pedido nenhum.

Assim que ela completou a frase, um suspiro de alívio escapou dos meus lábios.

Mas isso queria dizer que eu tinha que fazer um pedido?

Droga, Amanda merecia o melhor, e eu não tinha nada preparado.

— Mas... eu não tenho nada preparado, não tenho nada para te dar — quase choraminguei.

— A melhor coisa que você pode me dar neste momento, vem daqui — ela levou a mão ao meu coração — se for sincero, vai ser a melhor coisa que você poderia me dar. Ou segunda — ela disse a última frase levando a mão à barriga.

Respirei fundo e me coloquei na frente dela, ajoelhando-me.

— Eu... bom, você é minha melhor pessoa desde sempre, e eu tinha muito medo de perder isso com você. Quando você me propôs tirar sua virgindade... puta que pariu — passei a mão sobre o rosto. Eu estava me abrindo de verdade para ela. — Eu queria ter aceitado, mas sabia que seria errado, por estar suprindo um desejo meu, por medo de que nossa amizade se desfizesse depois de tudo. Mas você é uma coisinha insistente. E olha onde estamos. — Levei a mão à sua barriga e olhei para ela.

Ainda era difícil discernir a grandeza de tudo aquilo. Mas um sorriso brotou nos meus lábios.

— E eu estou muito contente com os resultados que estamos tendo. Eu quero prometer para você, Amanda — olhei para ela — que vou tentar ser uma pessoa melhor a cada dia. Vou dar o meu máximo por vocês dois. Então eu queria saber agora, se... você aceita ser minha namorada.

Lágrimas rolaram dos olhos delas enquanto confirmava com a cabeça.

— Precisava enrolar tanto para fazer um pedido?

Dizendo isso ela não me deu tempo de resposta, apenas me puxou para si, colando nossas bocas e respondendo da melhor maneira o sim que eu tanto queria ouvir.

O sim que traria minha mulher e meu filho para mais perto de mim.

Ainda com nossas bocas coladas, levantei-nos até estar com Amanda em meu colo, mas sem interromper nosso beijo.

Comecei a nos conduzir para o quarto.

O gosto dela em minha boca era mais doce do que eu me lembrava.

Eu estava me entorpecendo ao máximo dela. Queria senti-la de todas as formas possíveis.

A saudade que eu sentia dela, de seu corpo, não seria saciada com pouco.

Empurrei a porta com o pé e adentrei o quarto, voltando a fechá-la da mesma maneira.

Assim que estávamos no cômodo, coloquei-a no chão com cuidado, e ficamos frente a frente, os dois muito sérios, respiração acelerada, olhos nos olhos.

Eu ainda tinha tanta coisa para lhe dizer. Mas o silêncio entre nós estava falando muito mais alto que qualquer palavra que eu pudesse proferir.

Voltei a beijá-la, dessa vez um toque diferente, mais singelo, calmo, como se tivéssemos muito tempo para isso. Aproveitando cada momento, sabendo que agora ela era minha.

Assim que nossas línguas se encontram, um gemido escapa da boca de Amanda, e é o som mais sensual que eu já ouvi.

Começo a descer os beijos por seu pescoço, parando no ombro onde começo a deslizar a alça de sua blusa, enquanto ainda sigo com os beijos. Faço isso em cada ombro, mudo para o seu colo e pescoço, dando um sorriso de lado quando ela inclina a cabeça para trás, dando-me passe livre para fazer o que quiser naquela área.

Lentamente vou até o seu ouvido, onde deposito uma leve mordida e sussurro.

— Esta manhã eu vou fazer amor com você como minha mulher.

Pude sentir o arrepio em seu braço enquanto minhas mãos deslizavam por ele.

Segui uma trilha de beijos, parando na outra orelha, onde também dei uma leve mordida.

— Só minha.

Sussurrei novamente, dessa vez com a voz mais rouca, gutural, cheia de desejo e tesão.

Minha, Amanda era finalmente minha mulher.

Uma Proposta Entre AmigosHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin