XXXVII - Vamos para a praia

6 3 0
                                    

Se eu soubesse que era o meu último dia de vida, eu teria feito algo diferente?

Não, aquele dia foi perfeito.

Era domingo, mas eu tinha acordado cedo.

Na verdade, Jorge me acordou, noite passada, ele tinha dormido comigo. Eram 6 da manhã e ele estava batendo na minha cabeça com meu ursinho de pelúcia.

- Bora, acorda, temos que nos encontrar com o pessoal às 7:00.

- Não quero ir...

- Você vai, é o aniversário da Clary.

- Não, ela me odeia e eu odeio ela.

- Vocês fizeram as pazes a meses! Deixa disso, levanta, vai comer.

- Quero terminar com você, saia da minha casa e arranje outra pessoa.

- Não, você vai levantar agora.

Jorge me arrancou da cama e me carregou até a cozinha. Ele já tinha preparado o café da manhã, era apenas um achocolatado quente com sanduíches, mas estava fofo.

- Você acordou que horas? - perguntei.

- Faz uns 15 minutos.

- E como você conseguiu preparar tudo isso tão rápido?

- Nem todos demoram uma eternidade para fazer as coisas, amor.

Mostrei a língua para ele e fomos comer, depois, tomamos banho juntos para ser mais rápido, nos arrumamos e fomos buscar a Fernanda, que já tinha se arrumado, o que era um milagre, porque ela demorava mais que eu. Depois, fomos para a casa de Carlos, onde ele e Clary estavam esperando sentados na calçada. Ao ver ela na calçada, já fui logo falando:

- Feliz aniversáriooooo!!!

- Obrigada, Esther - Clary sorriu pra mim.

- Feliz aniversário, meu bebê - Jorge tirou do porta luvas uma pequena caixinha e entregou nas mãos de Clary, eram pulseiras de usar no pé, por mais estranho que seja, Clary adorava essas coisas.

- Obrigada, meu amor - pela janela do carro, ela abraçou Jorge e deu vários beijinhos na sua testa.

E sim, eu já superei o meu ciúmes da Clary com o Jorge, eu melhorei quanto a isso quando vi que ela tratava Carlos do mesmo jeitinho fofo.

Quer dizer, eu acho que superei.

Os dois entraram no carro e seguimos viagem, a praia ficava longe, perto do meio do nada, dois quilômetros depois de onde Judas perdeu as botas, mas era um lugar belo e deserto, quase exótico, onde teríamos o dia todo para aproveitar.

Olá, Eu Morri | COMPLETODove le storie prendono vita. Scoprilo ora