A serpente amou a águia! (Bônus)

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  Pansy acordou no quarto de paredes creme e o teto pintado com o desenho de seus amigos que sua namorada havia feito para decorar o quarto, a morena se levantou e foi até o banheiro escovando os dentes e trocando de roupa, era por volta das 8 horas da manhã e o sol brilhava forte no céu límpido da manhã, a ex-sonserina trocou de roupas descendo para tomar café e encontrando seu sogro sentado na mesa lendo a nova edição do 'O Pasquim'.


- Bom dia senhor Lovegood. - Pansy sorriu alegremente.

- Bom dia doce, tem chá quente no fogo. - O homem loiro sorriu acolhedoramente para a namorada de sua filha.

- Obrigado, onde Luna está? - A morena perguntou enchendo uma xícara com chá fumegante que exalava um cheiro adocicado de camomila e hortelã.

- Olhe pela janela. - Xenófilio disse com um risinho na voz sem desviar o olhar de seu jornal.


  Pansy sorriu ao encontrar os cabelos loiros ondulados que ela tanto amava esparramados pela grama enquanto Luna permanecia de olhos fechados apenas aproveitando o sol acolhedor da manhã britânica. A morena voltou para a mesa com a xícara em sua mão a tempo de ver sua coruja marrom deixar a sua nova edição da "Witch Weekly", a qual ela passou a tarde anterior e a madrugada terminando de escrever para poder publica-la, ela o pegou e começou a lê-lo em silêncio bebericando seu chá vez ou outra, a morena sorriu ao terminar de ler sua revista e ficar satisfeita com o resultado que conseguiu. Parkinson deixou a revista de lado e deixou a xícara em cima da pia antes de lava-la com magia junto a xícara de seu sogro.


- Como estão seus pais? - Xenófilio perguntou curiosamente.

- Bem, eu acho, estou morando sozinha desde que me formei, eu amo meus pais, mas está na hora de seguir em frente. - A morena sorriu tristemente e olhou para sua loirinha pela janela.

- Entendo, eu te ajudarei no que precisar meu doce, Luna não tem mais zónzobulos como antes. - O loiro sorriu para a garota que sorriu amplamente.

- Obrigado senhor, eu moveria o mundo por Luna se fosse necessário. - Pansy disse com amor estampado em seus olhos.

- Tenham um bom dia meu doce, eu preciso fazer algumas coisas no caldeirão furado e acredito que não volto antes do jantar. - O homem sorriu se levantando e dando um beijo na testa de sua nora antes de ir até o jardim e avisar sua menina que estaria saindo.


  Pansy guardou as xícaras e foi até o jardim se recostando em uma árvore apenas observando os cabelos louros de sua Lua brilhando com a luz do sol, assim como a pele branquinha se espalhando pelas flores e o belo vestido amarelo solto que chegava até seus joelhos. A morena sorriu e se aproximou da loira se sentando a lado da mesma que abriu os olhos e sorriu para sua namorada, logo deitando a cabeça no colo da mais velha.


- Você dormiu bem amor? - Pansy perguntou acariciando os cabelos loiros em seu colo.

- Sim, você vai voltar pra casa hoje? - Luna questionou ainda aproveitando do carinho que lhe era dado.

- Provavelmente, talvez eu visite meus pais essa semana, se você quiser ir comigo eu acredito que eles ficariam felizes em te ver. - A morena sorriu beijando a bochecha rosada de sua namorada.

- Vou sim. - Respondeu Luna se sentando no gramado com um sorriso pequeno. - O sol está bonito hoje. - Comentou enquanto olhava a esfera amarela ao longe no céu.

- Eu não sei o sol, mas a lua está deslumbrante. - Pansy divagou olhando para a beleza de sua namorada, principalmente os belos olhos azuis safira.


  Luna sorriu corada e se inclinou ao Pansy tocar sua bochecha trazendo sua cabeça para mais perto e lhe dando um beijo calmo, a loira sorriu entre o beijo e se sentou no colo da ex-sonserina lhe abraçando pelos ombros antes de separarem o beijo deixando mais alguns selinhos em seus lábios. As duas ficaram abraçadas por alguns longos minutos apenas curtindo a presença e companhia uma da outra, Pansy nunca acreditou que seria feliz daquela forma, ela acreditava que seria obrigada a viver a mesma vida que seus pais viviam por conta de carregar a marca do lorde das trevas, mas Hadrian apareceu e mostrou que aquilo nunca aconteceria, e então a Parkinson pôde conhecer sua felicidade.
  Luna ainda se lembrava das histórias de almas gêmeas que sua mãe lhe contava quando ela era menor, ela poderia não acreditar fielmente que todos tinham uma pessoa destinada especialmente para si, mas ela sabia que o destino uniu ela e Pansy e a loira não poderia estar mais agradecida por aquilo.

  O sol ficou mais alto no céu dando o lembrete de que o meio dia se aproximava, assim como a hora do almoço e Luna especialmente adorava fazer as refeições, as duas se levantaram e seguiram para dentro da casa excêntrica dos Lovegood, Luna cantarolava uma melodia enquanto fazia algumas panelas e talheres levitando logo atrás de si e indo até a pia, a morena sorria apaixonadamente para a loira e pegava os alimentos que usariam para fazer o almoço.
  Pansy começou a cortar os legumes enquanto sua namorada temperava um pouco de carne, logo todos os legumes estavam fervendo no fogo no mesmo momento em que Luna colocava os pedaços de carne em uma forma com molho branco, assim que os legumes ficaram prontos a mais nova os tirou da panela e os colocou em uma travessa despejando um pouco de óleo de amêndoas. A morena se aproximou da menor enquanto a mesma esperava a carne cozinhar, Pansy abraçou a loira por trás apoiando a cabeça no ombro esquerdo da mesma.


- Você vai me visitar quando eu voltar pra casa? - Pansy sussurrou a pergunta rente ao pescoço da menor.

- Claro que vou Pan. - A loira respondeu se virando de frente para a namorada e lhe deu um beijo carinhoso.

- Eu te amo mais que tudo no mundo minha princesa. - A morena sorriu beijando a bochecha corada da loira.

- Eu também te amo ma reine (minha rainha). - Luna sorriu apaixonadamente para a ex-sonserina.


  As duas se abraçaram despejando todo o afeto, carinho e amor que sentiam uma pela outra em um mero gesto simplório, mas cheio de significado, e pela primeira vez em muito tempo, a serpente amou a águia.

Little PeverellWhere stories live. Discover now