Capítulo 27

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   Dois dias depois do final da terceira tarefa Hadrian estava calado na mesa da sonserina tomando café da manhã, seus amigos lhe cumprimentaram, mas não o forçaram a conversar depois de perceberem que o garoto não estava afim, logo as corujas chegaram com os jornais daquela manhã e o que Hadrian leu lhe deixou um pouco chocado.


'Albus Dumbledore não acredita na morte de Você-sabe-quem?'

  Meus queridos leitores, eu sou Rita Skeeter e trago para vocês notícias de primeira mão sobre o nosso líder da luz. Aparentemente Albus Dumbledore crê fielmente que o que ocorreu com nosso ex ministro foi obra daquele que não deve ser mencionado. 

  O atual diretor de Hogwarts acredita que isso seja uma jogada de você-sabe-quem para conseguir mais poder, mas eu pergunto a vocês.

  O que Dumbledore sabe que nós não sabemos?

  Tudo isso será realmente uma jogada daquele que não deve ser nomeado?

  Eu sou sua jornalista Rita Skeeter, e lhes trarei as respostas.


- Como ela sabe disso? - Perguntou Blaise.

- Ela estava em forma de animago ouvindo a conversa de Dumbledore na noite do fim do torneio, Azriel também ouviu. - Respondeu dando de ombros e voltando a comer.


Hadrian estava triste, desanimado e confuso, aquele sentimento ruim que era uma mistura de medo, ansiedade e insuficiência não saiam do garoto, e mesmo que ele soubesse que as pessoas que o amavam iriam continuar a ama-lo ele continuava com aquele medo de decepcionar os outros. Por conta desse sentimento Harry acabou por se afastar um pouco dos amigos desde o fim da última tarefa, ele já não conversava tanto e sumia nos fins de semana.
  Hadrian estava encostado em um dos pilares da câmara olhando para o meio do nada com suas duas serpentes familiares enroladas de forma protetora no pescoço e tronco do garoto tentando conversar com o mesmo, porém sem sucesso até que o basilisco sentiu o cheiro de seu 'filhote' e rastejou até o garoto e o enrolou usando a calda.


~ Porque você está cheirando a tristeza e confusão filhote? ~ Perguntou a serpente.


O garoto ficou em silêncio por um segundo até suspirar e se pronunciar.


~ Estou mal Magni, eu to com medo de machucar quem eu amo... ~ Sibilou sem desviar o olhar do vazio.

~ Porque diz isso filhote? ~Perguntou tentando achar um caminho para confortar o garoto.

~ Eu planejo isso a tanto tempo Magni... Mas antes era só eu, meu pai e meu avô... Agora eu tenho amigos e por minha causa eles tem um alvo desenhado no meio do peito. ~ Disse com dor em sua voz. ~ Eu não posso perde-los Magni. ~ Completou.

~ Sabe filhote, seu pai Tom tinha um medo parecido com o seu, ele tinha medo de fazer amigos e esses virarem seu ponto fraco, por que na cabeça dele quando você ama você não aguenta perder. ~ A cobra disse calma. ~ Seu pai achava que esses sentimentos deixava ele fraco porque se um amigo se machucasse ele iria se sentir mal, porém esse sentimento de amor e amizade nos torna fortes, porque nos dá um motivo para fazer o que fazemos, nos dá um motivo para lutar. ~ Completou sincera.

~ O que você quer dizer com isso Magni? ~ Perguntou confuso.

~ Querido, não tenha medo de decepciona-los porque eles não esperam que tudo saia perfeito, não tenha medo de machuca-los porque dificilmente seria sua culpa e não tenha medo de falhar, não temos controle de algumas coisas. ~ Respondeu fazendo carinho no garoto com a ponta da calda.

Little PeverellWhere stories live. Discover now