Capítulo 8

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Nunca li comentários tão raivosos numa fic escrita por mim kkkkk

Claro, Estêvão agiu mesmo como um perfeito babaca, mas tem muita coisa por vir ainda, hein.

Então, preparem seus panos!!!

Boa leitura, espero que a atitude de Maria satisfaça as leitoras hj.

♥️♥️♥️♥️

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“É quase perfeito, mas não
Somente te falta sentir o mesmo que eu
E que fossem verdadeiras as palavras
Que me disse na cama
Mas você já se esqueceu

É quase perfeito, mas não
Você é alegre, valente
Amo sua voz, seu cheiro, seus beijos são os melhores
Que pena que para o amor
Seja um perdedor...”

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Um arrepio tomou conta de todo o corpo de Estêvão. Naquele ínfimo de segundo, torceu para que Esther estivesse equivocada, mas tudo indicava que não. Quis chorar, como poucas vezes desejou. Não sabia como era a dor de perder alguém (só havia perdido o pai e como tinha apenas três anos, pouco se recordava) mas naquele momento, sentia o chão sumindo debaixo dos seus pés, era como se alguém lhe apertasse a garganta, tirando-lhe toda a possibilidade de respirar.

— O que você pensa que vai fazer? – Esther perguntou quando o viu pegando suas coisas, indicando uma saída.

— Pergunta mais besta, Esther – a olhou de relance, já pronto para abrir a porta – vou atrás dela.

— Você não vai a lugar nenhum! – Rápida, ela correu, entrepondo-se entre o irmão e a porta.

— Sai da minha frente, Esther!

— Tê, o que você acha que vai fazer? – Solícita, repousou a mão em seu peitoral. – Vai procurar por ela em todos os hospitais do Rio? – Ele a encarou com os olhos turvos. – Não diz nada aqui sobre as vítimas e para onde foram levados. – Disse passando o dedo no celular.

— Droga! – Irritado, Estêvão caminhou até o meio da sala, jogando o molho de chaves no sofá. – Eu não vou conseguir ficar aqui esperando alguma notícia, preciso fazer alguma coisa. – Corria a mão pelo cabelo, nervoso, perdido.

— Calma – ela se achegou a ele, acolhendo-o em seus braços – vamos torcer para que não seja nada. Vem. – Se sentou e o convidou para fazer o mesmo. Ele assentiu, e com o coração apertado, enterrou o rosto no colo da irmã.

— Vamos ficar esperando? E se ela estiver sofrendo, à beira da morte?

— Não diga isso, ela não está à beira da morte! Por que não ligamos? Isso, Tê – o empurrou, fazendo-o a olhar – por que não pensamos no óbvio? Liga para ela, ou para uma das meninas, elas devem saber de detalhes.

...

Maria parecia não raciocinar muito bem quando saiu do apartamento do amigo. No estacionamento, dentro do carro, lágrimas furiosas escorriam pelos olhos. Socou o volante inúmeras vezes, desejando que fosse a cara dele ali.

Já havia perdido as contas de quantas vezes chorara por Estêvão, e na maioria delas, não eram lágrimas de felicidade. Muitas vezes chorou com raiva de si própria, por amar demais um homem que só a via como amiga. Outras vezes chorou por raiva dele, por maltratar seus sentimentos, ainda que achasse que eram apenas sentimentos cordiais, e não um amor evidente.

Amor nas EntrelinhasWhere stories live. Discover now