“Esta noite quero lhe dar algo
Não se trata de flores, nem presentes
Vou tratar de explicar
Falar com sinceridade
Para que saiba o que trago nas mãos.
Primeiro quero muito te agradecer
Você me amou, você me encheu, e você me mudou
E você já deve ter descoberto o que penso realmente
Quando, tolo, às vezes permaneço em silêncio.
Quero caminhar do seu lado
O que resta do meu caminho
Que os aniversários que faltam sempre os passe comigo
Te digo que não estou jogando
Quando digo que:
Te amo, te amo, te amo, te amo.
E quero caminhar do seu lado até que estejamos vem velhinhos
E sei que haverá uns dias maus, e esperamos que poucos
Se você ainda não entendeu
Quero que seus lindos olhos
Os herdem nossos filhos...”
****
7 anos depois...
O dia não poderia estar mais perfeito. A temperatura agradável, o sol que brilhava como nunca naquela tarde, a brisa suave que vinha vez ou outra, todos esses fatores cooperavam para que, mais uma vez, o dia do aniversário da pequena Sophia fosse um dia inesquecível.
Como em todos os anos, o casal reservou um lugar ao ar livre, para que as crianças pudessem fazer o que faziam de melhor: bagunçar. Estêvão e Maria deixaram claro que eles poderiam fazer o que desse na telha, desde que não estivessem com um celular na mão. As crianças acataram o pedido e foram às forras.
Sophia, que agora completava seu sétimo aniversário, liderava o grupo de amigos. Como boa mandona que era, dizia o que eles deviam fazer, e todos obedeciam. Aonde ela ia, uma fila de crianças ia em seguida, inclusive seu irmãozinho Benício, de apenas quatro anos.
Os adultos só faziam rir da cena. Como aquele pedaço de gente conseguia ser tão autoritária? Claro que Estêvão não deixava de dizer um dia sequer que a pequena herdara aquele jeito da mãe. Maria nem rebatia, pois no fundo ele tinha um pouco de razão.
Após se esbaldarem nas brincadeiras, dançarem até cair, comerem todas as besteiras que não comiam nos dias normais e ficarem todos sujos, chegou por fim a hora do parabéns. Mais uma vez Sophia tomou a iniciativa e todos seus convidados a seguiram até o salão onde o bolo estava. Ela se colocou atrás da mesa, e Benício, como um pequeno intruso, do seu lado. E todos, em uma só voz, e com palmas sincronizadas, começaram:
— Parabéns pra você, nesta data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida! É big, é big, é big, é big, é big! É hora, é hora, é hora, é hora, é hora! Ra-tim-bum! Sophia, Sophia, Sophia!
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Amor nas Entrelinhas
RomanceUm amor que se converteu em amizade, ou uma amizade que se converteu em amor? Uma escolha equivocada é capaz de mudar toda uma vida, e Maria sentira isso na pele. Prestes a realizar seu sonho de menina, ela se vê diante de um conflito. Havia aberto...