[JK] Dead Weight pt. I

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Essa parte do capítulo não foi betada porque, pasmem, eu perdi o contato da minha beta e tô com vergonha de encher o saco dela... enfim

[AVISO!] O capítulo contém algumas descrições de mutilação e assassinato.




Uma parte do seu rosto estava parcialmente dolorida, cinco anos não haviam mudado a força do punho de Ahn Hyejin, e Jungkook pensou se deveria estar mais irritado por ter levado um murro de graça. Em geral, o encontro foi bem mais fácil do que ele esperava, e a conversa, bem mais curta.

Não imaginou que ela se importasse com o irmão, Hyejin ㅡ ou melhor ㅡ Hwasa, sempre foi uma figurinha bem interessante, mas que Jungkook fazia questão de ficar longe.

Namjoon não tinha esse bom senso, foi como eles acabaram trabalhando juntos uma vez ou outra, mas a função dela era algo mais sangrento. Alguém uma vez havia lhe dito, se um homem não consegue fazer, chame uma mulher. E era esse o papel da Hwasa. Ser uma assassina a sangue frio com uma mira impecável. Fora isso, ele não sabia muito mais sobre ela do que as informações mais gerais e disponíveis. A filha de um militar que entrou para as forças armadas aos vinte anos após a morte dos pais em um acidente suspeito, que saiu do exército seis anos depois para se tornar uma sicária impressionante. E agora, ela queria vingar o irmãozinho, que aparentemente, havia seguido os mesmos passos dela. Jungkook sabia que agora, havia uma bala na pistola dela reservada para quem quer que fosse o culpado. Ele não sabia se isso era bom ou péssimo, mas toda ajuda tende a ser bem-vinda quando as coisas estão indo para o inferno rápido demais.

Mas a incerteza tomou conta dele no momento que o garoto Kim perguntou se eles podiam confiar nela. E Jungkook lembrou de um evento em particular, quando Namjoon aceitou um trabalho para uma família rica e influente, que precisava se livrar de um verme qualquer, um cara que havia estuprado uma das filhas mais novas do chefe. Os requisitos eram simples, matá-lo sem deixar rastros e de forma bastante dolorosa, o pagamento era valioso. Tudo que Jungkook precisava fazer era manipular o sistema de seguranças no momento em que o infeliz foi pego ao sair do trabalho, e ele fez isso sem um pingo de dor na consciência. A polícia nunca descobriu sobre as gravações alteradas, inclusive, na época ele não era nem a metade do quão bom ele atualmente podia ser. Mas o que grudou na sua mente foi a forma como Hwasa matou o cara, ela demorou quase cinco horas no processo, e no final, foi Jungkook quem tirou as fotos, como a família pediu para ser feito, porque Namjoon tinha o estômago fraco. Não sobrou muito do rosto do homem depois do tiro, não letal, que atravessou de uma bochecha para a outra, o que o matou foi certamente a hemorragia, havia sangue para todo lado, porém, o mais grotesco era a situação entre as pernas dele. Uma genitália destruída por navalhas, agulhas e pregos não é uma visão que você consegue esquecer fácil. É, Jungkook confiava tanto em Ahn Hyejin quanto você deveria confiar dar suas costas para uma leoa que, ocasionalmente, gosta de brincar com a comida.

Não iria mentir, a pergunta o pegou de surpresa. Na maioria das vezes, Taehyung tinha medo até de olhar para ele por muito tempo, mas com o passar dos dias (e sua irritante proximidade com Park Jimin), as barreiras do desconhecido estavam começando a cair. Jungkook não gostava muito do prospecto disso, mas era melhor do que precisar aliciar um garoto apavorado a todo instante.

A característica que ele mais detestava nessa recém adquirida postura do Kim, era que o garoto parecia não conseguir calar a boca depois que abria de uma vez.

Provavelmente um traço que já era dele e foi apaziguado pelo trauma recente, mas estava voltando com tudo.

E era irritante.

Muito.

ㅡ Eu quero sorvete, pode pagar um pra mim? ㅡ Foi a segunda pergunta surpreendente do dia, assim que eles chegaram à avenida movimentada onde poderiam pedir um táxi com mais facilidade.

CHATTER | TAEKOOKWhere stories live. Discover now