CHATTER | TAEKOOK

[--] Swanky Sicko pt. II

[AVISO:] O capítulo contém violência e tortura.

O cheiro ruim do depósito era tão forte que os olhos de Mingyu estavam começando a arder, infelizmente, ele ainda precisava ficar naquele buraco por mais alguns minutos até Wonho terminar de fazer seu trabalho. Mais uma sequência de baques surdos seguidos de um gemido gutural encheu seus ouvidos, fazendo sua atenção imediatamente desviar-se novamente para a cena no centro do cubículo. Observou como os músculos grandes de Wonho fizeram o mesmo movimento novamente, seu braço assumindo a forma de um gancho até enfiá-lo com o punho no centro do estômago do pobre coitado mais uma vez, dessa vez com mais agressividade, repetindo o processo mais duas vezes.

O homem amarrado na cadeira se chamava Gyong ou algo assim. Ele chorou como um bebê e gritou tenso ao receber as pancadas, logo em seguida, o sangue passou a espumar pela sua boca, evidenciando que Wonho tinha rompido alguma coisa (órgão) importante dentro. Não era uma surpresa tão grande assim. Desde o encontro mais cedo com o hacker do senhor Gendo, Wonho estava meio puto de raiva, fazendo sua eficiência crescer percentualmente.

ㅡ 'Tá mais disposto a falar agora, seu desgraçado? ㅡ rugiu Wonho, sem parecer afetado pelo esforço, ele sem dúvidas levava o ditado "quebrar alguém na porrada" para o sentido mais literal da coisa.

Do outro lado do depósito, segurando um alicate de pressão e o batendo contra a palma da mão, Hyunwoo parecia bastante entediado. Eles eram uma dupla bem competente, Mingyu precisava reconhecer, mesmo que não gostasse muito dos seus designados parceiros. Se ele pudesse escolher, ainda estaria trabalhando com os carros em uma das oficinas, mas agora sua mãe precisava do dinheiro para os remédios caros, então ele mudou de carreira sem mudar de chefe.

ㅡ Vai com calma aí, Wonho ㅡ disse Hyunwoo, praticamente brincando com o tom de voz. ㅡ A gente não quer que ele desmaie de novo.

Normalmente Mingyu não precisava fazer muito, Wonho e Hyunwoo eram uma força sólida que, combinada, podia efetuar qualquer serviço sujo para o senhor Gendo sem cansar. Mingyu era apenas o terceiro elemento que dizia: "Não, você não vai conseguir fugir do terceiro cara." E ficava por isso mesmo. Às vezes, por outro lado, ele tinha que usar mais do que sua aparência para fazer o trabalho, o que ele particularmente odiava.

Wonho não deu muito ouvidos ao conselho alheio, muito pelo contrário. Ele usou sua mão direita para agarrar o rosto de Gyong, enfiando seu polegar e indicador nas bochechas dele até a mandíbula descer e sua boca ficar aberta.

Sangue borbulhou para fora, escorrendo pelo braço dele e o queixo do homem, que já estava coberto de suor, sujeira e sangue, tinha um dos olhos tão inchados que mal conseguia abrir, e os lábios superiores rasgados bem no meio por uma lesão bem feia. Aqueles machucados eram do dia anterior, quando o pegaram para prender ali.

ㅡ Se não começar a falar agora, eu vou arrancar a porra da sua língua pra enfiar bem no meio do teu rabo ㅡ prometeu Wonho. ㅡ Será que você vai conseguir sentir o gosto da própria merda ㅡ uhn? ㅡ Seu cuzão filho da puta. Foi você que entregou a localização da garagem sul, eu sei que foi você, seu desgraçado.

Hyunwoo andou até a parte de trás da cadeira.

ㅡ Vou perguntar outra vez, pra ver se a sua cabeça de merda volta a funcionar. Quem foi que te pagou? Não foi a polícia, a gente não é burro. Aqueles imbecis não pagam ninguém, então quem foi?

Mingyu bocejou, cansado da cena repetitiva, com a mente absente dali, ele alisou a cruz prateada presa na corrente em seu pescoço. O que será que a irmã mais velha estaria cozinhando para o jantar uma hora dessas?

Quando Gyong não respondeu imediatamente, Hyunwoo deu a volta na cadeira e colocou o dedo mindinho do infeliz entre os dentes do alicate, não hesitando em apertar os cabos. O homem soltou um berro agudo e doentio quando a carne do seu dedo vazou com sangue pela epiderme rasgada pelas laterais, Hyunwoo aplicou um pouco mais de força, sem dúvidas esmagando o osso dessa vez.