CAPÍTULO SETE

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— Como assim, namorada?

Havia incredulidade na minha voz e pelas feições de Jungkook, percebi que ele estava assustado enquanto se vestia com pressa, juntando as minhas roupas e me entregou tudo, olhando descaradamente meu pênis e bancando o puritano, o cobri com as mãos.

— É... — Ele seguiu até o olho-mágico da porta, empinando a bunda na minha direção, e se eu não fosse passivo, ficaria bem tentado a pegar aquela bundinha sexy, sacudi a cabeça. — Eu tenho uma namorada, burgayzinho e se ela te pega aqui, sou um homem morto.

"Também será um homem morto se me expulsar daqui", pensei.

— Ela sabe que tu é gay? — Perguntei e comecei a me vestir sem nenhuma pressa, sem tirar os olhos dele.

— Pra todos os efeitos, eu sou o macho mais hetero de Busan. — Seu tom sério me fez rir e revirei os olhos quando ele fez um gesto obsceno para mim.

— E eu sou virgem. — Resmunguei.

— Você tem que sair. — Disse baixinho, caminhando de um lado para o outro com as mãos na cabeça e eu me sentei na cama, cruzando os braços e as pernas. — Já sei, pula a janela. — Sugeriu abrindo as janelas do quarto e um "O" bem grande se formou em minha boca.

— Nem a pau eu vou pular a janela e tô doido pra conhecer a corna da tua namorada. — Meu tom era extremamente provocativo e para provocá-lo mais, caminhei até a porta e pressionei os dedos na maçaneta. — Me apresenta ela, caipira?

— Não me provoca, burgayzinho. — Então ele me puxou pela cintura para longe da porta e segurou meu rosto entre as mãos e me beijou um pouco antes de me levar para perto da janela.

— Eu não vou pular a janela, foi homem suficiente pra me foder, seja homem suficiente pra me apresentar a tua namoradinha. — Minha voz era só um sussurro ao calcular a altura do quarto em relação ao chão e não era pequena.

— Não me faz jogar você aqui de cima. — Me empurrou um pouco mais para a frente com seu quadril e deu um chupão no meu pescoço.

Ai droga!

— Tu não teria corag...

E antes que eu completasse o raciocínio, senti meu corpo sendo empurrado para a frente e no momento seguinte, eu estava todo destruído no chão do jardim da casa do caipira; minha calça estava toda suja de terra e meus tênis, que eram branquinhos, estavam pretos como carvão, tinha grama no meu cabelo e minha boca estava cheia de areia.

"Isso não vai ficar assim, eu juro que vou me vingar do caipira", prometi a mim mesmo, no momento em que caminhava em direção à porteira e quando estava bem perto, ouvi um relincho e ao olhar para o lado, avistei justamente...

— Espada?! — Exclamei com um sorrisinho maquiavélico, caminhando em direção à égua de Jungkook. — Oh, já sei como me vingar do Caipira.

Continua...

O CAIPIRA • TAEKOOKWhere stories live. Discover now