CAPÍTULO NOVE

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Ainda assustado, engatinhei até a cabeceira da cama e fiquei com as pernas dobradas, esperando o que quer que estivesse por vir e dependendo de Jungkook, nada era impossível, ele era a pessoa mais imprevisível do mundo e sempre me deixava louco em todos os sentidos da palavra, não havia uma forma de decifrá-lo e vê-lo com aquele olhar mortal sobre mim, me deixou mortificado.

"Tô lascado", pensei intimamente.

— O que vai fazer comigo, caipira?

Mesmo que fosse bastante óbvio, eu perguntei e seu sorriso perverso me deixou mortificado, ainda mais por ver um chicote em sua mão esquerda.

— Você sabe, poupa meu tempo e agiliza, burgayzinho. — Disparou tentando não alterar o tom da voz e fiquei três tons mais branco e num pulo, eu já estava fora da cama, tirando toda a roupa o mais rápido que pude.

— O que está fazendo, burgayzinho? — Indagou arqueando as sobrancelhas, cruzando os braços e depois colocou o chicote em cima do criado-mudo.

— Não vai me obrigar a transar com você, pra se vingar por causa do sequestro da Espada?

A pergunta parecia menos ridícula na minha mente.

Apertei os olhos quando ele sorriu alto e joguei todos os travesseiros que encontrei em sua cabeça grande.

— Bebeu, foi? — Zombou, jogando os travesseiros de volta, só que com o dobro de força. — Eu nunca obriguei ninguém a baixar as calças pra mim e você não será o primeiro, eu tava falando da Espada, devolva ela.

Espada, Espada... Ele só falava na égua dele o tempo todo e isso estava me deixando furioso.

— Não vou devolver porra nenhuma e sai logo daqui! — Disparei irritado, apontando as janelas do quarto, que estavam entreabertas, com o indicador.

— Você não tem coração! — Me acusou, bem cínico. — A bichinha deve tá assustada e com saudade de mim. — Meu sangue ferveu ao ouvir isso e seu semblante falsamente devastado me irritou um pouco mais.

E no final, tudo se resumia à égua dele.

— E por acaso você tem coração? — Contraataquei cruzando os braços e comecei a andar de um lado para o outro. — Me empurrou da janela do seu quarto, eu podia ter me machucado, mas você pensou em mim? Claro que não, porque você só se importa com você e com a droga da sua égua.

— Desculpa. — Era a primeira vez que aquela palavra saía da sua boca, certamente.

— Por que está rindo? — Questionei e ao ver para onde ele tava olhando, senti meu baixo-ventre vibrar. O safado estava secando meu pênis desprotegido.

— Seu pauzinho balançando enquanto anda de um lado para o outro, tão fofo. — Apontou meu pênis com o indicador e perpassou a língua pelos lábios, tão sexy, quer dizer, tão idiota.

— Ah, vai se foder! — Dei as costas e como dizem por aí, nunca dê as costas ao seu inimigo.

— Me foder, eu não vou, mas posso foder você, se quiser. — Me agarrou por trás e sentir seus dedos grandes em volta do meu pau me deixou avulso. — Basta pedir. — Me provocou, mordendo a pontinha da minha orelha, arrepiou tudo, tudo mesmo.

— Idiota. — Sibilei, ficando na pontinha dos pés, com a bunda empinada para trás. — A-ah... — Arfei sofregamente assim que ele começou a me punhetar. —Jungkook-ah! — Meu gemido precisou ser abafado por uma de suas mãos, eu lambi seus dedos, sentindo meu próprio gosto.

— O que você quer burgayzinho? — O idiota me provocou, me virando, para que eu o encarasse.

— Me fode logo, caipira! — Disparei quase inconsciente, me pendurando em seu pescoço para beijá-lo.

Continua...

O CAIPIRA • TAEKOOKWhere stories live. Discover now