CAPÍTULO OITO

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Digamos que eu sequestrei a égua de Jungkook e a escondi no estábulo da fazenda da minha avó, inventando uma desculpa qualquer para o peão responsável pelos cavalos e pedi que guardasse segredo e sem questionar, ele concordou.

Subi para o meu quarto e demorei quase uma hora pra conseguir ficar limpinho e cheiroso de novo e como não tinha conexão com a internet, decidi ficar vendo anime na TV o resto da tarde, comendo os biscoitinhos da vovó, mas não demorou até que eu ouvisse os berros do caipira e sem muita pressa, segui até ele.

— O que quer, caipira? — Perguntei ao abrir a porta.

— Devolve a Espada, Taehyung! — Exigiu aos berros e eu lancei um olhar maldoso para o moreno que cerrou os olhos para mim.

— Não sei do que você está falando. — Banquei o desentendido e continuei bem perto da porta, caso ele avançasse, eu teria a opção de correr e me trancar.

— O que está acontecendo aqui, Taehyungie?

Vovó chegou onde estávamos, segurando a Berenice, sua gatinha, nos braços.

— Acho que ele bebeu, vovó. — Sussurrei para ela, abraçando seus ombros, encarando o caipira.

— Sra. Kim, peça pra o bur... — Se interrompeu no meio da frase e continuou: — Pra o seu neto devolver a minha Espada. — Pronunciou pausadamente, seu tom suplicante era como música aos meus ouvidos.

— Devolver o que, meu filho?! — Perguntou confusa.

— Ele tá falando da égua dele, vovó e eu não a vi, juro. — Assegurei e meu semblante angelical a convenceu de minha falsa inocência.

— Eu vou te matar... — O Caipira me ameaçou e eu fiz minha vovó de escudo.

— Não vai bater no meu netinho, Jungkook, se ele disse que não viu sua égua, ele não viu, meu netinho não mente. — Ela saiu em minha defesa e eu sorri de forma debochada, mas discreta, provocando ele um pouco mais.

— Isso não vai ficar assim... — Ele proferiu enquanto ia embora com pressa.

O gostinho da vingança era ótimo e ele merecia ser castigado.

                          Horas mais tarde.

Estava dormindo, quando ouvi um barulho no quarto e assim que acendi a luz do abajur, arregalei os olhos ao ver o caipira no quarto.

— O que está fazendo aqui, caipira? — Perguntei ao me levantar da cama.

— Achou mesmo que ia sequestrar minha égua e ia ficar por isso mesmo, burgayzinho?

Continua...

O CAIPIRA • TAEKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora