CAPÍTULO DOZE

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Quando acordei, estava deitado em uma cama, que não era a minha, e ainda com os olhos fechados, ouvi o barulho forte da chuva que caía sem cessar, quando abri os olhos, notei que ainda estava na casa da árvore e, me deixando boquiaberto, deitado ao meu lado, segurando minha mão, estava o caipira.

 Jungkook era ainda mais bonito de perto e de boquinha fechada. Ainda confuso, Deslizei os dedos por sua face, tocando seu lábios com as pontas, sua pele era macia, e cada detalhe era tão singular, então sacudi a cabeça ao me pegar rindo sozinho como um idiota e o empurrei pra fora da cama.

— Por que estávamos dormindo na mesma cama, caipira? — Questionei tentando me sentar na cama minúscula, mas acabei tombando para o lado, duas vezes seguidas.

— Você caiu da escada, depois apagou e nessa hora começou a chover forte, não tive escolha a não ser nos abrigar aqui. — Explicou, se sentando no chão de madeira e cruzou as pernas, flexionando os braços para trás. — Está com dor? Quer massagem? — Se não o conhecesse tão bem, juraria que ele estava realmente preocupado comigo.

— Fala como se se importasse com alguém além de si e da sua égua. — Pronunciei sarcástico e voltei a me deitar, puxando o lençol para me cobrir dos pés à cabeça.

— Mas eu me importo com você, por que acha que não te larguei aqui sozinho e fui embora pra minha casa?

Vendo por aquele ângulo... Ah quem eu estou tentando enganar? Ele não estava ali porque gostava de mim, mas por se sentir culpado, ou estivesse com pena, só isso.

— Não fala comigo. — Ordenei me levantando da cama, mas não consegui caminhar dois passos, meu pé estava doendo muito. — Ai, droga! — Praguejei, voltando a me sentar na cama, encarando Jungkook de esguelha.

— Machucou o pé, não pode caminhar e está chovendo muito, burgayzinho, para de ser teimoso. — Ele se aproximou de mim e segurou meu pé machucado, massageando-o devagar em seguida. — Seu pé é pequeno, bonitinho e macio, parece pé de princesa. — Não consegui evitar rir disso, mas logo voltei a ficar sério, sempre que eu olhava pra ele, eu lembrava do que Kiara disse e voltava a ficar mal. — Por que tá me tratando tão mal hoje, hein?

— Porque você merece. 

Ou talvez não merecesse tanto assim, entretanto, eu estava confuso e triste por culpa, indiretamente, dele, não conseguia agir diferente.

— Hey, me conta porque está irritado, eu não sou vidente pra descobrir sozinho. — O Caipira se sentou ao meu lado na cama e me puxou para o seu colo, enlaçando os braços em volta da minha cintura, me prendendo à ele. — O que eu fiz de errado? — Segurou meu rosto, deixou nossos rostos bem próximos, se inclinou para me beijar, mas eu virei no rosto na direção contrária.

— Você gosta de mim? — Perguntei, de repente, sabendo que não queria realmente aquela informação, mas eu precisava dela.

— Como amigo, né?! — Perguntou e eu neguei com a cabeça.

— Como homem... — Especifiquei, deixando o outro pálido.

— Eita, por que tá perguntando isso agora?! — Ricocheteou, acariciando meus cabelos, mas em um dado momento, ele parou e desviou seu olhar para longe, ficando pensativo.

— Responde... — Pedi. — Por favor, Jungkook... — Meu tom era quase suplicante. — Seja sincero comigo, por favor, gosta de mim como homem, ou não?

— Eu...

Continua...

O CAIPIRA • TAEKOOKHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin