CAPÍTULO QUINZE

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— Por que mentiu? — J-Hope perguntou enquanto acenávamos para o casal estúpido.

— Porque quero dar uma lição naquele caipira idiota. — Argumentei, cruzando os braços e revirei os olhos ao vê-lo rindo.

— Vi bem como olhava pra ele e vice-versa, aposto que já se embalaram nesse mato. — Pronunciou com sarcasmo, sempre tão observador.

— A gente transou... — Hesitei em concluir o raciocínio, mas o fiz em seguida: — Duas vezes.

— Aquele homem na cama deve ser uma loucura. — Sua suposição fez meu sangue borbulhar, ao recordar a última vez que transamos. Aquela noite foi louca.

— É, mas além de me foder gostosinho, o filho da puta fodeu meu psicológico também e merece pagar, me ajuda?

Sabia que pedindo com jeitinho, ele não se negaria a me ajudar, não era à toa que o apelido dele era Hope e pelo sorriso que se formou em sua face, sabia que tinha seu apoio e isso era tudo que importava.

[...]

— Esse é o restaurante do meu pai. — Kiara comentou assim que adentramos ao estabelecimento, com aquele velho tom de superioridade que me dava náuseas.

— Bem bonito. — Disse pç J-Hope, puxando uma cadeira para mim, assim como Jungkook pra namorada.

Ele estava, ainda mais lindo naquela noite, vestido pra me matar de tesão, eu diria, cada detalhe me deixava extasiado; tão perfeito e tão idiota.

— Taehyung-ssi, não vejo a hora da gente voltar pra casa, não aguento mais a seca que você me deixou. — J-Hope começou a série de provações, como ensaiamos a tarde toda, aproximando sua cadeira da minha e passou um braço em volta do meu ombro.

Jungkook se engasgou com o uísque que tomava; Kiara me encarava com um sorrisinho  malicioso.

— Sempre com fogo no rabo esse meu namorado. — Segui encarando o caipira que empurrava a bochecha com a língua, me encarando de volta.

— Quem vê ele falando assim nem pensa que avassalador na cama. — Então Hope fez um carinho na minha mão que estava em cima da mesa, fungando no meu pescoço.

— Não diz nada, Jungkook. — Hope se dirigiu ao caipira que não tirou os olhos de mim. —

Como anda a vida sexual do casal?

— A gente nunca transou, só depois do casamento. — Kiara respondeu pelo namorado, que havia emudecido, de repente.

— Não sabia que o cai... Que kookie era tão religioso, deve ser muito difícil ficar sem ter onde enfiar o pau grande que ele tem... Deve ter, imagino. — Não perdi a chance de colocar lenha na fogueira, usando sarcasmo e vi seu semblante escurecer.

— Oh, meu bem, não seja indiscreto. — O tom falsamente constrangido de Hope quase me fez rir e a cara de tacho de Kiara não ajudava muito.

— Vou ao banheiro, volto logo. — Disse já meio tonto, depois das várias doses de uísque.

— Pode parar de me provocar, burgayzinho? — O Caipira esbravejou ao entrar no banheiro também, fechando a porta atrás de si.

Me pergunto qual foi a desculpa que ele deu pra escapar da namoradinha estúpida.

— Não sei do que está falando, caipira. — Continuei a jogar água no rosto, ignorando-o, mas a muito custo e parei de respirar quando ele me agarrou por trás, pressionando aquele pauzão onde não devia. — Me larga. 

"Não larga não que tá bom assim", minha mente estava uma bagunça.

— Ele não é melhor que eu na cama com você. — Sussurrou e senti vontade de rir, o máximo que J-Hope e eu fizemos numa cama foi dormir abraços.

— Oh, ele é, e muito melhor. — Provoquei sem dó e me faltou ar quando ele virou meu corpo para a frente e me prensou na parede gelada, ficando com os braços ao redor dos meus ombros.

— Tô com saudades... 

Puta que pariu! Acho que meu plano estava começando a funcionar.

Continua...

O CAIPIRA • TAEKOOKWhere stories live. Discover now