Capítulo 8

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"Vamos começar uma banda." Larry rolou de bruços. Ele tinha dezoito anos, o primeiro ano da escola estava terminando, e Sal estava deitado nu ao lado dele na casa da árvore em um saco de dormir. A lua entrou pela janela, banhando os dois meninos em um filtro pastel angelical. O cabelo de Sal sempre parecia brilhar no escuro, e os olhos de Larry refletiam todas as estrelas. Ambos eram tão malditamente bonitos.

"O que?" Sal sentou-se, apoiando a cabeça nos braços. "Uma banda?"

"Sim! Faz sentido. Ash, Todd, você e eu estamos na aula de banda de qualquer maneira. Isso é, tipo, tempo de ensaio gratuito. Todos nós podemos tocar instrumentos. Todos nós somos ótimos! Além disso, se conseguirmos convencer a Maple, teremos a melhor baixista de toda Nockfell.” Larry se inclinou para frente. “Você já tem músicas escritas. Eu tenho músicas escritas. Temos uma chance genuína disso."

"Como chamaríamos?"

"Qualquer coisa que você quiser."

Sal olhou para as mãos, em seguida para o chão de madeira. "Eu não sei. Quero dizer, olhe pra mim." Ele apontou para o rosto. "Toda essa feiura." Ele franziu a testa. "Não sei quem pagaria para ver isso."

“Sua voz é tudo, azul bebê. Qualquer um gostaria de ouvir. Além disso!" Larry segurou sua bochecha. "Se realmente é um problema para você, você tem sua prótese. E prometo que podemos transformar isso em um artifício que faria o mundo inteiro se apaixonar por você. Mas você não pode se apaixonar pelo mundo de volta. Vou ficar com ciúmes." Larry se inclinou e beijou os lábios rachados de Sal.

Sal lembrou de tudo como se fosse ontem.

"Ei, Sally Face!" Uma batida na porta do hotel despertou Sal de seu sonho. Ele soltou um suspiro profundo e exausto e se levantou da cama. Ele estava acordado no telefone há um tempo, mas isso não significa que ele não estava dormindo mentalmente. Ele vestiu a prótese, sem se preocupar em escovar os cabelos.

Todd rolou na cama ao lado dele. "São apenas, tipo, quatro horas, quem diabos está nos acordando?"

Sal abriu a porta para ver Neil, Travis, Maple e Chug. Neil acenou para ele. "Ei! Desculpe, você estava dormindo?"

Ele apenas assentiu de volta. "Sim. É o nosso dia de folga." Foi quando ele finalmente acordou para perceber que estava apenas de cueca. Ele virou a porta para se cobrir pelo menos um pouco mais. "E aí?"

"O Sanity's Fall tem uma tradição de ir a discotecas nos dias de folga". Maple disse. “Nós amamos a ideia. Queríamos convidar vocês!"

“E Ash? E Larry? E aqueles outros dois caras?" Ele esfregou a boca sob a máscara. "Eu só irei se Ash for."

"Ela está indo. Vamos às sete para pré-jogo em um bar de esportes. Então, vamos a uma rave, caralho!" Chug passou o braço em volta de Maple. "Vai ser ótimo."

Sal assentiu. "Legal. Certo. Tanto faz. Saguão às sete?"

"Saguão às sete!" Neil sorriu. "O, Uh, Todd vai-"

"Vou convencê-lo a vir." Sal sorriu.

Travis lançou um olhar de nojo a Neil antes de ir embora com Maple e Chug. Neil sorriu de volta. "Legal. Vejo vocês em algumas horas."

Quando Sal fechou a porta, ele arrancou a máscara e caiu na cama. "Todd, vamos sair. Aparentemente, todos nós vamos dançar." Antes que Todd pudesse começar sua sentença, Sal levantou a mão. "Neil está vindo."

Todd puxou um travesseiro para perto. "Boa."

"Puta gay." Sal riu. “Vista sua camisa azul. Vai bem com o seu cabelo."

Nós Não Temos Que DançarWhere stories live. Discover now