Meus pés se movem automaticamente para dentro daquele salão enorme.
Se já era estranho estar no outro cômodo, nesse é ainda mais sufocante.
Havia uma mulher amarrada sobre uma mesa, seu corpo estava totalmente imobilizado. Para todo lado que se olhasse tinha algum homem ou mulher assim, e mais pessoas com máscaras.
— O que é isso? — viro trêmula para encarar o homem de olhos azuis que estava me seguindo. — Isso é tortura sabia!?
Caminho até uma mulher que estava em uma espécie de X de madeira, que era sustentado por correntes, porém antes que eu possa solta-lá, sou agarrada pela cintura. Meus pés não tocam o chão, e eu sou levada escadarias a cima, e jogada dentro de um quarto que me aterroriza.
— Me tira daqui! — se eu tivesse algum ataque do pânico já teria caído durinha no tapete. — Sabia que aquilo é crime? É desumano!, O dono disso daqui tem que ser preso, isso sim! — bato meus saltos no piso de madeira, e noto um chicote sobre uma cômoda, se essa muralha tentasse alguma coisa levaria uma chicotada.
— Sente-se por favor. — ele pede educadamente, e essa educação chega a me assustar e me irritar ainda mais.
— Eu não vou me sentar coisa nenhuma. — caminho até a porta, porém a noto trancada. — por que fez isso? Abre essa porta ou eu vou gritar, eu tô avisando! — puxo a maçaneta.
Eu estava parecendo um gatinho preso dentro de uma caixa. Na verdade um ratinho em meio a leões. Eu sabia que eu não deveria ter vindo, sabia!
Sabia e veio né?
— Corine, pelo amor de Deus, ou senta-se e mantenha-se calada, ou fica em pé e se acalme! — parece que agora eu havia o irritado.
Olho aqueles paredes de tons escuros, os armários, a cama, o poli dance, correntes, e o X de madeira, que para mim parecia mais algo do satanás, e sinto um calafrio incômodo no meu corpo.
— Eu não vou fazer nada com você garota, só não posso deixar que saia nesse estado, é só isso! — sinto meu coração acelerar e caminho até a cama sentando bem na ponta, já que a única poltrona no lugar estava ocupada pelo trom de olhos azuis.
— Vai me deixar sair agora?
— Não, aquilo não é tortura Corine, aquelas pessoas querem isso, tudo é consensual. Ninguém está sendo forçado a nada ali. — ele explica.
— Consensual? Como alguém pode querer aquilo? Você viu as cordas nos seios daquela mulher? Viu aquelas pessoas com aquelas coisas nas mãos, aquelas cordas, a..aquele monte de coisas. — começo a gaguejar.
— Tudo consensual. — sua tranquilidade me assusta. — Tudo pelo prazer, e você não pode se intrometer, em nada. — ele cruza as pernas e eu levanto indignada.
— Por que não?
— É o relacionamento delas, não a para que você se intrometer aonde não é chamada. Eu avisei para você não ir, você me ouviu?
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Clímax - Duologia Donas Do Prazer (Livro |)
Romance1° Livro da Duologia : Donas Do Prazer Corine vive na movimentada e fria Nova York. Morando com seu irmão mais velho e a irmã caçula de 2 anos, a jovem tem seu tempo totalmente investido no trabalho que possui em uma farmácia local e na faculdade de...