Capítulo 34

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Tento alcançar a parte de cima do armário, ficando o máximo que posso na ponta do pé em cima da cadeira

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Tento alcançar a parte de cima do armário, ficando o máximo que posso na ponta do pé em cima da cadeira. Mas me assusto com a luz da cozinha sendo acesa, e me viro encontrando minha mãe com o rosto amassado do travesseiro.

— Desculpe te acordar mama — salto do banco que uso para alcançar os armários, e corro para abraçar suas pernas.

— Tudo bem, o que está fazendo, querido? — ela questiona olhando a mesa suja de farinha.

— Canapés, tenho uma nova receita aqui — aponto para minha cabeça.

— Magnus, você tem aula amanhã cedo querido — ela olha para o relógio de parede, e arregala os olhos — Daqui a pouco na verdade.

— É o último, prometo — corro de volta para o armário pegando a margarina.

Ela discutia, mas sabia que isso sempre voltava a acontecer. Às vezes no meio da noite eu corria para a cozinha para preparar uma nova receita da qual ela era minha cobaia na manhã seguinte. E para não acordá-la já que a casa é pequena, eu usava lanternas pela cozinha. Pelo meu pai trabalhar no turno da noite, nunca corria o risco de eu ser pego por ele também.

— Você sempre diz isso"é o último mama" — ela sorri sentando próxima a mim, enquanto eu preparava a massa dos canapés.

— Mas vai ser — sorri mesmo sabendo o quão feio estava, afinal eu estava com uma grande janelinha nos meus dentes. — Mama? — sabia que minhas orelhas estavam vermelhas de vergonha, mas eu tinha uma pergunta importante, e minha mãe era a única que saberia responder.

— Sim amor?

— Como a senhora soube que estava apaixonada pelo papai? — agora tenho toda a sua atenção dirigida a mim.

— Porquê meu rapazinho de 10 anos que saber sobre isso? — ela sorri.

— Tem uma menina na minha turma...

Inicio já parando quando o sorriso da minha mãe aumenta ainda mais de tamanho. Dona Luna adorava me constranger.

— Bem — ela fingi uma falsa tosse para encobrir o riso — O seu pai com certeza era o último dos homens pelo qual eu me apaixonaria.

— Porquê? Ele era feio? Banguelo? — deixo a massa de lado parando para observá-la. Ela e meu pai parecem que foram feitos um para o outro.

— Feio sim, banguelo não — ela volta a rir — Mas não era por isso, ele tinha um ego extremamente alto, se achava o dono do mundo, aquele tipo com quem você não consegue trocar mais que duas palavras.

Clímax - Duologia Donas Do Prazer (Livro |)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora