Capítulo 26

3K 234 25
                                    

Eu estava temendo toda a calmaria dentro daquela sala

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Eu estava temendo toda a calmaria dentro daquela sala. Magnus ainda tinha a cabeça apoiada no meu peito, e eu apenas me atrevi a tocar seus fios castanhos.

— Quando iniciamos aquela casa de BDSM, basicamente para mim era só um ponto para atrair submissas. Até porque eu não sairia por aí perguntando quem é ou não. — ele solta do nada, e mesmo confusa não o interrompi. — Enrico virou meu sócio apenas pelo dinheiro, todo esse mundo de dominação e submissão não era para ele. Nos conhecemos ainda no curso de administração, ele havia acabado de terminar a faculdade de contabilidade. E eu estava abrindo minha primeira lanchonete.

Ele ergue o rosto, me encarando, e toco suas bochechas. Ele parecia relembrar bons momentos.

— Foi rápido, logo nos tornamos amigos. Sabe aqueles nerds fissurados em vídeo game, e matemática? Éramos nós. — ele sorrir. — Então a lanchonete cresceu, e eu demoli a transformando em um restaurante. Enrico trabalhava como contabilista em uma empresa de imóveis, ainda mantivermos contato. Mas quando houve a necessidade de abrir um segundo restaurante, aí eu precisei de ajuda na parte financeira, e foi ele que me socorreu.

— Magnus, você não precisa me contar. — sorri e ele me senta na mesa, apoiando a cabeça no meu colo.

— Eu sei, mas eu quero. — assinto, mesmo que ele não esteja vendo. — Então eu o contratei, ele largou o trabalho, e veio ser meu contabilista. Então de dois, fomos para três restaurantes, depois quatro, então eu tive a ideia de abrir a casa. Claro no início foi incrível, a maioria das casas espalhadas por Nova York são extremamente restritas a praticantes experientes, nada de baunilha. Então a casa logo lotou. Estava indo tudo bem, tudo muito tranquilo, eu comprei a casa da minha mãe em Nova Jersey, conheci uma submissa e permaneci com ela por quase um ano.

Não posso negar o quanto morro de curiosidade para saber quem era as ex submissas dele, e por qual motivo alguém termina algo não amoroso. Se bem que daqui um tempo será minha vez de ser a "ex submissa" então terei a resposta para a minha pergunta.

Suspiro incomodada com a constatação óbvia.

— Então Enrico começou a frequentar o clube, bem mais que o normal. Claro eu imaginei que ele tivesse conhecido alguém, e normal, não questionei ou algo do tipo porque não era da minha conta. Então eu conheci a Morgana, uma mulher bonita, educada, empresária, e domme do Enrico. E novamente tudo bem, como eu te expliquei na sua primeira vez no clube, é tudo consensual e não podemos estar nos intrometendo em nada na relação deles. Só que aí veio os problemas, Enrico começou a faltar no trabalho, quando aparecia tinha marcas muito evidentes na pele, e já havia sido internado algumas vezes por infecção com a prática de cigarro.

— Quando o conheci, ele tinha uma marca de queimadura de cigarro na pele.

— Morgana sempre adorou essa prática, eu não, até porque um erro e pode causar um grande problema. Eu avisei que talvez fosse melhor ele se afastar, ele não quis, de novo deixei para lá. Então um dia a polícia bateu no restaurante do Brooklyn, tinham um mandato para olhar o local, óbvio que deixei, eu não tinha nada a esconder. Acharam armas e drogas no meu estabelecimento Corine. — arregalo os olhos. — Eu só não fui preso porque já conhecia a Sra. Campbell e ela mexeu uns pauzinhos me livrando disso, e não saiu nada no jornal.

Clímax - Duologia Donas Do Prazer (Livro |)Where stories live. Discover now